terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Blossoming

Com passinho de tartaruga,
percebe os pequenos gestos,
as frestas iluminadas
entre as vírgulas da rotina

atarefada
corrida,

sempre que te chamo



E eu te chamo sim =)
pra derreter seu gelo

E vou piano piano
não tenho pressa
nem metas

Só quero teu sorriso
entre as vírgulas da rotina

corrida
atarefada...

Ansiedade de Performance

As mulheres falam de tuuudo. E geralmente sobre homens, esta raça que imaginamos mil motivos por agirem de um jeito tão imprevisível, mas que em geral têm o mesmo motivo tosco: pau.

Estava conversando com uma amiga que reencontrou um ex-namorado depois de aaaanoooos!!!! O cara era louco por ela, queria casar e tudo, mas os desencontros prevaleceram. Ocorre que mora longe, e muito se comunicavam pelo telefone e internet durante os últimos anos.
Eis que chega o momento oportuno!
Aquela ansiedade, troca de msgs safadas, como uma preliminar à distância suuuper longa, em que o tesão vai ao infinito!
Barzinho... ela escorria pelas pernas... ele sempre alerta, explodindo! E vem a intimidade.
O cara mal começou, já explodiu, ela nem percebeu de tão rápido que foi.
Sem entender o que estava se passando, ela tentou de tudo para alertá-lo novamente. Fez todo o abcdário que uma mulher experiente conhece.. e nada. Como ela mesmo me disse, se ela não fosse segura como é, se sentiria um lixo. Desistiu para não ficar chato.

Isso em nada atrapalhou todo o carinho e tesão que ela sente por ele. Homens, acreditem, isso para nós não é importante!!!!! Mesmo para as que adoooram a prática, estes episódios não fazem diferença quando o cara nos diz alguma coisa. Mesmo que essa coisa seja bem pequena!!!

E até hoje espera a resposta dele. Sumiu! Desconversa sobre os planos que fizeram, inventa desculpas... Aquilo que já conhecemos qdo o cara não está mais afim.

A provável versão masculina checada com amigos: ansiedade de performance, tanta que fica muuuuito aquém do que gostaria, morre de vergonha, e ignora. Os homens engolem e ignoram as frustrações. Acho que vem do que escutam desde pequenininhos: "engole o choro! Homem não chora!!!"

E a versão feminina: como o cara muda tanto assim? Nem um telefonema... Era louco por mim, e some? Aproveitou-se de mim e se foi. Canalha. Já deve ter outra periguete. Eu realmente não significo NADA para ele.

kkkkkkkkkk

Que na maioria das vezes a gente não significa nada para eles, é fato. Mas muitas vezes nós nem os conhecemos direito e já colocamos um puta significado!
A regra é:
se rolou e o cara fez direitinho, ele sai satisfeito com a própria performance independente da mulher. Se for uma mulher por quem tem carinho, muito melhor - o ego fica ainda maior!
se a ansiedade para rolar era notória, ele queria mesmo, estava empolgado e o bicho falha (broxa ou tem uma precoce), foi ansiedade de performance.

Acreditem, mulheres, o cara estava realmente louco por vc! Mas a vergonha por achar que lhe decepcionou foi TANTA que ele some. Evita. Simples assim...

A vergonha é outra coisa que paralisa o homem. Faltou esta para Kant, além do medo e da preguiça.

Homens, deixem de bobagem pelamordedeus! Serenidade, confiança: sejam HOMENS!!!! Estes deslizes nada importam para nós. Continuamos amando, admirando, louca por vcs! Só queremos e precisamos de atenção. Nem que seja para dizer só "Bom dia". Não é muito, né? O que para vcs é gravíssimo e inesquecível a ponto de evitar contato, para nós é tão importante quanto quem foi o campeão da Libertadores em 2012

Salve 2014

Para um ano com mais tolerância
que se dissipe a cegueira que nos torna intolerante ao outro
assim como a que nos faz venerar a meia-verdade.

Que enfim enxerguemos que a opinião vazia nada vale.

É o primeiro passo para conhecer o que a TODOS nós afeta. E assim nos reinventar!

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Up!

SAU
         DADE
                   DE VC 
                                      ! =|

Vamos melhorar esse astral ae vai! Mais sono, mais energia, mais td! 
Chega de descer e vamos começar a subir a escadaria. 

               =)
              !!!
        !!!
UP

Cum fé!
Bjbjbjbj

Kcia Athletica 

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Meu Nepal nepaleiro...

Os nepaleses dizem que seu país é como a manteiga no sanduíche entre dois pães enormes: Índia e China. Teve um rei até 2008. Desde então, vive numa república sem constituição e sem fronteiras com a India.

Os partidos políticos são "financiados" pela Índia, o que torna Nepal um "puxadinho" com 12 milhões de indianos para 3 milhões de chineses e 30 milhões de nepalenses.

Lugar sem lei, lixo nas ruas não pavimentadas, rios como esgotos a céu aberto... E sem perspectiva de prazo para sua constituição, com tantos interesses externos provenientes do capital estrangeiro.

Resta.. Com um sorriso forçado, as gorjetas tanto para o cidadão quanto para os monumentos...

Povo manso.. A grande massa, o caminho complicado, suscita uma apatia perturbadora. (Não nos parece familiar?)

Mal da pós modernidade: tá difícil? Troca. Ignora.

Já ouvi tanto isso... Mas sou teimosa pacas: se acredito, insisto até o fim!

O duro é saber o limite. Mas que chega, chega. Há de chegar!

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

1% de divorciados

Os casamentos por aqui são arranjados pelos pais. E só há 1% de divórcios.
O guia nos disse que os homens amam as esposas "muito bem" rs.. Haja vista as imagens do kama sutra junto aos deuses nos templos. Realmente são mto galantes por aqui.

A guia de Pequim nos falava sobre o primo, muito honesto e trabalhador, um bom homem machista. Quis dizer: ele não quer que a mulher trabalhe. Ou melhor: ele cuida muito bem da mulher, quer poupá-la do trabalho e a escuta, conversa, um bom companheiro.

De novo, aos valores...

O problema está em associar o valor do homem ao trabalho. Se for desigual, ou seja, se não for equivalente para homens e mulheres, ambos precisam pensar assim. Como minha guia de Pequim ou o meu guia de Nepal. Dá certinho. O homem respeita a mulher, mesmo ela sendo folgada, e ela mantém sua autoestima em dia, mesmo sendo folgada rs...

Já se o trabalho está associado ao valor dos homens E mulheres, o casal precisa pensar e valorizar o trabalho de ambos. E manter o trabalho em dia para manter sua autoestima.

O que muito ocorre nesta fase de transição - ainda! Aff! - é a incompatibilidade dos valores correspondentes ao homem e à mulher. Muit@s machistas se fazem de modern@s e na hora H mostram sua real face, gerando um problema de autoestima violento que é ainda pior do que achar o outro folgado.

De novo, valores...
Fundamental enxergar para, de novo, aceitar o outro.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Ahhh que bom acessar o blog de novo! Até da encrenca do FB senti falta. Não tem jeito: o proibido atiça. É tudo uma balança, e neste caso o MEDO paralisa.

Estamos num hotel super discrepante com o entorno: belo, com mta luz, mtos turistas e... Mtos monges!!!!!

Num lugar em que o povo se aperta nas "coletivos" no meio do trânsito caótico nas ruas semi-pavimentadas, os monges andam nas vans confortáveis com calefação.

Muitas motos, mta gente esperando transporte em áreas habitualmente determinadas já que não há "ponto de ônibus", com o olhar exausto do dia de trabalho e intempéries - como em SP.

E os monges... com o confortável "ar de serenidade" rs...

Alguma coisa não combina... Ou eu é que estou torta por misturar valores diversos, sei lá.

Aliás...

As lendas hinduistas e budistas são muuuito loucas! De semelhante, só o Bem e o Mal ou Paraíso e Inferno, e os rituais para pedir proteção e boa sorte. E haaaaja ritual. Quanto mais difícil, mais especial.
Como o cashmere. Se a lã vem do pescoço do animal, é muito mais valiosa do que a que vem da barriga. O pescoço é menor e mais macio.

Entretanto...

A China copia a mesma maciez do cashmere mais raro e caro kkkkk
E tem gente que acha que basta participar de um ritual raro, como ver a deusa kumari que dificilmente aparece aos súditos, que terá seus desejos realizados rs

Tem coisa que não combina por aqui...

Qual o "valor" de alguém, monge ou não, que passa pelo porteiro e nem olha p cara dele?
Qual o valor de um cashmere: falso, do pescoço ou da barriga do animal? Pelas qualidades do tecido? Ou pela origem?
Qual o valor de um ritual para os deuses assim considerados por uma cadeia de razões tão absurda?

E por fim o quanto isso importa se os monges preparam uma bela cerimônia em que nos sentimos bem ao obedecer todos os rituais e até pedidos fazemos, aquecidos com uma pashmina macia e quentinha?

Ou seja: TUDO é invenção da nossa cabeça, inclusive a cadeia de razões ou significados e símbolos que criamos para valorar isso ou aquilo. Por uma necessidade comum a qualquer ser humano: a de preencher espaços vazios. E a de julgar para melhor escolher.

Por que é tão difícil simplesmente aceitar?
Estou aprendendo... Às duras penas, mas cum fé!

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Sobre o natal

A parte boa de estar aqui pelo Oriente é que ninguém dá a menor bola para o Natal. Eu até havia me esquecido de que dia é hj, e o guia é que nos lembrou rs..

Hj é simplesmente dia 24 de Dezembro, uma segunda feira com trânsito e todos chegando do trabalho aqui em Catmandu, Nepal.
Não há loucura de supermercado ou dos centros comerciais para comprar lembrancinhas para todos que passam pela frente, aquelas que, se bobear, funcionam como presentes de casamento: presente comunitário, que roda por toda a galera só tendo o cuidado de trocar os cartões, pfv!!!

Natal é como aniversário, dia das mães, das crianças, missa de 7 dia, de 1 ano, bodas de casamento... Aff!!! Mas Natal consegue ser o pior e mais monstruoso de todos!!!!

Gente... O legal é nos lembrarmos dos queridos no meio do nada, e mais legal ainda é deixar que o outro saiba que está sim na nossa zona interna de conforto. Ou, em outras palavras, está naquele lugarzinho do que há de bom em nós. Lugar em que nos refugiamos sempre que o bicho pega, ou simplesmente em que nos aconchegamos com um sorriso singelo no olhar da lembrança...

Tenho vontade de levar a China e o Nepal para vc!
Mas o limite são 20kg.
Putz, como é pouco!!!

É, o jeito é te trazer para cá =)

Qdo ser pode ser apenas Ser

Eis que pegamos uma guia em Pequim!

Trabalhadeira, independente, solteira. Não quer se casar.
Se, por um lado os chineses dizem que as mulheres são materialistas por exigirem um apartamento, as mulheres dizem que um homem que não é capaz de trabalhar e construir, não pode ser apto a oferecer o amor que uma mulher merece. Eu entendo como o olhar responsável, decente, consistente de um amor pleno.

Sabe que faz sentido?

Ainda por aqui, a guia nos disse que tudo parece mto rápido. Chega um desconhecido e as convida para sair. Na 3 saída, já quer namorar e se casar. Se a mulher não topa, ele parte para outra.

Sim, aqui tbém se procura o outro por suas funções:
- uma esposa
- mãe dos filhos
- marido
- pai dos filhos

Como no Brasil, em que se procura
- um caso, um ficante, um "amigo", ou como quiserem chamar um.. nada.

A minha guia se referia, com um olhar desapontado, a esta particularidade do mundo moderno em que as relações se encontram terceirizadas: funções delegadas, e que sejam profissionais o suficiente para oferecê-las como o esperado, se não, troca-se de profissional.

Tá tudo virado...

Como nos relacionar com alguém só por seus serviços, pelo curriculum lattes?
E se ele adoece? Entristece? Deixa de trepar? Ou, fica impossibilitado de exercer suas funções? Troca-se?

Existe algo mais, evidente. Um algo que as pessoas morrem de medo de mostrar, não sei pq.
As manias, a chatice, o mau-humor, as brigas, que nos parecem encantadoras só por serem próprias daquele Ser quando se permite conhecer e que conseguimos enxergar para além, bem além da fenda pupilar.

Dogma

Estava tentando acessar o blog por aqui. Não consegui. O messenger do FB apitou, fui checar, e não consegui...

Essas coisas são bloqueadas na China!

A forma de controle estatal por aqui é... Impregnada já não só no dia a dia como no planejamento para a vida de cada um. Ou seja, não se considera a hipótese de viver sem controle.

Fala-se que se tem um só partido com a mesma naturalidade de quem passa por um inverno gelado ou um verão de 40 graus: é isso aí, mas temos calefação e ar condicionado. Isto é posto, premissa, dogma. E tudo se ajeita diante disso:

- A China é enorme, com muitos habitantes de diversas etnias, portanto com diferentes modos de pensar. Logo, há que se ter este controle para garantir a segurança do povo. Sem segurança, não há liberdade.
?!?!?!
- Com a internet, tem-se acesso a tipos de informação que antes não se tinha! Deste modo, com este novo presidente, já indiciaram corruptos dentro do governo - mtas vezes punidos com a pena de morte - e a grana do corrupto retorna ao governo, claro. Uma esperança de que bons ventos chegam.
Entretanto...
NADA se sabe sobre o massacre na Praça da Paz Celestial de 89. Nada se encontra nos livros, mto menos na internet. Como se não tivesse existido.
!!!!!!!!!!!

- Por que são uns monstros em copiar, mas pouca novidade lançam? SE alguma novidade desponta por aqui, logo chama a atenção do governo que passa a ser seu principal concorrente. Com uma desvantagem: como se jogar contra aquele que dá as regras? Numerosos benefícios e leis são criadas até que a empresa privada não mais resiste e sucumbe.
Fácil: ficar escondidinho: limita-se a copiar.

- As multas para o segundo ou terceiro filho podem ser estratosféricas, dependendo da região ou classe social. De 20 mil a 200 mil dólares.
Fácil: as clínicas de fertilização in vitro para gestações múltiplas. Bem mais barato que a multa! E com direito a escolha de sexo! Com ctz gera impostos para o governo rs..

- E o mausoléu de Mao o tem "mumificado". Há fila de gente para visitá-lo. Como um Deus, um Templo, a Basílica de Assisi para visitar São Francisco...

Coisas do domínio político de um partido só: adotá-lo como premissa e sapatear para se convencer de que se vive do melhor jeito possível.

Não nos parece familiar?


Luxo lixo

Xangai é a capital financeira da China comunista. A danadinha vai tão bem que conquistou uma autonomia tal que lhe permite exercer a pena de morte até, sem nem precisar do aval de Pequim.

Só neste primeiro parágrafo já vem o estranhamento..

E tem mais! Cum fé:

A poluição em Xangai é especialmente preocupante. Não só atinge nossos pulmões, como chega a impedir a visão. Literalmente! Os aeroportos chegam a fechar por conta da má visibilidade. Fecham-se fábricas, mas... Se passarmos pelos diversos templos (e tem, viu!), ao redor há montes de lojinhas que vendem de TUDO. Não é para uso próprio. É para queimar!! Queimam de tudo, desde papéis que simbolizam dinheiro, a roupas e iPads para se oferecer aos mortos...

Aí está uma sociedade comunista extremamente materialista até na morte!

Visitamos um templo em que uma ala estava fechada, cheia de monges numa oração belíssima. Foram contratados: 60 mil dólares, para orar por uma passagem tranquila de um ente querido de um comunista endinheirado budista rsrs...

Na comemoração do ano novo chinês, o primeiro a tocar o tambor terá um ano de boa fortuna. Para entrar nos templos, entrada a 100 dólares. Para ser o primeiro a tocar o bumbo, 800!!

Nos templos, na "abóboda" que ostenta o altar do buda, inúmeras estátuas douradas a enfeitam. Simbolizam famílias abastadas que compram o lugarzinho da boa sorte por 10 mil dólares!!!

Depois do amor-religioso comunista, o ápice do amor comunista: os casamentos.
O metro quadrado de Xangai é extremamente caro. 5 mil dólares, para uma população que ganha em média 500 dólares por mês. Desde a política de Mao para incrementar o exército e a produção agrícola, há muuuuito mais homens do que mulheres. Pela lei de oferta e procura comunista, as mulheres até os 25 anos estão por cima da carne seca: o pretendente tem que lhe oferecer um apartamento, a festa de casamento, uma lua de mel digna em hotel 5 estrelas. Para quem não tem condições para isso tudo, restam as barangas e as acima de 30 anos rsrs...
Uma entrevista com uma bela chinesa super "por cima da carne seca" revela seus ensejos comunistas sem pudores: "antes chorar numa BMW do que rir numa bicicleta"
Bom.. Se por um lado as chinesas estão com tudo, há que se considerar que seu tempo de esplendor é curto: só até os 25 anos. Por isso as futuras sogras muito se preocupam e montam "feiras" aos sábados para oferecerem suas filhas. Currículum Lattes, dotes, e coitado do rapaz que adentra ao recinto: são recebidos como um turista nas feirinhas, com aquela gentileza peculiar chinesa: empurrões, puxões, gritaria.. Affff!!!

Vamos passar então para a produção chinesa. A mercadoria, o trabalho, o fruto das ações.
Xangai é incrivelmente bela!! Prédios altos e modernos, a ala européia incrivelmente suntuosa e conservada, pontes incríveis... Tudo feito com uma velocidade absurda!!! Rápido, barato, lindo. Pode ser mais incrível?
Um prédio de 10 andares em 15 dias. Uma ponte em 2 meses!
Mas... Vamos dar um zoom nos produtos, nos detalhes: péssimo acabamento. Costura mal feita, rejunte pela metade, box que permite uma inundação do banheiro.. Uma ou outra construção desaba... De longe é lindo. De pertinho, uma porcaria.

Um luxo imitado.
O luxo vazio.
O luxo lixo.

Ou não...

Afinal, estão em pleno vapor, impondo-se no espaço com seu jeito próprio:
-empurrando
-gritando
-e cuspindo no chão

"E quem há de negar que aquele lhe é superior!"

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Chineses cariocas

Impressionante a diferença entre taiwanenses e chineses...

Em Taiwan, recebem-nos com um sorriso, fala cantada tranquila apesar de rapidinhos.

Já no aeroporto para Xangai, tivemos nosso primeiro contato com os chineses.

TUMULTO!!!!

Tenso...

Eu me sinto no RJ!!!

Ô povo grosseiro, affff

domingo, 15 de dezembro de 2013

Sobre religião... e a Gaviões da Fiel

Ando numa fase meio esotérica. Eu me lembro da minha infância-adolescência que eu achava chic gostar de filósofos, e num desses manuais havia uma citação que dizia que o último estágio do conhecimento era a religião... Descrente, isso me decepcionou tanto que deletei o nome do filósofo da memória...

Mas.. Qto mais vivo, mais experiencio situações que escapam à racionalidade. Sem querer explicar o que não apresenta evidências "claras e distintas", passamos a aceitar que há algo além... Alguns chamam de deus, outros de sincronicidade, outros de sorte ou acaso... Eu prefiro atualmente só sentir a "energia"
E admitir que nosso aparato sensorial é pífio para nos limitarmos a acreditar somente nos fenômenos.

Tudo isso para dizer que visitei vários templos em Taiwan. O esquema é o mesmo: altar com as imagens no caso buda, as oferendas (frutas ao invés de flores), o incenso ao invés das velas, o respeito... E os rituais!

Haaaaja ritual!

3 desejos, 3 agradecimentos, 4 frutas, 3 incensos, ora 2, ora 1.. Joga pedrinha...
TANTA tarefa que nos impede de sentir...
Como nas missas católicas, em que seguimos a leitura e ficamos vendo o qto falta para acabar!!!

Percebi que o ritual DETONA a percepção, a vibração, a energia!!!

Muita gente diz que futebol é como religião...

E me lembrei de quando fui a um desfile de carnaval. Sem saber estava no meio da gaviões da fiel. Quando a escola de samba alvinegra entrou...
EnERgIZoU geral!!!

Nunca senti tamanha vibração! Chorava aos prantos!! O coração batia com a bateria! E a escola foi campeã!

Neste sentido, o futebol é infinitamente mais santo do que qualquer religião!

O estádio, a arquibancada, a platéia de um espetáculo, muito mais sagrada do que qualquer igreja ou templo!!!

Esta energia chamada por alguns de deus ou buda ou o que for, foi sem dúvida a responsável pela virada norte-americana nas batalhas do pacífico contra o Japão. Assim como a performance brasileira na Copa do Japão.

Faz o coração vibrar, e as lágrimas correm de um jeito inexplicável!!!

Acho que prefiro chamar de Amor

sábado, 14 de dezembro de 2013

O discurso do não-método

"Repare bem
No que eu não digo"
P. Leminski

Fico impressionada com a quantidade de ideogramas espalhados pela cidade de Tainam. Se não fossem tão belos, com certeza a poluição visual irritaria os prefeitos que não têm mais o que fazer.

Entretanto, a sonoridade da língua é simples. Na tradução do português para o chinês, uma longa frase é dita em 3 sons...

Uma taiwanesa me explicou: nos ideogramas, está tudo explicadinho: gênero, tempo verbal, tudo tem  seu símbolo. Mas a fala é única. Isso pq nem tudo precisa ser dito, se muito estamos vivenciando. Para quê falar o que se vê e entende só pela percepção?

Faz todo sentido...

Por que um poema concreto nos diz tanto? Ou uma história em quadrinhos? Ou até... Por que precisamos desenhar ou fazer esquemas para algo melhor explicar?

Nosso alfabeto é pouco. Nossas palavras são dúbias. A representação intelectual por este método ocidental é falha. Mas nela insistimos com estudos hermenêuticos, com filosofia da linguagem... Mais uma herança cartesiana ou até Aristotélica na metodologia mais que arcaica...

Por que nosso jeito de inovar só se prende nas mudanças de assunto, na mudança da matéria? Mais uma vez constato: a real revolução do pensamento e do modo de vida está na mudança do método, da forma!!!

Mas isso é demais arriscado, não? Como pensar sem esquematizar? Como nos livrar das fórmulas?!?!

Aaaaahhh Foucault!!!!!

domingo, 8 de dezembro de 2013

Segredinho

Sei que as coisas andam meio complicadas por aí, e se está aqui é para relaxar...

Sim, é um momento só teu que só nós dois sabemos que acontece. Neste segredinho, que nem quando nos encontramos sabemos que existe, eu sei que estamos diferentes. Olhe sem receio para dentro, beeeeeem no fundo e veja que estamos diferentes!

Talvez tenhamos ainda as mesmas convicções que fomos somando ao longo de decepção atrás de decepção. Para quem um dia acreditou muuuuito em alguma coisa, uma derrapada detona todo o castelo com a mesma força com que se formou. E aprendemos a viver sem príncipes e princesas, com a elegância da racionalidade.

Entretanto...

Contigo reaprendi a confiar...

A confiar no que há de bom em todos nós, que escapa da razão. Que existem sim valores para além do que se mostra ter ou não ter.. Que a dignidade existe também em quem tem, oras.

Suportamos o mar de tempestade com alguma coisa além da elegante racionalidade que nos acompanha.. 

Repare...
Analise...

Essa "alguma coisa" é este segredinho aqui conosco agora. A certeza deste amor que nos sustenta e nos intima a aqui persistir e revisitar e relaxar... E que nos leva, pouco a pouco, a nele confiar.

Isso, garanto: é para sempre! A conclusão é exclusivamente racional: 
- a simples constatação de que estamos aqui agora: eu no teclado e vc na tela

Acredite! Tem tudo para dar certo.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Traição, casamentos, contos de fadas, mais do mesmo...

Dia desses estava conversando com uma amiga, casada com o primeiro namorado, único homem da vida dela. Bem nascida, bem (?) criada, aluna e profissional exemplar, boa mãe, boa filha... Enfim, exerce bem suas funções.

Eis que, por um acaso ou ainda, por descuido, umas mensagens suspeitas entre o marido e a amiga do trabalho, caíram no celular da filha de 9 anos. As pessoas ainda não sabem usar direito esta "nuvem" e compartilham coisas sem saber.

Até aí, nenhuma novidade. Nenhuma novidade pq o marido tbém é do bem: bem nascido, bem criado, aluno e profissional exemplar, bom pai, bom filho... Enfim, exerce bem suas funções.

Minha amiga foi tirar tudo à limpo. Com classe. Sem gritaria. Como Íon que pediu a verdade sobre sua orígem. Isso foi legal! Decente! Pela força e imposição da verdade, acima do bem e do mal.

O desenrolar da história: o casamento continua. Tanto o da minha amiga, quanto o da "amiga" dela:

"Mas alguma coisa se quebrou. Não é a mesma coisa." foi o que ela me disse.

Neste momento, o que exatamente se quebra?

A confiança?
É a primeira resposta que nos vêm. Mas aí já começa um viés. Confia-se em quem se conhece. Neste caso a quebra de confiança implica em desconhecer a pessoa.
Já passei por isso. Já falei sobre isso. Parece um estranho no ninho:
http://autretourdelafolie.blogspot.com.br/2013/08/um-estranho-no-ninho.html

Será que é possível realmente conhecer um outro Ser? Quando o outro faz o que se espera que ele faça, ele está apenas cumprindo seu papel ou, "exerce bem sua função de cônjuge". Mas isso não é a mesma coisa que conhecer o outro na totalidade.

O sonho?
Este sim pode ser o ponto. Fomos criados com contos de fadas, com o "felizes para sempre", com a família de paiemãeemeninostudojunto pra sempre... Quebrar este sonho é uma trombada! Mas, garanto, uma trombada do bem, para acordar para a vida. Uma relação afetiva há que depender estritamente das pessoas, e não de suas funções. É vontade de estar junto, e não dependência da função do outro.


Com quebra, sem quebra... acho que o lance é simplesmente a vontade de ficar juntinho.
E isso não se acha em toda esquina. Pena.