terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Qdo ser pode ser apenas Ser

Eis que pegamos uma guia em Pequim!

Trabalhadeira, independente, solteira. Não quer se casar.
Se, por um lado os chineses dizem que as mulheres são materialistas por exigirem um apartamento, as mulheres dizem que um homem que não é capaz de trabalhar e construir, não pode ser apto a oferecer o amor que uma mulher merece. Eu entendo como o olhar responsável, decente, consistente de um amor pleno.

Sabe que faz sentido?

Ainda por aqui, a guia nos disse que tudo parece mto rápido. Chega um desconhecido e as convida para sair. Na 3 saída, já quer namorar e se casar. Se a mulher não topa, ele parte para outra.

Sim, aqui tbém se procura o outro por suas funções:
- uma esposa
- mãe dos filhos
- marido
- pai dos filhos

Como no Brasil, em que se procura
- um caso, um ficante, um "amigo", ou como quiserem chamar um.. nada.

A minha guia se referia, com um olhar desapontado, a esta particularidade do mundo moderno em que as relações se encontram terceirizadas: funções delegadas, e que sejam profissionais o suficiente para oferecê-las como o esperado, se não, troca-se de profissional.

Tá tudo virado...

Como nos relacionar com alguém só por seus serviços, pelo curriculum lattes?
E se ele adoece? Entristece? Deixa de trepar? Ou, fica impossibilitado de exercer suas funções? Troca-se?

Existe algo mais, evidente. Um algo que as pessoas morrem de medo de mostrar, não sei pq.
As manias, a chatice, o mau-humor, as brigas, que nos parecem encantadoras só por serem próprias daquele Ser quando se permite conhecer e que conseguimos enxergar para além, bem além da fenda pupilar.

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