terça-feira, 24 de maio de 2011

The world is round



E quando nos damos conta de que

- a instituição é um ópio?

- a ciência é uma religião?

- e o amor não basta...

condenados à liberdade,
estamos condenados à solidão

segunda-feira, 16 de maio de 2011

entre o céu... e o infinito

... da filha supralunar, 9 anos

- Sabe qual é o meio do infinito? O número zero!

pensativa...

- Mas se o infinito estiver num círculo... aí não tem meio =/

domingo, 8 de maio de 2011

Dia das mães

Estive pensando nessa história de filhos. Aliás, já é uma coisa que tem me intrigado. 

Não acredito nessa balela de ter vontade de ter filhos para perpetuar os genes, ou escolher o parceiro com genótipo legal para formar filhos bacanas... Essa do relógio biológico da mulher, tá certo, mas acho que é pelo ideal de formar uma família mesmo. O que na teoria se diz que o sujeito (só ele) forma a família, é ideal, lindo, mas na prática... não rola. Se todo mundo tem família, se a gente vem de uma família, dá uma paúra de ficar sozinho. 
Este é o motivo torto para ter filhos. Motivo de seguir a boiada, o avesso é o medo de ficar sozinha.

E existe a outra vontade de ter filhos. Talvez, na minha opinião, a mais pura no sentido do belo/bom/justo. Surge da paixão. Do medo de que termine (e a gente sabe que termina). Não é exatamente a vontade de ver o fruto do amor, mas sim uma "garantia" de que não termine, uma algema - e que a gente sabe que não presta, pq qdo termina de fato, a gente nem sofre, mingua mesmo. E, segundo consta, essa vontade não é só feminina! O cara tbém fica louco para ter filhos. 
A vontade de amor eterno é o motivo quase justo para ter filhos. O avesso, é o medo de perder a pessoa amada.

Acabamos observando homens dos dois tipos - apaixonados ou assustados com a mulher grávida. Depois que o bebê nasce, é outro papo - aí já tem o encanto da criança, outro viés.

E... o que se passa entre uma mãe e um filho
... nem Freud deu conta de explicar!! 

segunda-feira, 2 de maio de 2011

navalha

As cores e as dores
dos amores partidos
aqui e ali
tecem um véu 
translúcido

Tateio e não vejo
Falo e mal escuto
Abafa-se a textura da pele
             a doçura da voz
           a alma das palavras


De repente
perde-se um ponto
o tecido esgarça


E uma luz, tímida
ameaça surgir
     Por vezes, despercebida,
volta de ré`
     Por vezes, encanta


Teu canto invade
o pensamento,
um alento
no branco


Tens permissão para
pouco a pouco
divulsionar-me


Suscita o mel
que me preenche
e te acaricio


Penetra
Vigoroso
Despetala, "estacato"
cada fábula sedimentada


Desnuda-me
Desvelo-te


Nus
Nous
Crus

domingo, 1 de maio de 2011