quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Traição, casamentos, contos de fadas, mais do mesmo...

Dia desses estava conversando com uma amiga, casada com o primeiro namorado, único homem da vida dela. Bem nascida, bem (?) criada, aluna e profissional exemplar, boa mãe, boa filha... Enfim, exerce bem suas funções.

Eis que, por um acaso ou ainda, por descuido, umas mensagens suspeitas entre o marido e a amiga do trabalho, caíram no celular da filha de 9 anos. As pessoas ainda não sabem usar direito esta "nuvem" e compartilham coisas sem saber.

Até aí, nenhuma novidade. Nenhuma novidade pq o marido tbém é do bem: bem nascido, bem criado, aluno e profissional exemplar, bom pai, bom filho... Enfim, exerce bem suas funções.

Minha amiga foi tirar tudo à limpo. Com classe. Sem gritaria. Como Íon que pediu a verdade sobre sua orígem. Isso foi legal! Decente! Pela força e imposição da verdade, acima do bem e do mal.

O desenrolar da história: o casamento continua. Tanto o da minha amiga, quanto o da "amiga" dela:

"Mas alguma coisa se quebrou. Não é a mesma coisa." foi o que ela me disse.

Neste momento, o que exatamente se quebra?

A confiança?
É a primeira resposta que nos vêm. Mas aí já começa um viés. Confia-se em quem se conhece. Neste caso a quebra de confiança implica em desconhecer a pessoa.
Já passei por isso. Já falei sobre isso. Parece um estranho no ninho:
http://autretourdelafolie.blogspot.com.br/2013/08/um-estranho-no-ninho.html

Será que é possível realmente conhecer um outro Ser? Quando o outro faz o que se espera que ele faça, ele está apenas cumprindo seu papel ou, "exerce bem sua função de cônjuge". Mas isso não é a mesma coisa que conhecer o outro na totalidade.

O sonho?
Este sim pode ser o ponto. Fomos criados com contos de fadas, com o "felizes para sempre", com a família de paiemãeemeninostudojunto pra sempre... Quebrar este sonho é uma trombada! Mas, garanto, uma trombada do bem, para acordar para a vida. Uma relação afetiva há que depender estritamente das pessoas, e não de suas funções. É vontade de estar junto, e não dependência da função do outro.


Com quebra, sem quebra... acho que o lance é simplesmente a vontade de ficar juntinho.
E isso não se acha em toda esquina. Pena.



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