Assim, o relacionamento com amigos de infância é o mesmo. Passam-se anos e parece que nada mudamos qdo voltamos a encontrá-los. Agimos como o previsto, e é como se estivéssemos vestidos do modo que a forma do relacionamento pede, e qdo nos damos conta, aquilo parece até uma camisa de força que não obedece à nossa vontade.
O mesmo com o cônjuge ou namorado ou amante. Casamos, descasamos, amamos, deixamos de amar... a forma permanece a mesma. Marido é marido, esposa é esposa, namorado é namorado, amante é amante.
O conteúdo (as pessoas no relacionamento determinado) pode mudar o que for: a estrutura formal (o relacionamento) incrivelmente se mantém!!!!!
Qual a saída?
Martelar. Quebrar. Desconstruir a estrutura formal de tudo que nos perturba, que nos faz sentir numa camisa de força. Pouco a pouco, revisitar as pessoas que nelas habitavam.
À qualquer sensação de sufocamento, prestar atenção se realmente conseguiu esfacelar aquela forma inadequada, ou se caiu na tentação de vestir a camisa de força para se abrigar do frio. Este frio realmente incomoda. O frio da ausência de abrigo, do vento que vem de tudo que é lado, sem anteparo, do vão... da liberdade.
Por outro lado... Só assim talvez seja possível estruturar-nos. Os pilares precisam estar na estrutura do nosso ser. A forma interna aos sujeitos da relação; e não como molde a ser preenchido pelos constituintes.
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