No entendimento, há um saber que se passa além do conhecimento. O conhecimento exposto trata da receita escrita com seus ingredientes, modo de preparo e tal... Ou a receita para ser feliz, ou para consertar um coração partido, ou de como fazer uma cerveja.
Porém, o entendimento vai além. Como se, de algum modo, você se abrisse para acolher todas as outras faces veladas. Todos os sabores que acompanham o conhecimento: a memória, a semelhança, a dessemelhança, os sonhos, os desejos, sensações atemporais e atópicas que convergem no instante do entendimento.
E por incrível que pareça, esta abertura só pode ser possível quando o afeto se desperta. Este sim, inerente a qualquer um, inespecífico e próprio, involuntário ou voluntário, fortúito ou perseguido.
Para isso, não há receita.
E basta.
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