quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Acabou

"Mudaram as estações
e nada mudou
mas eu sei que alguma coisa aconteceu
tá tudo assim tão diferente
Lembra quando a gente
chegou um dia a acreditar
que tudo era pra sempre
sem saber que o pra sempre,
sempre acaba..."
Renato Russo



Tudo que começa tem fim. A questão é se convencer de que acabou. E qdo acaba, não necessariamente quer se desmerecer o que passou. As coisas simplesmente chegam ao fim, e não nos tempos simultâneos. Talvez até no mesmo tempo, mas convencer-se de que realmente acabou é que não é coincidente. Será que é possível construir ou manter o afeto? Como acreditar que uma coisa que nos arrebata pode ser tão efêmera? Talvez possa. E o nosso "pecado" é tentar mantê-lo com todas as defesas e armas - principalmente o suposto esforço para o outro tbém manter o afeto - não rola!!!!!

Eu me lembro da imagem de Jung do cavaleiro. Qdo estamos montados de costas para o nosso inconsciente, vem a estranheza. Talvez o gde desafio seja entender estes momentos de estranheza, de onde eles vêm. E acho q eles nos avisam qdo terminou.

Outro ponto nevrálgico! As malditas expectativas. Se a expectativa for pretenciosa a realização sempre será migalha e aí dá a sensação de que nem chegou a começar, o vazio é monstruoso. Entretanto, ao nos entregarmos completamente, este pequeno, se despretencioso, se faz absoluto e por isso grandioso. Por vezes, não passa de uma noite. Mas que vale uma encarnação!

A grande arte, talvez... não girar a engrenagem em falso. Nossa! De novo caímos no problema da receita de bolo!
Ai... não aguento mais!

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