domingo, 1 de julho de 2012

Prova

Durante toda a vida, o que mais aprendemos a fazer é estudar para as provas.
Sempre há aquela impressão de que determinado assunto é mais importante, tal passagem do livro é a fundamental, e concentramos nossos esforços em estudar o que achamos com maior probabilidade de cair na prova.

Daí extraímos a primeira lição:
1. O que é mais importante para nós, não necessariamente é mais importante para o professor.

E vêm os corolários:
a. ou temos uma impressão equivocada do que é mais importante, ou o professor é que deixa a desejar
b. há aqueles que se acham errados, há aqueles que acham o professor errado, mas enfim, conclui-se que a impressão não é absoluta.

Mas não nos satisfazemos. Já que o desempenho precisa melhorar, atacamos não na probabilidade, mas na totalidade. Estudamos TODA a matéria. Evidente que, ao abranger um conteúdo maior, a profundidade nos assuntos diminui. Deixamos de saber profundamente o que achamos mais importante e interessante, e passamos a saber um pouco de tudo.

Daí extraímos a segunda lição:
2. Até pode se saber do que se fala, mas por vezes faltou um certo raciocínio sobre aquilo. Ou seja, conhece o tema, mas não o entende.

De novo somos surpreendidos.

Acredito que o caráter surpreendente das provas (mas o que será que vai cair?) traz uma aflição tal que já, desde pequenos, tratamos de estudar. Fomos ensinados e doutrinados a estudar para que nada nos pegue desprevinidos.

ENTRETANTO...

Lembro-me de que as melhores provas que fiz, que nada trouxeram de aflição, foram quando eu adorava a matéria. Parecia que eu já a sabia de outras encarnações. Respirava aquilo, vivenciava os tópicos, entendia a lógica e o conteúdo e, o principal, encantava-me!!!
Ou seja, não havia surpresas. Estava segura. Inclusive para problemas inesperados: acreditava nas ferramentas desenvolvidas.

PORTANTO...

A aflição frente a algo que acontecerá, como coloquei no post anterior
http://autretourdelafolie.blogspot.com.br/2012/06/emboscada.html
ocorre basicamente quando não acreditamos nas ferramentas adquiridas com o que aprendemos, vivenciamos e experimentamos do assunto. Aí, somam-se as suposições em zoom ou em grande angular que trazem uma angústia ainda maior. E, acredite, a vida sempre nos apresentará uma alternativa totalmente diversa de todas as previstas.

Precisamos confiar no vivenciado, experimentado, entendido, sentido. As suposições e previsões, em geral, são vazias.


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