"A poupa da melancia é, na verdade, branca até que sua pele seja rompida, e então se torna instantaneamente vermelha"
Quando li, desacreditei no absurdo de quem soltou essa.
Li de novo...
1. Existe algum experimento que comprove que a poupa da melancia fechada é vermelha?
Acredito que não ou, pelo menos, não consigo imaginar nenhum.
2. Bom, partindo então do outro pressuposto, conseguimos explicar uma mudança de cor tão rápida e instantânea ao, simplesmente, romper a pele?
Também não...
Ok, então vemos que, ao partir a melancia, algumas áreas não ficam tão vermelhinhas.
Deste modo, ao pensar como 1, a maturação não foi completa e daí a irregularidade da coloração.
Entretanto, ao pensar como 2, explica-se que, já que o vermelho não é homogêneo, decorre-se que existe uma velocidade na transformação do branco ao vermelho sim e, por isso não é homogêneo! Tvez qto mais distante da pele, maior a velocidade de avermelhamento...
É incrível como conseguimos TUDO explicar por qualquer pressuposto e qualquer lógica quando não há evidências suficientes. Principalmente se não é possível manipular um dos fatores, no nosso caso, o tempo.
Como identificar TODOS os fatores envolvidos no fenômeno? Não só físicos, como culturais, sociais, econômicos... Como traçar conjecturas pertinentes? Neste caso da melancia pode-se verificar os absurdos que uma conjectura pode defender. Como o "Bom Selvagem" de Rousseau ou a "violência selvagem" de Hobbes podem ser pertinentes se o homem nunca deixou de viver em sociedade?
ENTRETANTO...
Sou humana, né... E não aguento, como todo ser humano e racional, deixar espaços vazios.
Deste modo, fico com Hobbes.
... e quanto à melancia, eu sempre achei sua pele grossa demais. Algum segredo tem... deve ser para manter a poupa branca ;)
Nenhum comentário:
Postar um comentário