sexta-feira, 6 de julho de 2012

Descompasso

Na saudade, 
Inspiro seu  contorno
e delineio seu perfume
Fecho meus olhos
e afago seu olhar

Assim lhe preparo:
A dança na relva sobre o tapete de seda
O vôo das libélulas e vagalumes em aquarela,
as mesmas que carregam a verbena,
que embriaga seu olfato

Mas quando o encontro,
veste-me luvas de boxe
A fala ácida
mascara o olhar doce
Fica o amargo que queima as vísceras

Um descompasso...

Retrogosto irriquieto
que precisa nos desculpar



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