sexta-feira, 4 de junho de 2010

Voz

Sobre tua voz
pinto teus óculos,
que esboçam olhos doces
de quem se encanta...

Diante deles mostro a melhor face,
de sorriso tímido e espontâneo,
que abre as portas do breu
silencioso e vazio...

Vontade irresistível de me preencher

e s c o r r e g a r

aquecer, úmido e macio


Tua voz me agarra pela cintura
sussurra no pescoço,
na nuca que arrepia

Tateia meu corpo
acomoda os seios nas mãos
Acaricia... aperta... marca...

Agudo, aguça e afina os sentidos

Penetra fundo
ganha o silêncio absoluto
Este som, precioso,
conservo

Até quando?

Não me interessa!

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