segunda-feira, 30 de novembro de 2015

retorno

Ando numa fase tão conturbada e tão descrente que preguicei de escrever. Logo, preguicei de pensar. A necessidade de resolver problemas práticos rouba qualquer prazer reflexivo… 
Mas acredito que seja imprescindível forçar a refletir. Forçar a resgatar o que dá prazer. Sem sentimento de culpa. Sem "deixar para depois".

Muito bem. Dada a ressalva, vamos aos "causos".

Eis que minha ex-professora de Filosofia aparece liiiiiiinda no consultório! As mulheres lindas são as mulheres felizes, que irradiam vida - poxa, preciso resgatar minha lindeza de algum lugar.. =( 
E ela me conta: separou-se há 1 ano! Já se enrolou com um aluno, 20 e poucos anos mais jovem, dispensou, e agora está apaixonada por uma nova história com um professor português. Ela, 56 anos. Ele, 60. Mas o mais interessante é o contexto:

Quando se separou, começou a sair com as amigas descompromissadas tbém professoras. Uma delas, ativista, feminista, "interessante"segundo as palavras da locutora, próxima dos 70 anos (jovem senhora, feito o Ritchie que tbém tem quase 70 anos segundo suas próprias palavras!!!), vivia falando do colega professor português. E resolveu chamar minha professora para um cinema e, de brinde, trouxe o tal do portuga.

Óbvio que ele se interessou por ela!!!
Óbvio que a jovem senhora de quase 70 anos ficou enciumada e emputecida
Óbvio que a "disputa" entre mulheres azedou a vida profissional de ambas, e o portuga saiu dessa encrenca belo e formoso, com uma linda mulher de 56 anos.

Não sei o que pega entre as mulheres, que elas ficam putas entre si, e perdoam o cara.

Mas o mais interessante: NÃO IMPORTA A IDADE!!! Tampouco a maturidade. Tampouco a inteligência. 

Ou as mulheres estão acostumadas com a vulnerabilidade masculina, consideram o cara café com leite…
Ou o cara realmente de nada vale. Vale é a disputa mesmo, um "achar-se melhor que a outra".

Moral da história: independente da idade, não se apresenta o peguete para a amiga. Nunca. Jamais!!! Só depois da relação consolidada, e olhe lá!!!

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Superstição

Minha mãe com tantos pretendentes e meu pai tão tímido...
Zilhões de espermatozóides e um óvulo por mês...
Eis que estou aqui

Tanto homem naquela balada
Tuuudo escuro e muita alcoolemia - sabemos da zica que isso dá
Eis que estamos aqui

Tanto tempo de antecedência no aeroporto
Chegamos na porta do embarque no exato momento em que nossas malas sairam do avião
Eis que fizemos a melhor viagem por acaso para um lugar que nunca cogitei conhecer

Tanto que revimos a mensagem para disparar 11383 SMS
O numero do telefone errado escapa
Eis que corrigem no momento em que ia se apertar o "enter"

Mas é tudo por um triz
Um nanosegundo antes ou um nanosegundo depois, já era.
Como não acreditar que vai dar certo?

sábado, 19 de setembro de 2015

Devaneio sobre o destino ou acaso - mais um

Destino ou acaso?

Queria muito acreditar no destino. Caminho feito, mais fácil de encarar, a responsabilidade diminui…

Mas o acaso nos torna responsáveis. Pelas escolhas.

Tanto em um quanto em outro… Precisamos nos convencer que temos que bem escolher. Fazer tudo que está ao alcance das nossas mãos. Do melhor modo possível.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Estou o que não mais sou

O mesmo sonho dos tempos brancos:

"Mesmo abraço
mesmo sabor
mesmo calor

mas algo não bate

é vc, mas não exatamente…

o rosto e o corpo estranhos

mas é vc! Eu sei que é!"


Paro… penso…
Não é o outro que sinto estranho,
sou EU!!!

A relação é a mesma, o aconchego igual
Mas EU… não mais.

foda.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Histórias e mais estórias

Mais um trânsito, mais um pensamento..

Qto mais o tempo passa, mais me encantam as histórias, os livros, os romances. Melhor ainda qdo fui personagem.

O fio condutor, repleto de afeto, é que alinhava uma bela estória. Talvez, esta seja a verdadeira e significativa filosofia: este fio afetivo e o modo do alinhave, que varia conforme os tempos e o entorno.

Deste modo.. fico satisfeita com meu Ser presente. Minhas estórias são incríveis.

É.. acho que estou feliz =)

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Plenitude




É muito engraçado este sentimento,
completamente desinteresseiro

Não paga minhas contas
Não troca as lâmpadas queimadas
Não conserta torneiras
nem troca pneus

Totalmente inútil…

Mas basta sentir teu cheiro,
o calor no corpo,
o olhar que abre as portas do meu lar..

que o mundo se despe de toda sua utilidade

e transcende, lança-me
nas ondas da energia infinita do universo

com vc, eu sou infinita e universalmente
plena.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Divagações acerca dos relacionamentos

Foi no aniversário de uma amiga da faculdade. Presentes, 5 médicas e 2 médicos. 5 heteros e 2 gays. Destes, 5 divorciadas e 2 ainda casados. Sim, lógica simples: as 5 mulheres se divorciaram. Os 2 homens (gays) permanecem casados.
Seriam os casamentos gays mais estáveis?
Ou…

Na realidade, eu acredito (e todos os que lá estavam) que as mulheres são loucas para casar, mas não pensam 2 vezes para se separar. Os homens são difíiiiiiiiceis de encarar um casamento mas, qdo engrenam, dele não saem mais.

É a velha história - o homem quer paz.
A mulher… acho que ela nunca sabe o que quer. Ou sempre quer algo a mais que nem ela mesma sabe o que é.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

"Estamos em construção para melhor servir"

Como reaprender a navegar por mares em que quase me afoguei?
Como não cair naquele embate da rotina diária em que
1. alguma bobagem no outro invariavelmente acaba nos irritando: "não deixe o jornal espalhado pela casa!"
2. temos a necessidade inexplicável de ver tudo arrumadinho!! E estamos cansados de arrumar todos os dias - pô, como o cara não percebe?!?!
3. então pedimos, já com ódio pq o cara não percebeu: "será que vc poderia deixar o jornal arrumado depois de lê-lo?"
4. o cara percebe a irritação com que falamos, obedece forçado (mas PRA QUE arrumar o jornal se ela nem vai ler? Ou, qual a diferença de lê-lo na ordem?)
5. se arrumou forçado, sem entender o motivo para fazê-lo, óbvio que depois da 2 ou 3 vez, não mais o fará.
6. aí ela vai ficar com o ódio guardado Até voltar para o número 2
7. agora, ele, de saco cheio, faz que escuta mas nem está aí…

Bom, este é o início. As coisas se repentem de ambos os lados por causa do embate da rotina diária em que alguma bobagem no outro invariavelmente acaba nos irritando.
Dali a pouco, esta indisposição para escutar o outro se espalha por todos os cantos.

Um "aham!" para o que nem registrou
Um "eu sei!" sem saber
Um "tá." sem estar
… um silêncio tenso, repleto de informações e frustrações engolidas pelo travesseiro.

Aí vem a vontade de dormir… para tudo enfiar, cada vez mais, sob os lençóis. Aquilo fica tão "povoado" que não deixa mais espaço para o tesão e o calor gostoso do corpo amado.

E… sabe o que é mais interessante? Tudo, mas tudo, tem a ver com a primeiríssima rusga. Um é organizado e o outro não se importa com a bagunça. Um gosta de sair e o outro de ficar em casa. Um é agilizado e o outro deixa para depois. Um gosta de mandar e o outro faz que obedece.

Neste momento, a ausência não acentua estas diferenças e traz a saudade. Ou, o "cada um no seu canto" faz com que saibamos e respeitemos aquela casa que não é nossa, e esconde a mania do outro. E a saudade aumenta o fogo e abafa a intolerância.

Mas não dá para dizer que a ausência faz bem.



Queremos mais, sempre mais:
Mais perto!
Mais tempo!
Junto! Grudado!
No silêncio, na palavra, no céu estrelado, nos dias de chuva

O caminho…
Não sei!
Talvez seja a disposição para acolher a diferença que o outro traz na nossa vida. E tentar!
Arrumar junto, bagunçar junto, fazer junto, deixar para depois junto..
Perguntar para si mesmo, a cada embate:
- qual a consequência da bagunça?
- qual a consequência do atraso?
- qual a necessidade de sair? Ou de ficar em casa?

é só.. parar para pensar um pouquinho na real necessidade daquele empacamento, para quem vai respingar as consequencias, quem vai pagar por isso, e se isso realmente importa.

Serenidade..
Paciência..
Tolerância..
Acolhimento..
Ternura.

Tudo isso para manter a cama limpa,
Faminta
Sagrada

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Dica

Vai aí mais uma dica para manter um relacionamento

Tudo que um homem quer, é paz
Tudo que uma mulher quer, é segurança

Portanto, se vc, homem, quer paz, trate de dar segurança à mulher. Faça-a crer que está com ela por opção, e não por falta de opção.

Para a mulher… aí complica. Bom, enquanto houver amor… Se joga e confie.
Sim, acho que é uma questão de fé. A paz é conseqüência.

terça-feira, 9 de junho de 2015



Teknolojinin Geldiği Son Nokta!!!

Teknolojinin Geldiği Son Nokta!!!

Posted by Kocaeli Üniversitesi on Sábado, 8 de fevereiro de 2014

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Fato

Assim como transcendemos para esquecer um fato óbvio - a morte - e aproveitamos a vida…
… tem o amor



The Darkest Truth About Love from Hannah Jacobs on Vimeo.


segunda-feira, 1 de junho de 2015

Amor e nada

Ainda me lembro de um conversê com um amigo psicólogo.

Meu objetivo era terceirizar e especializar o homem. Deste modo, selecionaria o melhor papo para papear, o melhor sexo para transar, o mais príncipe para romantizar, o melhor poeta para poetizar, o melhor cabra para lutar, o mais sociável para sair com os amigos, o mais azedo para azedar… e assim por diante. Quanto mais "especialidades" o cara tivesse, tanto melhor. Quem sabe se tornaria um fixo e daria menos trabalho no momento de requisitar a função. Mas meu problema é gostar de váaaarios ítens, e seria quase impossível encontrar uma versão masculina de mim mesma.

Briguei pacas com o psicólogo, e por um tempo deixamos de nos falar - acho que isso foi uma heresia com relação à psique humana.

Isso ficou na minha cabeça… Qual o mal nisso? Num mundo extremamente terceirizado e individualista, "coisificado", esta seria a chave para a modernidade nos relacionamentos humanos.

Posso dizer que não fui infeliz nesta empreitada. Afinal, meu crescimento e reinvenção sempre dependeram de mim mesma. Leituras, descobertas, ensinamentos, arte… bastavam!
E posso dizer também que, depois do serviço feito, eu tinha uma enorme vontade de que o cara sumisse da minha frente.

MAS… e sempre há um "mas"…

O outro lado da moeda, bem mais singelo e fácil, é aquele com quem não se faz nada. 
Quando, sem planejar, sem necessitar, sem ter vontade determinada, ficamos com alguém com quem nada planejamos e nem sentimos falta de coisa nenhuma. E, se temos algo para fazer ou alguém para encontrar, dá até uma preguicinha pq está bom demais ficar sem fazer nada com ele.
O dia, a noite, o fim de semana, a semana, o mês, o ano passa.. e nos perguntamos: mas o que foi que fizemos mesmo? Precisamos parar para lembrar pq, qdo listamos, parece que nem foi nada.

Mas bem sabemos o valor deste nada: fácil, singelo, gostoso, tranquilo, sereno… aconchegante.

...e mais nada


terça-feira, 19 de maio de 2015

Só para raros




Alguns podem estranhar - mas o que será que ela vê nele?
O momento não é dos melhores,
a saúde com seus percalços,
os problemas… parecem infinitos

"Mas o que será que ela vê nele?"

Minha vida, bem estruturada
boa moça, boa família
os problemas.. quais?

Eu enxergo além dos olhos
Sua pureza, bondade, transparência
a elegância com o outro - seja ele o porteiro ou o dono da empresa!
o auxiliar ou o chefe do plantão
a humildade, a generosidade,
… o respeito!

O mundo pode desabar que vc não muda!

Nos tempos em que a falta de respeito em nada surpreende,
sua ética me comove.

O mínimo
… tão caro
… só para raros.

Conquistou-me pra sempre =)


quinta-feira, 14 de maio de 2015

Reconhecimento atemporal

Quando o dia está cinzento, ou "branco", como já postei por aqui, aflora nosso sentimento de vulnerabilidade.

Paramos um pouco o tempo e pensamos:
- por que estou aqui?
- ou melhor, por que PRECISO estar aqui?
- por que passar por isso?
- ou seja: qual o sentido deste momento? Desta vida? Desta existência?

Uma vontade enorme de voltar para o útero.

Nestes momentos, fica evidente a necessidade de "dar sentido" às coisas.
Isso tudo pode parecer um trocadilho e uma brincadeira com as palavras.. Um silogismo. Descolado das nossas sensações.

Mas falo aqui de pura sensação! O sentido é sentir a vida! Ver as cores! Estar presente no presente, atentos, inteiros.

Aí, para sentir-me, gosto de sentir as pessoas que passaram e passam por minha vida. E dou-lhes sentido.

Assim, meu caro, perceba as coincidências. Passou por onde passei, cruzou meu olhar sem que eu percebesse, te vi e vc não viu, um jogo de marionetes em que estávamos no lugar certo, mas não nos encontramos.
Assim continuamos… Mas com as (re)lembranças. E agora sabemos o que antes sentíamos sem saber - exercemos um reconhecimento de tudo que vivemos juntos em algum lugar do tempo-espaço.

Este é o sentido da vida:
Des..
Re..
..encontros

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Eter n idade

Parecia tudo muito difícil.
Voltar a dividir meu tempo, a compartilhar meus momentos, a ter a coragem e liberdade de pedir um favor…
Ou ainda, que nem fosse necessário pedir um favor - que, de repente, viesse uma solução em conjunto.

Eu desejava
Eu realizava
Eu necessitava
Eu descobria
Eu… me bastava (?)

Mas não sei que desvio foi esse em que me meti que, numa fração do olhar, tudo, mas tudo mudou.

Incrivelmente não divido meu tempo. Ele, simplesmente, flui! É só a vontade de ficar junto, que o mundo se faz - e de um jeito nada planejado. Cada compromisso se torna uma aventura. Um mergulho neste mundo que se faz dos nossos momentos - descubro (relembro) uma palavra, um olhar, um sonho, um pensamento..

Desejamos juntos
Realizamos juntos
Necessitamos o mesmo - básico é luxo!
Descobrimos juntos
Pasme, nos bastamos. E agregamos. Cada vez mais. Um mundo!!

O primeiro ano de uma eternidade =)

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Tolerância

Dia desses, minha filha de 13 anos estava em crise. Não conseguia se acertar com nenhuma das meninas do grupo. Havíamos lido uma crônica juntas em que tiramos um ensinamento: para começar um papo decente, há que se encontrar um ponto em comum, qualquer que seja!

- O problema, mãe, é que não encontro nenhum ponto em comum com elas! Elas só falam de roupas, marcas, maquiagem… e eu não tenho o menor interesse nisso!!! Elas julgam as meninas pelo modo que combinam as roupas ou pela grife, e eu não consigo achar isso importante!!!

É…

Bem…

Seria muito fácil elogiar minha filha e ficar satisfeita com os valores que estamos conseguindo passar, e dizer:
- Elas realmente não valem nada! Amizade assim não vale a pena mesmo!

É…

Bem…

Mas talvez não seja por aí. É muito mais fácil caminhar com os semelhantes, mas a tolerância tbém é um aprendizado. A tolerância nos permite uma vida muito mais rica, por sempre encontrar coisas boas (semelhantes) no outro.

- Pô, mãe, mas aí vou ser uma falsa!!!

Esse é o risco mesmo, ser taxada de falsa. Eu me lembro no meu ano de caloura, que eu transitava por todas as tribos: patricinhas, mauricinhos, esportistas, nerds, japas, judeus, tudo mesmo. As pessoas são legais sim! E num belo dia, entrei numa puta crise pq um boato chegou aos meus ouvidos: "aquela… aquela anda com todo mundo!!!" Um discreto "falsa". Como se fosse sinônimo de autenticidade andar com determinadas pessoas e ser totalmente refratária às outras. Talvez por isso nunca tenha comemorado um aniversário - eu nunca soube como acomodar tanta gente diferente num mesmo ambiente…

Mas depois de tanto ouvir e insistir na tolerância, acabei encontrando nela uma arte. Sou o que sou, todos os diferentes me reconhecem como mesmo e outra. Individualidade respeitada por respeitar a diferença do outro, rir disso tudo, pq a essência mesmo é o que vale. A empatia das essências.

E isso vale muuuuuuuito a pena!!!!!

quinta-feira, 26 de março de 2015

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Meus caros amigos

Meus queridos..

Desculpem-me a ausência. É por pouco tempo, tá?

Estou por aqui, mergulhando a fundo numa outra experiência. Sim, queridos, estou muuuuuito feliz. Mas tenho um pouco de receio que se zanguem comigo.

Não é por mal, tá?
Não me esqueci de vcs, ok?

Passei estes últimos anos, como os melhores da minha vida - acho que qdo estamos felizes, todos os anos são os melhores das nossas vidas, né? - graças a vcs. Acolhemo-nos, descobrimos um monte, aventuramo-nos, estivemos sempre no limite entre o possível e o perigoso… No fim, ampliamos nossos horizontes. Mas sempre com a força desta nossa união!

Acontece que, por um momento, comecei a me estranhar… O meu mundo externo, sem dúvida, estava muito maior e corajoso. Não tinha mais medo de me atirar no desconhecido! Como se eu tivesse asinhas nos pés, caminhasse nas nuvens, visitasse o paraíso e o inferno acolchoada nos seus abraços!

Mas, de algum modo, meu mundo interno e compartilhado estava…
… frio.

Eu estava… fria!

Estou me redescobrindo. Mergulho nos olhos dele e me encontro láaaaa no fundo de sua alma, o meu reflexo que, por sua vez amplia cada vez mais meu horizonte.
Sim, o amor nos torna gigantes em nossa generosidade, tolerância, acolhimento…
É o afeto, grandioso, que ocupa, amplia e transborda

Percebem a energia?

That's all folks!
.. almost all ;)

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Crocodilo

Por vezes temos um crocodilo insuportável dentro de nós.
Inconveniente
Feroz
Impertinente
Incontrolável


Pois bem…
Como tudo, tudo mesmo, o lance é… tirar as luvas de boxe!!

Sentar
Conversar
Acolher
entrar num acordo

COM-VIVER

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Cientificar

Analisar..
classificar..
esquematizar..
sistematizar..

.. despersonalizar


Tant de forêts por Krapoarboricole



sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Dança do tempo e espaço

Sim, perdido em algum tempo, estava Aquele Espaço!

Fui com minha mãe, um lugar colorido cheio de gente pra lá e pra cá, rampas e corrimões que desenhavam curvas entre os dois andares, e a área central cheeeeia de frutas. E eu adorava aquele cheiro de nectarina…
Eu gostava mesmo dos corredores inferiores: linguiças penduradas, castanhas, nozes, avelãs, azeitonas coloridas… Os queijos, enooormes! Meu pai adorava os furadinhos.
Aquele seria um dia de festa =)

Eu avistava aquele senhor sério por trás da caixa registradora, do balcão. NUNCA falaria com ele, aff que medo!!!

E aparece aquele magricela



cabelos beeeeeem pretos, nariz afilado, compriiiiiidooooo… Deliciosamente desengonçado entre os laticínios, sorriso solto,
Questo ragazzo è un polichinelo!!!

PoLIniZavA alegria…

Menina, de mãos dadas com minha mãe e com medo de me perder naquela multidão, encantava-me a imagem…

O tempo passou, mas em algum lugar aquele momento ficou registrado.

A sucessão de imagens do dia a dia no descompasso do tempo nos mesmos espaços:
Largo de Pinheiros, Rua Morás, Francisco Leitão, Cardeal Arcoverde, Teodoro Sampaio, Ilha, Mambo… Estendia-se para o Hospital do Cotoxó, Afonso Bovero…

E os (des)compassos dos encontros no mesmo tempo: namoro, noivado, casamento, filhas, gatocachorropapagaio…
… a dor dos desencontros

E enfim seu espaço no meu tempo num golpe de vista! Oportuno instante!
Nem tão alegre assim, o olhar e os gestos delineados e salpicados com o pesar das dores e desencantos que pululam com o dia a dia.
Encantou-se com minha imagem de menina voraz e faminta daquele tempo, que em algum lugar se desenhou em vc.

Sim, vc me resgatou!

Então, perdido em alguma lacuna do tempo, estava aquele album de fotografias que trombou em vc. Abençoado acaso que o trouxe então ao meu espaço! Folheio as imagens, o senhor sério, a aura, o cheiro de nectarina, o tempo…
… polichinelo

Sim, meu amor, eu te resgatei!

Agora, sintonizados no mesmo compasso!

Nunca mais me perco de vc =)

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

A César o que é de César

Meu celular está convalescendo. Nas últimas. Tá lerdo, dá pau, toca sem ninguém ter ligado, para a ligação no meio, a internet não pega direito… Deve ser por conta da telefonia tbém, que compartilha com o mau funcionamento geral das coisas.

Ou o que se promete, e as minhas expectativas frente às possibilidades, é infinitamente superior ao que o sistema pode de fato proporcionar.

Mal e mal, vamos adquirindo aplicativos interessantes e, de repente muda o sistema, nosso aparelho não tem condições de atualizar, e parece que falta alguma coisa. Parece que PRECISAMOS daquilo.

Porra nenhuma!!! Celular serve para que eu me comunique com o outro, e não para que eu deixe de me comunicar! Esses aplicativos, a internet, o vício virtual acaba nos afastando cada vez mais da realidade, das relações humanas. Uma sensação de companhia, solitária. Uma auto-suficiência virtual. Uma dependência tecnológica…
Aí, o calor da vida se transfere aos animais de estimação. Na certeza do afeto.

Aliás, este é mais um ponto!

Estou espantada com a comoção em torno dos pets. Cedi aos pedidos das minhas filhas e agora tenho a Laika. Uma cachorrinha safada e sem vergonha das maaaais fofas! E tem fralda, brinquedinhos, vermífugo, anti-pulgas, anti-odor. anti-carrapato, anti-cerumen, anti-fazerxixiecocô no lugar errado, anti-mordida, anti-anti-anti… anti-ser-cachorro!!!
TUDO para tranformá-la em gente! Urbanizada, domesticada, uma criança eterna e de eterno afeto.

Neste setor, como os aplicativos, há uma séeeeeerie de produtos para "auto-consumo". Bebedouro de porcelana!!! Coleira de strass!!! Daqui a pouco, a PANDORA fará uma coleirinha para os bichinhos rsrs… Diversas marcas de antis - e a gente vai ler a composição, TUDO igual com diferenças enormes de preços. Nem o vendedor sabe a diferença, só se restringe a dizer qual produto que sai mais…

De repente, ficamos dependentes de toda essa parafernália!

Tenho um celular para me comunicar com um outro! Para isso, dentro do sistema de telefonia a desejar, funciona bem.
Tenho uma c-a-c-h-o-r-r-i-n-h-a  que faz xixi e cocô na soleira da porta, e come a fraldinha - mas, putz, só faltava ter piniquinho né… - e já sabia que não passaria disso. Aos humanos o que há de humano, aos animais o que lhes compete, aos celulares o que se propôs Graham Bell.

E quanto a TODO o resto.. Vamos viver, né?

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Vida e estrutura

"A vida parece complexa, mas é simples…"

Todo fim/começo de ano, embora seja apenas mais um dia após ontem e antes de amanhã, um sentimento de "balanço" do que se passou sempre vem.

Os aprendizados
Os perrengues
As tristezas
O nó no peito

Invariavelmente, por melhor que estejam as coisas, há sempre um nozinho no peito
- um trabalho por fazer
- uma tarefa deixada pela metade
- um relacionamento de um ciclo que se fechou… mas que escapa um rabicho de lagartixa que continua a se mexer, embora deixado para trás

Talvez isso tudo seja especulação cerebral. Aquele emaranhado de sinapses que não conseguem passar para a atitude.

A atitude implica na realidade, no seu entorno, na nossa vida.
O pensamento, o emaranhado de sinapses… só gastam ATPs

Toda a complexidade da ação simples - ou se faz ou não se faz - deriva deste desperdício de ATPs
"o que eu preciso fazer para que aquilo aconteça sem interferir naquele processo daquela relação sem magoar nem provocar nem indispor este ou aquele perante um ou outro ou vários antes que haja aquele ou outro envolvimento..."

Viximariacruizcredo!!!!!

As coisas são beeeeeem mais simples.
Atitude!
Estou onde quero estar. Se assim me sinto bem, ok. Se não estou bem, mudo.
E pode ficar mudandoemudandoemudanto? Uai, qual o problema? Volubilidade? Volatilidade?
"Nada se constrói e vai ficar sem nada no final" - é o argumento que SEMPRE nos assombra…

O que, afinal, se constrói e dura para sempre? Poxa, visitamos o mundo velho e nos admiramos com o Coliseu, o Pantheon, a Pietá… Constrói-se a estrutura. Estrutura das coisas, das relações, das tarefas rotineiras…
… mas e as sensações? Aquelas que nos fazem sentir vivos?

Coliseu era um lugar de morte!
Pantheon, um lugar de mortos
Pietá… puro sofrimento
em nada têm de Belo, qdo vividos. Bela é a estrutura, a arquitetura, a arte…

Belo é o sentimento puro, o que nos mantém vivos em vida
A estrutura… se nela insistirmos, pode ser fatal.. em vida