sábado, 30 de outubro de 2010

Matrix


Preciso aprender a ser tolerante.
Mas não consigo me conformar.

Passa-se o início da vida correndo atrás de conquistas. Tarefas, escola, notas, metas, diploma, curriculum: filiação, estado civil, formação, formação acadêmica, atuação profissional, domicílio, carro, casa na praia, no campo, família linda, almoço de domingo, feriado, natal, amigo secreto. Reveillon e carnaval tá liberado - em termos...

O álbum de fotografias vai se colecionando na estante de vidro, junto aos porta-retratos.

Por vezes até se sente que falta ajuste na engrenagem... Até se sente patinar, mas o motor contínuo não pára. A folga entre o degrau e o nosso movimento é cada vez maior. A rotina carrega, segura por toda estrutura construída em torno do motor contínuo de puro aço. Dali a pouco, promove até um vagão de primeira classe e, na poltrona confortável, continua se arrastando, produzindo, conquistando, com seguro contra perdas - o que se diz fundamental nessa vida!

Eu sei que cada um tem sua própria racionalidade para enfrentar os contratempos. E sei que precisamos respeitar e entender a racionalidade de cada um para conseguir prosseguir qualquer relacionamento. Entendo sua racionalidade. Entendo seu medo.

Mas não me conformo...

Que medo é esse de perder o que conquistou? O que temos afinal? Nenhuma garantia. E isso não é pesaroso. É fato. Pra que, então, agarrar no pouco que tem ("ruim com ele(a), pior sem ele(a)")? Deste modo, assim que se tem, se torna pouco. Tem gente que vive olhando para trás, e outros que vivem olhando para frente. Eu não olho para trás. Sei que tbém não é certo - putz, como o avesso cutuca... mas olhar para trás tbém não nos faz caminhar.

Vc quis cantar sua canção iluminada de sol. Eu sei. 
Mandou plantar folhas de sonho no jardim do solar. Lembra?


Te amo. É muito querido(a), e sabe disso. Te admiro - soltou os panos sobre os mastros no ar!!! Sobre a brisa! Vc me ensinou.


Preciso aprender a ser tolerante.
Mas não me conformo.
É um desperdício de humanidade.

De novo, te amo, viu!

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