Conheci Herman Hesse com Demian, na minha adolescência ainda. Marcou minha vida. Fiquei tão encantada que tentei o Lobo da Estepe. Não dei conta. Tbém, o que uma menina cheia de brilho nos olhos dos seus 15 anos tem a ver com a vida de um amargurado de 50 anos? Fechei o livro e guardei na estante.
Recentemente, fui arrumar as caixas com os livros e o Lobo da Estepe caiu nas minhas mãos. Comecei a folhear, e em um dia terminei com um "ué, era isso?"
Mas o que era tão grandioso e difícil nisso aqui?!?!?!
Como quando por um acaso a gente passa pela rua onde crescemos.
Ou revisita a escola ou a faculdade ou a cidade universitária...
"Ué, era isso?!?!?!"
O desconforto, a diferença é tanta que dá receio de "revisitar" momentos que guardamos no melhor lugar das nossas memórias. Não releio "Demian" nem a pau. Nem "O apanhador no campo de centeio"... Mantenho-os no melhor lugar da estante!
Mas... e se eles batem a nossa porta? Se caem, abertos, na nossa frente?
Fecho os olhos?
Fujo?
O respeito pelas sensações que os melhores livros nos despertaram, pede com a mesma força tanto para mantê-los no melhor lugar da estante, quanto para deixá-los entrar novamente à nossa vida...
É... seja o que for, uma história sempre pode ser re-escrita... Basta não impor que ela se repita.
Como se fosse fácil assim rs...
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