Ontem examinei um amigo do colégio, Y
Putz.. Y era brilhante! As redações dele sempre eram lidas por todas as salas pela professora de Português. Entrou na GV direto, fez PG na Poli, graduação em Alemão. Daqueles que a gente acha que vai dar mega certo na vida!
E eis que encontro Y, grisalho, com a mesma miopia de sempre, mas um olhar... opaco. Qdo perguntou das minhas filhas, o brilho voltou!!!
Não teve filhos. Ficou de namorada em namorada, mas não aconteceu. E está com o olhar opaco.
Não é o primeiro homem sem filhos e sem esposa que encontro com esse mesmo olhar. Talvez as mulheres sem filhos tbém fiquem assim... A fase dos 30 parece ser a fase da conquista: conquistar o trabalho, um lugar ao sol, uma família... E aos 40, quem escapa disso parece carregar um peso da diferença.
"O homem tem 2 grandes decisões na vida: 1. Decidir ter filhos 2. Encontrar uma mãe decente."- Y
As coisas estão mudando...
Eu imagino como deve ser difícil. Afinal, a criança depende muito da mãe. Para nós, mulheres, se o pai for um traste, tá td certo: o filho é nosso. Para o homem, o filho é da louca, e ele terá que sustentar o louquinho.
E, nesta fase, qual mulher sobra? A que sobrou, a que derrapou no primeiro sarrafo. Ou então, pega-se a que ainda está nas fases anteriores - e haaaaaja paciência para reviver tooooda a ansiedade feminina novamente rsrs... E se pegar uma família pronta, o pacote precisa ser muuuuuuuuito especial - aguentar adolescentes dos outros não é uma tarefa tranquila...
É.. Não deve ser fácil! Haaaaaaja amor!
Pascal: "Les hommes sont si nécessairement fous que ce serait être fou par un autre tour de folie de n’être pas fou’. (...) Il faut faire l’histoire de cet autre tour de folie, de cet autre tour par lequel les hommes, dans le geste de raison souveraine qui enferme leur voisin, communiquent et se reconnaissent à travers le langage sans merci de la nonfolie...”
sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
Trote
Nesta época do ano sempre vem à tona o trote.
Eu me lembro do meu. Tivemos uma aula com um acadêmico mais velho que parecia mesmo professor, todos carequinhas e com caras assustadas, um anfiteatro de impor respeito, tamanho cheiro de tradição!
Depois uns malucos alucinados invadiram o recinto, armados com farinha e tinta guache.
Passaram uma corda frouxinha nos nossos punhos e fomos arrastados para conhecer o ambiente. Uma baita euforia, mais dos alucinados do que dos calouros! Adentramos à mata ao redor do campus e chegamos na atlética.
A área da piscina era estreitinha. Os 180 calouros e os veteranos supostamente se espremeriam naquele espaço minúsculo. Óoooooobvio que nos lavaríamos naquela piscina!
Mas eu sempre odiei estas brincadeiras de empurra-empurra na piscina - DETESTO água fria! Percebi o azedume da situação, desenrolei-me da cordinha, andei calmamente até o vestiário, fiz um "sinal bem bonito" aos veteranos que estavam me zoando, lavei-me como pude, peguei o ônibus e voltei pra casa. Ainda aliviada pq não havia mais aula rsrsrs
NINGUÉM ME IMPEDIU!!!!!
Os veteranos que me zoaram e que levaram o belo sinal na cara, são meus amigos até hoje! Ainda rimos deste dia.
Mas ainda hoje escuto "discussões" em que alguns ficam até transtornados, pensando que ele poderia ter ido no lugar do calouro que foi encontrado naquela piscina de água turva só no dia seguinte. Falam da violência do trote e tals...
Poxa, que violência? NINGUÉM me impediu!!!
Que medo é esse, que pressão é essa, que consegue formatar um padrão de comportamento avesso até ao instinto de sobrevivência? Pq, se o cara não sabe nadar, como se submete àquela situação de risco?
Levou porrada de menos ou porrada demais qdo criança...
Eu me lembro de ter vergonha de brincar de boneca ou de vestir saias por causa da zoeira dos meus irmãos: "mulherzi-nha, mulherzi-nha". Não é à toa que hj sou assim torta rsrs...
Hoje, qdo zoamos uma das meninas de casa, ela logo grita: "isso é bullying!!!"
Há certas "cascas sociais" que desenvolvemos qdo crianças, e que nos preparam para viver o mundo, o trote e tals... Aprendemos a ser rápidos. A não desviar o caminho por conta dessas coisas que, obviamente, são obstáculos para o que desejamos.
O que será deste mundo politicamente correto?
TOTALMENTE sem graça e sem cara.
Eu me lembro do meu. Tivemos uma aula com um acadêmico mais velho que parecia mesmo professor, todos carequinhas e com caras assustadas, um anfiteatro de impor respeito, tamanho cheiro de tradição!
Depois uns malucos alucinados invadiram o recinto, armados com farinha e tinta guache.
Passaram uma corda frouxinha nos nossos punhos e fomos arrastados para conhecer o ambiente. Uma baita euforia, mais dos alucinados do que dos calouros! Adentramos à mata ao redor do campus e chegamos na atlética.
A área da piscina era estreitinha. Os 180 calouros e os veteranos supostamente se espremeriam naquele espaço minúsculo. Óoooooobvio que nos lavaríamos naquela piscina!
Mas eu sempre odiei estas brincadeiras de empurra-empurra na piscina - DETESTO água fria! Percebi o azedume da situação, desenrolei-me da cordinha, andei calmamente até o vestiário, fiz um "sinal bem bonito" aos veteranos que estavam me zoando, lavei-me como pude, peguei o ônibus e voltei pra casa. Ainda aliviada pq não havia mais aula rsrsrs
NINGUÉM ME IMPEDIU!!!!!
Os veteranos que me zoaram e que levaram o belo sinal na cara, são meus amigos até hoje! Ainda rimos deste dia.
Mas ainda hoje escuto "discussões" em que alguns ficam até transtornados, pensando que ele poderia ter ido no lugar do calouro que foi encontrado naquela piscina de água turva só no dia seguinte. Falam da violência do trote e tals...
Poxa, que violência? NINGUÉM me impediu!!!
Que medo é esse, que pressão é essa, que consegue formatar um padrão de comportamento avesso até ao instinto de sobrevivência? Pq, se o cara não sabe nadar, como se submete àquela situação de risco?
Levou porrada de menos ou porrada demais qdo criança...
Eu me lembro de ter vergonha de brincar de boneca ou de vestir saias por causa da zoeira dos meus irmãos: "mulherzi-nha, mulherzi-nha". Não é à toa que hj sou assim torta rsrs...
Hoje, qdo zoamos uma das meninas de casa, ela logo grita: "isso é bullying!!!"
Há certas "cascas sociais" que desenvolvemos qdo crianças, e que nos preparam para viver o mundo, o trote e tals... Aprendemos a ser rápidos. A não desviar o caminho por conta dessas coisas que, obviamente, são obstáculos para o que desejamos.
O que será deste mundo politicamente correto?
TOTALMENTE sem graça e sem cara.
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
O cigarro e o facebook
Estava hoje no café da Academia para um reforço de ânimo para cumprir as obrigações, quando um senhor de uns 60 anos ofereceu-me o lugar na mesa que ele estava desocupando. Super gentil, retirou a loucinha para que eu me sentisse mais confortável, agradeci, demos bom dia, bom treino, aquelas coisas de gente educada!!!!
Ao lado, uma mesa cheia de senhorinhas tomando café e rindo muuuito!!! Clima mega bom!
Enqto esperava meu café, senta à minha frente uma mulher loira de 40-45 anos, aliança na mão esquerda, magra, bronzeada, com um suco ades diet e 2 pacotinhos de frutas secas, sem me dirigir o olhar. Juro que procurei uma brecha para dar pelo menos bom dia, mas ela só olhava para o celular, como se estivesse super atarefada! Senti-me a mulher ultra invisível!!!!
Escutava e sorria para as senhorinhas ao lado, enquanto aguardava uma pausa para ao menos cumprimentar a mulher das tarefas ao celular. Até que ela o deixa na mesa para pegar uma tesourinha da victorinox para cortar a embalagem das frutas secas. Qdo vejo o visor do iPhone 5 rosa: FACEBOOK!!!!!!
- Adorei sua tesourinha!!
Meeeu!!! A mulher levou um susto!!
- Oi?
- Sua tesourinha! Pequenina e mega útil!!
- Aaahh!!! Boa né? A gente encontra nessas tabacarias! Tem caneta, canivete, tesoura, pinça, tudo neste cartão.
Consegui travar contato enfim enquanto terminava meu café - ainda bem! - e disse o que eu tanto queria:
- Um bom dia!!!
E ela, com um sorriso, retribuiu: Bom dia!
Sabe o que acho? Estamos desaprendendo a contactuar o outro. Os mais antigos sabem fazê-lo com naturalidade. Mas nós... sentimo-nos acompanhados com um celular. Eu me lembro na adolescência, que achava os fumantes misteriosos, na deles, meio até que superiores por não fazer questão de conversar com a galera. Mas percebo que talvez, eles se sentissem acompanhados pelo cigarro.
Trocou-se o cigarro pelo celular.
Não se trata de ser mal educado, metido, que se acha superior e tals... Acho que é só timidez e falta de aprendizado. Afinal, não é fácil aprender a ser um homem de sociedade. Requer esforço e sobretudo, coragem.
Infelizmente.
Ao lado, uma mesa cheia de senhorinhas tomando café e rindo muuuito!!! Clima mega bom!
Enqto esperava meu café, senta à minha frente uma mulher loira de 40-45 anos, aliança na mão esquerda, magra, bronzeada, com um suco ades diet e 2 pacotinhos de frutas secas, sem me dirigir o olhar. Juro que procurei uma brecha para dar pelo menos bom dia, mas ela só olhava para o celular, como se estivesse super atarefada! Senti-me a mulher ultra invisível!!!!
Escutava e sorria para as senhorinhas ao lado, enquanto aguardava uma pausa para ao menos cumprimentar a mulher das tarefas ao celular. Até que ela o deixa na mesa para pegar uma tesourinha da victorinox para cortar a embalagem das frutas secas. Qdo vejo o visor do iPhone 5 rosa: FACEBOOK!!!!!!
- Adorei sua tesourinha!!
Meeeu!!! A mulher levou um susto!!
- Oi?
- Sua tesourinha! Pequenina e mega útil!!
- Aaahh!!! Boa né? A gente encontra nessas tabacarias! Tem caneta, canivete, tesoura, pinça, tudo neste cartão.
Consegui travar contato enfim enquanto terminava meu café - ainda bem! - e disse o que eu tanto queria:
- Um bom dia!!!
E ela, com um sorriso, retribuiu: Bom dia!
Sabe o que acho? Estamos desaprendendo a contactuar o outro. Os mais antigos sabem fazê-lo com naturalidade. Mas nós... sentimo-nos acompanhados com um celular. Eu me lembro na adolescência, que achava os fumantes misteriosos, na deles, meio até que superiores por não fazer questão de conversar com a galera. Mas percebo que talvez, eles se sentissem acompanhados pelo cigarro.
Trocou-se o cigarro pelo celular.
Não se trata de ser mal educado, metido, que se acha superior e tals... Acho que é só timidez e falta de aprendizado. Afinal, não é fácil aprender a ser um homem de sociedade. Requer esforço e sobretudo, coragem.
Infelizmente.
Pneumotórax
Em certos momentos, eu me sinto
TRAVADA!!!!!
Não consigo dar um passo a frente, por medo de entrar
Nem consigo dar um passo p trás, por medo de perder
O máximo que posso fazer é dar uma reboladinha para os lados
Isso quer dizer que me situo na fronteira mesmo. Nem pra lá, nem pra outro lá; mas quase lá e no outro lá.
Que tal...
.. se me tirasse pra dançar um tango argentino?
TRAVADA!!!!!
Não consigo dar um passo a frente, por medo de entrar
Nem consigo dar um passo p trás, por medo de perder
O máximo que posso fazer é dar uma reboladinha para os lados
Isso quer dizer que me situo na fronteira mesmo. Nem pra lá, nem pra outro lá; mas quase lá e no outro lá.
Que tal...
.. se me tirasse pra dançar um tango argentino?
sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
Banco de reserva
Quem és? Perguntei ao desejo
Respondeu: lava. Depois pó. Depois nada.
H Hilst
Dizem os psicoterapeutas que o homem tem medo de perder o que tem. E a mulher tem um vazio por dentro que precisa ser preenchido. A velha teoria sobre o falo.
Eu fico pensando se é por isso que eles sempre voltam...
Uma mulher que se conserva interessada e interessante, em determinado momento acaba tendo uma legião no banco de reservas!
Entretanto... não sei se isso se aplica a todas as mulheres, mas.. em geral, à partir do momento em que a mulher fecha o livro da estorinha... passou. É incrível como passa!!! O que antes era como uma fonte motriz para respirarmos até, vira pó.. e vira nada.
Não se trata de mágoa
Nem de ressentimento
apenas... passa.
Dá até uma certa tristezinha. Pq é bom DEMAIS sentir e se entregar a esta força motriz!
Eu, particularmente,
- cuido
- alimento
- acaricio
- dou o que tenho e o que não tenho e me inundo de prazer
- o cara realmente se sente especial - coisa boa a gente não pode regular!!!
Aí o cara acha que a partida já está ganha e desanda a descuidar...
A gente não sabe exatamente o momento em que nos damos conta disso, mas o fato é que um dia percebemos que algo mudou. Ninguém tem culpa de nada. Simplesmente... passa. Este é o ponto de vista da maioria das mulheres que conheço. Pode até ser uma amostra viciada, mas isso existe.
Acho que é diferente com os homens. Acreditam que, uma vez conquistado o terreno, é dele. Pode até ser de outros, mas continua dele. Simplesmente não entende que perdeu, afinal, aquilo tudo foi um dia conquistado!!!
Qdo a história foi bonita, fica sim um tremendo carinho pelo cara, por tudo que nos proporcionou, por todos os momentos incríveis!!! Mas a gente sabe que o livro se fechou. Não dá para reviver.
Passou.
Portanto, dica aos homens: se realmente se sente especial para uma mulher, se conseguiu conquistar aquele universo de aconchego e paz... preserve.
- cuide
- alimente
- acaricie
- não precisa dar o que tem e o que não tem.. a constância é que conta, e não a intensidade
- precisamos ter a ilusão de que somos únicas: a mais inteligente, a mais bonita, a mais espirituosa, a mais companheira... não tem bicho mais competitivo do que mulher, aff!!!
E não precisa se sentir responsável por ela para o resto da vida. Pq não é. Pq quando passa...
passa.
quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
Paradoxos
Até que ponto vai o desejo?
E ele é indiferente ao amor?
Se em algo se toca, é na paixão
e isso fica na memória?!?!
Pois chega e me pega
sem papinho
O desejo estoura e
emite pseudópodes
por todo meu corpo
"minha gostosa"
Teu cheiro me arrebata
e mergulha por toda nossa história
Teus rastros me embriagam
Te chamo, calada
Parte.. e te puxo no olhar
... só no olhar
Não tenho coragem de te prender, e nem seria justo. Mas queria que se aconchegasse nas minhas asas...
... pra sempre
E ele é indiferente ao amor?
Se em algo se toca, é na paixão
e isso fica na memória?!?!
Pois chega e me pega
sem papinho
O desejo estoura e
emite pseudópodes
por todo meu corpo
"minha gostosa"
Teu cheiro me arrebata
e mergulha por toda nossa história
Teus rastros me embriagam
Te chamo, calada
Parte.. e te puxo no olhar
... só no olhar
Não tenho coragem de te prender, e nem seria justo. Mas queria que se aconchegasse nas minhas asas...
... pra sempre
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
(Des)íntegros
Causo 1:
Homem de 70 anos, apaixona-se por mulher de 45, larga esposa para viver o amor. A separação e a nova companheira acabam com suas reservas financeiras.
Agora mora de favor na casa dos filhos, sem casa, sem esposa, sem moral...
Causo 2:
Casal de 45 anos sem nenhuma cumplicidade ou afeto além da obrigação com as contas e os filhos, descobre um caso extraconjugal.
A esposa bate na cara do marido até lhe quebrar o nariz
Ele resolve... dormir no sofá.
Que a humildade honesta, na justa medida, nos faça enxergar quem de fato somos para manter nossa integridade física e moral.
Homem de 70 anos, apaixona-se por mulher de 45, larga esposa para viver o amor. A separação e a nova companheira acabam com suas reservas financeiras.
Agora mora de favor na casa dos filhos, sem casa, sem esposa, sem moral...
Causo 2:
Casal de 45 anos sem nenhuma cumplicidade ou afeto além da obrigação com as contas e os filhos, descobre um caso extraconjugal.
A esposa bate na cara do marido até lhe quebrar o nariz
Ele resolve... dormir no sofá.
Que a humildade honesta, na justa medida, nos faça enxergar quem de fato somos para manter nossa integridade física e moral.
sábado, 18 de janeiro de 2014
Our Song
Tem coisas que, em qualquer momento da nossa vida, podem fazer a gente dar uma paradinha no tempo e erguer os braços à imensidão da vida!
Precisa muito não:
- uma coca zero beeeeem gelada rs
- os olhos de agradecimento sincero de um paciente ou familiar
- o amanhecer com um belo dia de sol e uma brisa geladinha no rosto
- uma música dessas no meio de uma balada eletrônica rs
- enxergar a essência nua de quem gostamos
- presenciar um momento de generosidade e gentileza entre desconhecidos
- uma palavra tua...
Deixando os vícios de lado (a coca zero rs), é conseguir vestir os óculos que trespassam toda a parafernália que nós próprios criamos para nos defender da fragilidade da nossa essência
Sabe, nossa essência não é frágil não!!!
Tudo poderia ser TÃO mais simples se tivéssemos só mais um tantico de coragem...
Precisa muito não:
- uma coca zero beeeeem gelada rs
- os olhos de agradecimento sincero de um paciente ou familiar
- o amanhecer com um belo dia de sol e uma brisa geladinha no rosto
- uma música dessas no meio de uma balada eletrônica rs
- enxergar a essência nua de quem gostamos
- presenciar um momento de generosidade e gentileza entre desconhecidos
- uma palavra tua...
Deixando os vícios de lado (a coca zero rs), é conseguir vestir os óculos que trespassam toda a parafernália que nós próprios criamos para nos defender da fragilidade da nossa essência
Sabe, nossa essência não é frágil não!!!
Tudo poderia ser TÃO mais simples se tivéssemos só mais um tantico de coragem...
quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
Ciúmes
Tenho um comportamento visceral que me irrita e me envergonha profundamente. Fazer o que.
CIÚMES
O pior é que eu tenho uma capacidade ímpar de estabelecer conexões. Para mim é muuuuuito fácil construir pontes entre os pensamentos mais díspares.
Nunca me esqueço de um episódio em que um ex falava sobre o comportamento esquisito da cachorrinha da ex - ela se masturbava nas almofadas da casa, na cara dura, e ele achava aquilo sinistro.
Eu, cega de ciúmes da ex (que eu até conhecia e achava uma fofa!), já discursei sobre o preconceito contra as mulheres que gostam de sexo.
Aí descambei geral... Nem vale a pena discorrer sobre este assunto, tão esdrúxulo e maluco...
Eu realmente enlouqueço e minha cabeça começa a dar loopings!
Mas eu já estou aprendendo sobre minha loucura.
Sento...
Respiro...
Tomo uma coca zero...
E repito: vai passar!!!
E passa.
E me sinto A MAIS ridícula.
Mas aí... já foi. Já falei, já merdeei tudo.
Por isso que nem procuro! Não olho para os lados, não exijo, nem toco no assunto. Pra que? Vai me irritar, vou irritar o outro, e será tudo absurdo, papo de loucos mesmo - pq foge completamente ao meu aparato racional.
Isso me irrita TANTO que prefiro pular fora. Desligo do cara e sigo em frente!
De novo: NUNCA falar de uma mulher para outra mulher. Nem da mãe!
http://autretourdelafolie.blogspot.com.br/2010/05/colher-de-cha.html
CIÚMES
O pior é que eu tenho uma capacidade ímpar de estabelecer conexões. Para mim é muuuuuito fácil construir pontes entre os pensamentos mais díspares.
Nunca me esqueço de um episódio em que um ex falava sobre o comportamento esquisito da cachorrinha da ex - ela se masturbava nas almofadas da casa, na cara dura, e ele achava aquilo sinistro.
Eu, cega de ciúmes da ex (que eu até conhecia e achava uma fofa!), já discursei sobre o preconceito contra as mulheres que gostam de sexo.
Aí descambei geral... Nem vale a pena discorrer sobre este assunto, tão esdrúxulo e maluco...
Eu realmente enlouqueço e minha cabeça começa a dar loopings!
Mas eu já estou aprendendo sobre minha loucura.
Sento...
Respiro...
Tomo uma coca zero...
E repito: vai passar!!!
E passa.
E me sinto A MAIS ridícula.
Mas aí... já foi. Já falei, já merdeei tudo.
Por isso que nem procuro! Não olho para os lados, não exijo, nem toco no assunto. Pra que? Vai me irritar, vou irritar o outro, e será tudo absurdo, papo de loucos mesmo - pq foge completamente ao meu aparato racional.
Isso me irrita TANTO que prefiro pular fora. Desligo do cara e sigo em frente!
De novo: NUNCA falar de uma mulher para outra mulher. Nem da mãe!
http://autretourdelafolie.blogspot.com.br/2010/05/colher-de-cha.html
domingo, 12 de janeiro de 2014
Home
Quando abro a porta de casa e te vejo com um sorriso cansado, te puxo pela camisa e penduro-me no teu pescoço. Um cheirinho no perfume registrado no colarinho, e se afoga nos meus cabelos...
Pronto, chegou em casa!
Vamos direto à cozinha, abre a geladeira e os armários para encontrar algum resto mortal do dia
Barulhos de pratos, talheres, sentamos à mesa e papeamos sobre o dia pesado, as ironias, as singularidades que só uma mente atenta presencia...
Ligamos o som ou a TV... no sofá, no silêncio confortável que só rola com a intimidade que o afeto traz.
A dança das nossas imagens no espelho, com as escovas de dente, o barulho da torneira aberta,
e o teu calor no travesseiro ao meu lado.
Pronto, chegou em casa!
Vamos direto à cozinha, abre a geladeira e os armários para encontrar algum resto mortal do dia
Barulhos de pratos, talheres, sentamos à mesa e papeamos sobre o dia pesado, as ironias, as singularidades que só uma mente atenta presencia...
Ligamos o som ou a TV... no sofá, no silêncio confortável que só rola com a intimidade que o afeto traz.
A dança das nossas imagens no espelho, com as escovas de dente, o barulho da torneira aberta,
e o teu calor no travesseiro ao meu lado.
sábado, 11 de janeiro de 2014
Reload
Conheci Herman Hesse com Demian, na minha adolescência ainda. Marcou minha vida. Fiquei tão encantada que tentei o Lobo da Estepe. Não dei conta. Tbém, o que uma menina cheia de brilho nos olhos dos seus 15 anos tem a ver com a vida de um amargurado de 50 anos? Fechei o livro e guardei na estante.
Recentemente, fui arrumar as caixas com os livros e o Lobo da Estepe caiu nas minhas mãos. Comecei a folhear, e em um dia terminei com um "ué, era isso?"
Mas o que era tão grandioso e difícil nisso aqui?!?!?!
Como quando por um acaso a gente passa pela rua onde crescemos.
Ou revisita a escola ou a faculdade ou a cidade universitária...
"Ué, era isso?!?!?!"
O desconforto, a diferença é tanta que dá receio de "revisitar" momentos que guardamos no melhor lugar das nossas memórias. Não releio "Demian" nem a pau. Nem "O apanhador no campo de centeio"... Mantenho-os no melhor lugar da estante!
Mas... e se eles batem a nossa porta? Se caem, abertos, na nossa frente?
Fecho os olhos?
Fujo?
O respeito pelas sensações que os melhores livros nos despertaram, pede com a mesma força tanto para mantê-los no melhor lugar da estante, quanto para deixá-los entrar novamente à nossa vida...
É... seja o que for, uma história sempre pode ser re-escrita... Basta não impor que ela se repita.
Como se fosse fácil assim rs...
Recentemente, fui arrumar as caixas com os livros e o Lobo da Estepe caiu nas minhas mãos. Comecei a folhear, e em um dia terminei com um "ué, era isso?"
Mas o que era tão grandioso e difícil nisso aqui?!?!?!
Como quando por um acaso a gente passa pela rua onde crescemos.
Ou revisita a escola ou a faculdade ou a cidade universitária...
"Ué, era isso?!?!?!"
O desconforto, a diferença é tanta que dá receio de "revisitar" momentos que guardamos no melhor lugar das nossas memórias. Não releio "Demian" nem a pau. Nem "O apanhador no campo de centeio"... Mantenho-os no melhor lugar da estante!
Mas... e se eles batem a nossa porta? Se caem, abertos, na nossa frente?
Fecho os olhos?
Fujo?
O respeito pelas sensações que os melhores livros nos despertaram, pede com a mesma força tanto para mantê-los no melhor lugar da estante, quanto para deixá-los entrar novamente à nossa vida...
É... seja o que for, uma história sempre pode ser re-escrita... Basta não impor que ela se repita.
Como se fosse fácil assim rs...
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
Humanidade
Parece que nasci pra te conhecer
Te vejo na memória de cada pedacinho do meu DNA
Te carreguei por toda parte em que andei,
nos meus sonhos,
no medo e na euforia
de cada descoberta
E te reconheço até nos mínimos gestos
de quando ainda se desvelava em mim
É um constante aprendizado de generosidade
em que me devoto a te deixar crescer
Aprender a brilhar quando brilha
e a vibrar quando se afasta
... pra florescer
Uma sensação de humanidade!
Acho que só as mães sabem o que é, de fato, o amor
e só uma Mãe atenta e generosa sabe amar.
Te vejo na memória de cada pedacinho do meu DNA
Te carreguei por toda parte em que andei,
nos meus sonhos,
no medo e na euforia
de cada descoberta
E te reconheço até nos mínimos gestos
de quando ainda se desvelava em mim
É um constante aprendizado de generosidade
em que me devoto a te deixar crescer
Aprender a brilhar quando brilha
e a vibrar quando se afasta
... pra florescer
Uma sensação de humanidade!
Acho que só as mães sabem o que é, de fato, o amor
e só uma Mãe atenta e generosa sabe amar.
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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
Melodia dos Sinais Vitais
Não precisa dizer nada...
- sei que nunca dirá mesmo -
Fico só do seu ladinho
Aprendi a escutar a melodia dos teus sinais vitais
Frequência respiratória
cardíaca
reflexo fotomotor/adrenérgico
v a s o d i l a t a ç ã o, flush
glândulas lacrimais, bem de leve, só para aumentar o brilho corneano
retração palpebral para abrir o olhar...
Aprendo rápido, sabe disso
com a calma da alma serena
que, também, aprendeu a te acolher
por ser o que é...
por querer o que quer
Lucky man!
- sei que nunca dirá mesmo -
Fico só do seu ladinho
Aprendi a escutar a melodia dos teus sinais vitais
Frequência respiratória
cardíaca
reflexo fotomotor/adrenérgico
v a s o d i l a t a ç ã o, flush
glândulas lacrimais, bem de leve, só para aumentar o brilho corneano
retração palpebral para abrir o olhar...
Aprendo rápido, sabe disso
com a calma da alma serena
que, também, aprendeu a te acolher
por ser o que é...
por querer o que quer
Lucky man!
Aerosol
Existem muuuitas pessoas nesse mundo. Com muitas aptidões tbém.
Eu me lembro do meu anúncio de jornal da época da adolescência:
- magrinho
- camiseta por fora da calça
- camisa xadrez
- barba por fazer
- brinco
- de preferência que tocasse algum instrumento
- louco por livros
- se fosse politizado com uma tendência vermelhinha, tto melhor
Na época, na escola, um ou outro era assim. Raridade total!
Na medicina, ídem! Aí fui na minha primeira festa na Biologia. Gente, TODOS os meninos eram assim!!! Tinha uma fogueira e tocavam violão por lá! Aí fui na SBPC. O nosso alojamento era como uma festa gigante da Biologia! Ah, se eu tivesse a cabeça de hoje naquele cenário... Eh vida de desencontros mesmo rsrs...
Acho que isso deve ser como no começo de uma carreira promissora. Sei lá, vc já arrasou no primeiro emprego, cheio de vontade, e zilhões de ofertas.
Ou então para a mulherada louca por sapatos e bolsas. Começam com um tradicional scarpin da Louboutin e, dado este primeiro passo estratosférico, iniciam a vida de Oscar Freire, qdo não estão de férias para detonar na 5 avenida de NY ou a Champs Elysées... Sempre uma nova oferta.
Como se comprometer com um trabalho ou com uma pessoa, ou seja, "vestir a camisa" como dizem, dado que o que o mundo tem a nos oferecer é infinito?
Aí vem a solução: on line... off line. Passar por tudo como um fluxo de água, sem nada levar e sem que nada levem de nós. Uma corredeira, em que nada é capaz de nos enroscar. Um magrinho, outro para te mandar poesia, outro com camisa xadrez, outro para tocar violão contigo, outro para ler Dostoiévski e falar mal da Katerina Ivanovna. Não há perigo de se enrolar e ter aquela dor no peito quando tudo terminar, culpar e se sentir culpada, ser taxada de insensível, feladaputa, orgulhosa...
Sempre, inevitavelmente, o ônus de começar um relacionamento ou vestir a camisa de um emprego ou sociedade, é imaginar como vai terminar:
"vou levar uma rasteira"
"vou ser corneada"
"vai aparecer outro melhor, com 3 das 8 características almejadas"
"vai aparecer a posição dos meus sonhos"
Ou seja...
Vive-se no provisório. Hipoteca-se o presente em prol do futuro, da oferta que está por vir.
Ai cara pálida... Não é assim!!!! Vamos pensar um pouquinho?
Eu acho que existem 2 modos de encarar a vida.
- Tem gente que olha para o infinito mesmo! Confia, sei lá. Destemidos! São desprendidos. Não fazem questão de segurança - sem lenço sem documento, nada nos bolsos ou nas mãos. Querem seguir vivendo, apaixonam-se com uma mega facilidade, se jogam na dor e no prazer.. Passou, passou! Seguem vivendo. Leves, beeeeeem leves, aquele algodãozinho do dente de leão que ninguém consegue segurar nas mãos...
Mas é difícil, viu! Conheci um ou outro cara assim. Daqueles que, se a gente conseguir pegar, pode colocar no Curriculum Lattes rsrs.. E o cara some e reaparece sei lá de onde, como qdo atraca num porto só para reabastecer...
- Tem gente que levou rasteira e não quer levar de novo. Deu falta de ar, o Deus morreu, o chão se foi de repente... Evidente que se levanta, dá conta e sabe disso. Mas é mais fácil não cair e hipotecar o presente, tá melhor assim.
E eis que o mundo fica nestas conexões off line, cheio de células soltas no ar, pairando sobre o próximo porto e deixando a vida passar... E passa rápido, viu!
Talvez o lance seja encontrar a liberdade na segurança. Mudar o olhar. Ao invés de ver o bonde passar e ficar apto e rápido para pular no vagão que parece lhe interessar (assim como dele escapar), entrar no bonde, assumir o primeiro vagão e acolher toooda a emoção e beleza de, com ele, adentrar ao infinito:
- Trabalhar por conta própria, mesmo que seja na empresa alheia
- Relacionar-se de corpo e alma, confiar, destemer o fim - logo, viver o infinito da relação. "Se acabar" é o futuro e, tecnicamente, o que existe é o presente.
Acho que é isso! Tecnicamente, o que existe é o presente. Mas não é um "viver o presente"irresponsável.
É saber que dá conta do futuro para, com segurança, viver o presente sem medo.
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