Pascal: "Les hommes sont si nécessairement fous que ce serait être fou par un autre tour de folie de n’être pas fou’. (...) Il faut faire l’histoire de cet autre tour de folie, de cet autre tour par lequel les hommes, dans le geste de raison souveraine qui enferme leur voisin, communiquent et se reconnaissent à travers le langage sans merci de la nonfolie...”
domingo, 7 de outubro de 2012
the ex
Foi nesta rua deserta, tvez um pouco menos iluminada e o carro menos antigo e mais velho...
Passei umas 3 vezes a portinha pequenina, não encontrava o número certo.
Parei, andei, achei, entrei... Fui chamada pelo som do violino.
Atonal
Distônica no local. Parecia que estava solta do contexto...
Pedi uma cerveja. Descobri faz pouco que álcool ajuda sim!
Relaxei...
Sentei no sofá igualmente atonal... mas que tinha sua função no cenário, na frente de uma arara cheia de roupas vintage. Uma mesa de madeira maciça na minha frente, peguei meu moleskine e comecei a desenhar para me fazer companhia.
Pronto, a porta do "teatro" abriu. Entrei, sentei na frente (como sempre), e o vi no palco.
Era a passagem de som? Um som que não combinava com os instrumentos que via!
Aliás... NADA combinava com NADA! O baixo cantava diferente e conversava com a bateria, que nem sei como entravam em sintonia, os sopros em escalas além das ondas, as cordas do violão vibravam por outros estímulos.
E eu me lembrei da sua midríase na íris despigmentada. Mergulhava no poço da pupila, enoooorme e infinita. Nenhum som, nenhuma palavra, e me afogava na sua doçura. A ternura era tanta que me assustava!
Vc me assustou. Vc me assusta. A midríase é tanta que tenho medo de me perder...
E fico aqui. No meu cantinho. Observando, atônita, a sintonia dentro deste som atonal que novamente a vida me traz.
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