terça-feira, 6 de março de 2012

vivência intencional

Esta expressão decorre das aulas "punks" sobre Husserl. Nosso professor querido se desdobrando para nos fazer entender uma vivência intencional ou, uma vivência que se refere a algo. Este algo é muito mais complexo do que se possa imaginar. Enfim, a conclusão: "o coração da vivência intencional é a matéria"

?!?!?!?!?!

 O que seria isso TÃO importante, denominado por Husserl de "matéria"? Vamos tomar por exemplo inicial este "algo" (desenho)

Assim que foi posto na lousa, considerando a falta de senso estético do mestre, ninguém nem ousava comentar.
Deu uma forçada de barra, e ok, alguns acharam que era um pato
Este pontinho novo é o olho direito do pato. Os 2 "brotamentos" elípticos do círculo central, caracterizam o bico do pato.



Mas nem todos concordavam. Além de tosco, lembrava outro animal:

Um coelho. Dei uma ajeitadinha para melhor vislumbrá-lo.

Muito bem, daquele desenho de informações incompletas, surgiram pelo menos dois significados ou duas "matérias": pato e coelho.
A parte central (coração) de uma vivência portanto é o significado do "algo" em questão.

Vamos a outro exemplo, que tbém acho tremendamente característico se inserido ao contexto cotidiano. Já até postei por aqui, tamanha "vivência" proporcionada: http://autretourdelafolie.blogspot.com/2010/09/blog-post_07.html Vou postar o trecho de novo, de tão lindo!

Vivenciamos esse ratatouille!!!! Parece a maior das ambrosias! Dá vontade de sentar num bistrot de Paris e pedir.
Bom, assim fizemos para comemorar o aniversário da Lulu, por aqui mesmo. Evidente que babamos só de pensar em experimentar enfim o ratatouille.

Que puxa... =/

Um refogadinho de legumes =/

A "matéria" era diversa, embora o "algo" fosse o mesmo. Como obter a mesma vivência? Impossível...

Todo esse blá blá blá para enfim chegar à comunicação humana. Por vezes um "eu te amo" para quem nunca o diz, ou acha um estado sublime inatingível, é pesadíssimo. Outros dizem "eu te amo" até para um dia de sol, ou para o travesseiro, ou para o passarinho marrom, o "estado de espírito" permite essa leveza.
Um "quem sabe..." pode significar "eu te adoro, mas acabou" ou então um "me espera que eu vou voltar!"

Quando o que se escuta e se vivencia não combina com a situação, ou com as atitudes e sensações suscitadas, ou quando NADA combina com nada, com certeza trata-se de "matérias" diferentes. Não se fala da mesma vivência.

Mais um ponto para a tolerância...
http://autretourdelafolie.blogspot.com/2011/11/intolerancia.html
http://autretourdelafolie.blogspot.com/2011/01/guidelines-2010-2011-2012-2013.html

Esta sim, seria necessária como fundamento para o bem-viver.


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