quarta-feira, 31 de julho de 2013

Because

Estava hoje no meio do trânsito, cansaaadaa, taciturna...

Aí vem essa música liiiiinda...



Tem coisa que simplesmente não tem explicação

A gente explica... explica... fantasía... deixa tudo bem redondinho e colorido, de certa forma harmônico até!

Tudo em vão. No fundo mesmo, nada explica nem conforta.

É porque é.

Aceito.
Rendo-me.
Entrego-me-lhe.

Estou em paz.

sábado, 27 de julho de 2013

Interessante aos interessados

Estava aqui estudando sobre as diferenças entre causalidade e temporalidade. Ou seja, a explicação constante pelas causas, assim como a conseqüência que já está contida em determinada causa. E, por outro lado, o antes e o depois determinados pelo passar do tempo.

Existem momentos em que isso se confunde. Aliás, na maioria das vezes. Por exemplo, nos fenômenos físicos que aqui ocorrem. Sei lá, a água evapora, a maçã cai e rola ladeira abaixo, e praticamente se matematiza isso tudo. O tempo é calculado. Faz parte deste sistema.

Mas, na realidade, na natureza, isso é incalculável!!! O "depois" não está contido no "antes".

Daí acredito a grande diferença entre a razão sistemática, contida nas explicações e articulação de premissas e metas, e a razão como parte da realidade, sujeita à constatação do tempo como grandeza sempre presente, irreversível e imprevisível. A razão comunicativa, pertencente à relação do ser humano com outro ou com a natureza.

Deste modo...

Não adianta esquematizar as relações. Ajustar as próprias características às necessidades próprias ou do outro. Tal como: ser útil, limpinho, cheirosinho, mostrar interesse pelo outro, ser generoso, ficar gostoso, dar presentes, ter um carro rsrs... Para (des)encantar o outro. Ou, tentar entender a necessidade do outro para nela se encaixar. Ou, prever a expectativa do outro para dela escapar. Ou, restringir o espaço para o outro, a fim de dele se proteger...

TUDO ERRADO!!!!

Há que se escutar a própria voz. Há que se desenvolver o próprio espaço interior, identificar e florear o desejo da alma. Realizar-se com cada conquista. Realizar-se ainda mais com cada desejo que a vida lhe oferece - pô, e tem viu!!! Ficar ENORME! Tanto, que transborda para quem estiver ao lado...

Isso sim é ser alguém interessante! Isso sim desperta paixões.

Isso me interessa =)

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Pulsão de vida

O anonimato foi sempre uma coisa que me perturbou. Como os casados que amam no espaço extraconjugal, onde o casamento afetivo se faz com o não-cônjuge. Eu não tenho nada contra o amor livre, e muitas vezes é nele sim que acredito. Eu tenho minhas ressalvas quanto à omissão da própria pulsão, por medo. Aff, medo do próprio Ser? Isso, para mim, é cortante...

Mas... estou aprendendo cada vez mais a pensar nos direitos das pessoas. A pessoa tem o direito de ter seus medos. Tem o direito de se manter "anônima". Não combina comigo, não levaria para casa, mas entendo que exista.

Ok, todo esse preâmbulo que daria outro post, para justificar o anônimo a quem sempre dou voz neste espaço, e que postou esta música como comentário do meu post anterior

http://autretourdelafolie.blogspot.com.br/2013/07/conexao.html

Mas trato-lhe como anônimo. Como a quem não identifico.




Aí vai,

"Caro Anônimo,

Poxa, fiquei muito envaidecida por suscitar uma conexão! Certamente familiarizou-se com a sensação transmitida pelo post.

Sabe, não existem culpados no acaso (afinal, não há causalidade). Não existe perfeição do tipo - eu deveria ter feito isso ou aquilo, da próxima vez assim o farei! Cada relação é única. Não se trata de um experimento em que isolamos todas as variáveis para melhor controlá-las e ter um resultado esperado. O que fazemos tem uma repercussão no outro que escapa à nossa suposta previsibilidade.

Aconteceu. Ponto.

Ao meu ver, há que se permitir reinventar-se à partir de uma conexão. Ela tem o mágico poder de nos transformar! Parece abrir um portal para uma outra dimensão do nosso Ser. Mas este portal pode se fechar rapidinho SE tivermos medo ou preguiça de nele entrar. E se fechar... aí sim este palco permanecerá vazio.

Há que se confiar na imensidão do acaso! A certeza da luz - poxa, isso para mim é TÃO certo! Este universo é infinito demais, uma pulsão de vida tão devastadora que é impossível bloquear uma nova conexão!!!

É isso, anônimo! Conexão é pulsão de vida. E o medo e a preguiça de entrar em cada portal que se abre, é ao meu ver, o chamado inevitável da morte.

Cum fé! rs"






domingo, 21 de julho de 2013

conexão

Sempre gostei de aquarelas, mas nunca me senti apta para usá-la - enruga, se a gente retoca pode desfiar a trama do papel.. Mas hj sentei num bar da Av. Paulista...

Um livro aberto nestas palavras...

Fiquei com vontade de desenhar..


Para cada ato que decidimos fazer, existem tantos, mas tantos pontos a se deliberar... 

O incrível é como este ato se insere no outro. Qual a propagação disto naquele Ser. O quanto influenciamos e o fazemos se reinventar, dependendo do contexto em que se deixa transformar.

Acho que me chamou e eu apareci. Sem nem perceber. Mas o que importa, não é o que se transformará em mim ou em vc. O que é encantador é que nos ouvimos e nos chamamos. Este ouvido e esta voz seletiva, conecta. E como conecta.

Desculpa a minha truculência.

É só pq o espanto e o encanto se apoderaram de mim, mais uma vez...



terça-feira, 16 de julho de 2013

Take some rest

Rush in

Calm down...



Let it be

domingo, 14 de julho de 2013

A dor faz parte da cura - mais uma!

Um relacionamento intenso, qualquer que seja - amigos, amantes, familiares - é sempre difícil.

Quando o sentimento é enorme, parece que tudo fica em cores vibrantes e perdemos a noção do contorno, do desenho da relação.

Vamos desenhar?

1. Suponhamos que, emocionalmente, sejamos uma esfera... estável... sem arestas. Uma esfera ideal sofre a distorção, e responde de acordo com o estímulo. Os físicos e matemáticos que me desculpem, mas aqui a lógica é minha, ok?
2. A vida vai nos machucando, sem dúvida. E sempre existe uma área mais frágil nesta esfera de emoções, como mostro com os pontinhos.
3. Por um motivo inexplicável, há determinados estímulos que nos perturbam de um modo impressionante! Eu só consigo deixar de entendê-los quando vêm de alguém de quem gosto muuuuuuito. Como nestas ocasiões perdemos a noção do desenho da relação, o abalo vai JUSTAMENTE na área mais machucada e sensível da esfera...
4. E a resposta é intensa e não tem nada a ver com nada!!! Esta é a que defino e me definiram de "porradaria".



Não sou muito de ficar chorando pelas bobagens que fiz. Afinal, foi o que pude fazer na época. Eu sei que o sangue fervia, via tudo vermelho, perdia a noção das coisas sim. E a minha reação era para machucar, dado o que me doía. Qualquer que fosse a pior ação que eu pudesse esboçar, era infinitamente menor do que a dor que eu sentia.

Como nos machuquei...
Uma menina má, perversa.

Não há como me desculpar. Já foi. Pedir desculpas ou aceitá-las é um formalismo sem sentido. Tenho, isso sim, que lhe dizer que, independente do tempo percorrido, aprendi muito com isso tudo. Se é que isso ainda lhe importa.

Aprendo que, quando sinto o sangue ferver, alguma ferida há. E é esta que preciso atingir, limpar, cuidar, tratar...

Este não pode ser um triste post. Afinal, toda descoberta merece ser

CoMeMorADA!!!!!!!!

Vamos mudar o tom?



Prefiro esta! Pulando, jogando os braços e pernas para tudo que é lado

=)



quinta-feira, 11 de julho de 2013

Say Goodbye





ESTUPOR

esse súbito não ter
esse estúpido querer
que me leva a duvidar
quando eu devia crer

esse sentir-se cair
quando não existe lugar
aonde se possa ir

esse pegar ou largar
essa poesia vulgar
que não me deixa mentir

 que Leminski me salve!

terça-feira, 9 de julho de 2013

Crise da Medicina

Estamos num momento de indignação por aqui. E a última delas, ou a que mais me atingiu, foi a que se manifestou contra os médicos. Estamos observando uma saraivada de críticas que maculam sim aquela imagem endeusada do que tem a arte de curar.

Evidente que meu sangue ferve. Mas não dá para ficar nisso. Há que se perguntar o porquê disso.

Temos que reconhecer. O médico não é mais aquele que tem esta propriedade. Ou melhor, o conhecimento até tem, mas não sabe mais como mostrá-lo em sua atitude, em sua maneira de conduzir a ciência.

Estou estudando o último curso de Foucault - A Coragem da Verdade. Ele se propõe a, justamente isto. Analisar a verdade não enquanto ao discurso, à veracidade do seu conteúdo. Quer analisar a relação entre sujeito e verdade ou, o tipo do ato pelo qual o sujeito, dizendo a verdade, se manifesta. Qual o tipo de ato que representa a si mesmo e é reconhecido pelos outros como dizendo a verdade.

Neste comecinho do curso, ele diz ser imprescindível a presença do outro, para que este ato do dizer verdadeiro, apareça. E a condição para ser este outro, é que ele seja um "parresiasta"... Aquele que tem como prática, e é reconhecido por quem tem a fala franca. Para quem o dizer verdadeiro sobrepuja a vida (como Sócrates, como Giordano Bruno...).

Ainda vou prosseguir nos estudos.

Mas é isto que se perdeu entre os médicos, entre os professores principalmente os que se mantém na academia, entre os amantes... A parresia. A fala franca. Não a veracidade da fala, mas a relação que temos com a verdade - nossa atitude.

Por vezes o discurso verdadeiro (a doença, a morte, a ignorância, o desamor...) machuca e assim queremos desprezá-lo. A verdade desafia. Mas se não tivermos a coragem de abarcá-la e acolhê-la como merece... caímos em total descrédito.
Como está o médico hoje em dia...

... professores
... profissional qualquer
... amantes

Foda.