Estava aqui estudando sobre as diferenças entre causalidade e temporalidade. Ou seja, a explicação constante pelas causas, assim como a conseqüência que já está contida em determinada causa. E, por outro lado, o antes e o depois determinados pelo passar do tempo.
Existem momentos em que isso se confunde. Aliás, na maioria das vezes. Por exemplo, nos fenômenos físicos que aqui ocorrem. Sei lá, a água evapora, a maçã cai e rola ladeira abaixo, e praticamente se matematiza isso tudo. O tempo é calculado. Faz parte deste sistema.
Mas, na realidade, na natureza, isso é incalculável!!! O "depois" não está contido no "antes".
Daí acredito a grande diferença entre a razão sistemática, contida nas explicações e articulação de premissas e metas, e a razão como parte da realidade, sujeita à constatação do tempo como grandeza sempre presente, irreversível e imprevisível. A razão comunicativa, pertencente à relação do ser humano com outro ou com a natureza.
Deste modo...
Não adianta esquematizar as relações. Ajustar as próprias características às necessidades próprias ou do outro. Tal como: ser útil, limpinho, cheirosinho, mostrar interesse pelo outro, ser generoso, ficar gostoso, dar presentes, ter um carro rsrs... Para (des)encantar o outro. Ou, tentar entender a necessidade do outro para nela se encaixar. Ou, prever a expectativa do outro para dela escapar. Ou, restringir o espaço para o outro, a fim de dele se proteger...
TUDO ERRADO!!!!
Há que se escutar a própria voz. Há que se desenvolver o próprio espaço interior, identificar e florear o desejo da alma. Realizar-se com cada conquista. Realizar-se ainda mais com cada desejo que a vida lhe oferece - pô, e tem viu!!! Ficar ENORME! Tanto, que transborda para quem estiver ao lado...
Isso sim é ser alguém interessante! Isso sim desperta paixões.
Isso me interessa =)
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