Já passei por isso. Desde o massacre na escola de Beslan, a capa da veja. Não consegui e nem quis colocar a foto por aqui. Revisitei-a, e o sentimento de indignação foi o mesmo.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u617415.shtml
Coisa ruim de sentir.
Desde então, não li mais jornais ou revistas ou noticiários... Isolei-me do mundo.
Mas, não tem jeito, as coisas batem à nossa porta mesmo. Os fatos que nos levam à indignação chegam ao nosso cotidiano pessoal. É algo que nos revolta, "excesso de ódio; raiva". Isso pq nos sentimos impotentes! É gigantesco, e não depende de nós. Não está ao nosso alcance. Não há instituição da justiça dos homens que faça reverter. Nem minhas mãos.
Não é uma questão de tempo. Sei lá, se encontrássemos os caminhos de minhoca, de nada adiantaria. Ou, muito pouco.
Não há explicação, ou, não depende da lógica que conheço para justificá-la. Tento, por A + B, conhecer e compreender para acolher... não há!
Pois bem... o que me conforta é saber que minha lógica, minha racionalidade de entendimento não é a única. As pessoas têm sua lógica própria, seu entorno particular e único, e é impossível a ele nos transpor para compreender seus atos. Elas fazem o melhor que têm ao alcance das mãos, e o que está ao alcance (lógica, ferramentas, acaso) é único e intransponível.
O que talvez eu precise aprender é aceitar e acolher a cólera. Não posso lhe virar a cara, ou colocá-la embaixo do meu tapete. A cólera é mais um sentimento, assim como a paixão, o amor, a gratidão...
Não faz bem fechar as portas para ela, pq as portas acabam um pouco se fechando para todo o resto do mundo. E isso, definitivamente, NÃO combina comigo!
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