Pascal: "Les hommes sont si nécessairement fous que ce serait être fou par un autre tour de folie de n’être pas fou’. (...) Il faut faire l’histoire de cet autre tour de folie, de cet autre tour par lequel les hommes, dans le geste de raison souveraine qui enferme leur voisin, communiquent et se reconnaissent à travers le langage sans merci de la nonfolie...”
domingo, 30 de outubro de 2011
Belo filme
Um dia me disseram que um bom relacionamento só é possível com alguém que consiga terminar bem.
Como terminar bem? Se um dia foi tanto, grandioso, que conseguiu com a ternura e a leveza, derrubar todos os pilares de uma arquitetura com a qual estava habituada já no meu DNA...
Teus lábios aqueciam meu corpo,
dissolviam-se as crostas...
as camadas de tinta ilusória
os remendos grosseiros postos para continuar...
Que penetrasse cada vez mais fundo,
e quebrava todas as convenções
as impressões
o mundo pré-fabricado
Deslizava
desvelava
encontrava a alma justa
Assim se fez
assim nos fizemos
Pincelamos nosso mundo
vasto mundo
A cada encontro, uma explosão de som, cores e aromas
e um medo que tudo se acabasse...
muito medo
Mas, sabe,
foram essas pinceladas justas que nos expulsaram daquilo que nos consumia,
aquela enxurrada contra a nossa natureza
Como fogos de artifício,
estraçalharam nosso brilho
Uma dor difícil de aguentar
faltava-me o ar, e até hoje falta.
eu pensei que só restassem cacos
mas cada peça resgatada
consegue ser ainda mais Bela
Querido, acho que estou me redesenhando com traços firmes
e Bons
Um jeito justo de terminar uma bela história
=)
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Leaving on a jet plane
Na pressa de arrumar as malas
Acho que deixei o tesão e sonhos que tivemos juntos na tua cama...
Aproveite-os!
Tem pra mais de encarnação =)
Acho que deixei o tesão e sonhos que tivemos juntos na tua cama...
Aproveite-os!
Tem pra mais de encarnação =)
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Experiência limite
...e continuo a sonhar com ele assim, uma espécie de vento que faz estourar as portas e as janelas... Meu sonho é que ele fosse um explosivo eficaz como uma bomba, e bonito como fogos de artifício.
Michel Foucault - História da Loucura
E quando
experimentamos uma vivência assustadora
que abala as estruturas do senso comum
em que arregalamos os olhos para procurar
entendimento onde não há
aquele ponto mais próximo do invivível...
... do insuportável
aquela que nos impede de ser
... nós mesmos
aquela que nos ultrapassa, deixa para trás
aquele que conduzia a sinfonia
aquela em que perdemos a identidade
... dissolvidos, dessubjetivados, desestruturados
expõe e desmonta nossas ferramentas
o limite,
a ponta da experiência que se faz abismo
a força explosiva
como operadora
da nossa reinvenção,
do pensamento
do mundo
Aí sim vai de encontro ao sol!
A paixão
Começa pequenininho. Pura diversão. Gostosa lembrança que nos chega quando permitimos - num momento em que, cansados das tarefas, suspiramos e desviamos o olhar para o além. Confortável, não atrapalha nossos afazeres, por vezes pincela o cenário com umas cores bacanas!
Pouco a pouco, traiçoeiro, vai se infiltrando nos nossos giros cerebrais, invade e cava devagarzinho o estômago, atiça o sistema adrenérgico quando toca o telefone... e viciamos naquela endorfina que vem depois...
Mas tudo bem! O autocontrole é tanto e tão confiável que restringimos sua decretada importância ao espaço adequado. Não informamos aos pares... Não aparece no facebook... Não colamos na nossa testa! Para o mundo pragmático, NÃO EXISTE!!! Fácil fácil... se for negado, nem interfere na nossa vida.
Com a troca de seivas, saliva, e a sede de desvendar cada vez mais o outro, já que cada verso é o mundo, e cada estrofe uma sinfonia, não suporta o espaço devido. Uma tempestade que grita, exigindo mais e mais espaço.
E amedronta... Apavora!!!
Tem-se a sensação de que ainda está sob controle porque não permitimos (uhh, doce ilusão) que invada os outros espaços: status de relacionamento: SOLTEIRA!!!!!
Mas pouco a pouco...
Percebemos que estamos vivendo pela metade. Metade no espaço social, e metade no espaço que nos abduz, aquele dos extraterrestres, lunáticos mesmo.
Este amor poderoso e exigente (quem dera fosse uma calúnia...) não dá aviso prévio antes de explodir. Se não somos perspicazes o suficiente para abrir caminho para que ganhe corpo naturalmente... Transborda e estoura!!!
Ficamos em frangalhos... Espalhados para tudo que é lado. Parte aqui, parte acolá...
Todas as defesas: restringir seu lugarzinho, para-quedas, plano B, banco de reservas...
Cadê mesmo?
Mas tá tudo bem! A gente transforma em arte - a vida, afinal. E prosseguimos nos transformando, tornando-nos uma grande obra de arte...
P.S. Lembrei-me desta ária do Il barbieri di Siviglia - La calunnia è un venticello. O caminho é muito semelhante. Talvez por conta do medo que se ampara na razão.
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sexta-feira, 21 de outubro de 2011
De Rilke para Lou Salomé
"Ao novo medo sucede uma nova felicidade. Sempre foi assim.
Apenas é necessário que vcs aprendam a crer; é preciso que se tornem piedosos em um sentido novo. Os anseios precisam estar acima de vcs, onde quer que se encontrem. Imprescindível é que os agarrem com ambas as mãos e os exponham ao sol, onde é maior a sua bem-aventurança; porque estes anseios precisam recuperar a saúde.
Se ainda existirem temores ou dúvidas em suas almas, rejeitem ambos e não os levem em conta. Mesmo que avultem em seus caminhos: haverá sempre montanhas erguendo-se diante do passado.
Como admirei em ti, minha querida, esta confiança despreocupada em todas as coisas, esta bondade que não conhece o medo. Agora esta confiança também vem se apoderando de mim, por um caminho diferente. Sou como uma criança que estava suspensa à beira de um precipício. Sua aflição e seu sofrimento se aliviam quando a mãe a segura com força amorosa e tranquila, mesmo que o abismo ainda esteja sob os seus pés e os espinhos se interponham entre sua face e o regaço materno. Ela sente-se amparada, erguida - e está confiante.
Como anteriormente falei de Giuliano dei Medici: virá a época em que ninguém será vencido pelo destino, antes de ter produzido frutos. Virão os dias da colheita. E cada um ouvirá as canções com que presenteou a amada despertando nos lábios da mãe que acalentará o seu filho. Virão os dias da colheita.
(...)
Ah, se eu pudesse dizer a todos que época será esta! Magoa-me tanto que muitos vivam sem alegria e sem esperança. Gostaria de ter uma voz como a do mar e ser, ao mesmo tempo, uma montanha que se ergue na claridade quando rompe o sol: para que eu pudesse despertar a todos com a luz, sobrepujá-los e chamá-los.
(...)
Lou, ao ler estas linhas, sinto-as como se fossem um hino. E anseio o momento em que as lerei na tua presença; aí elas receberão a melodia.
Preciso apenas de forças. Todo o resto, eu sei, está em mim, para que eu me torne um pregador. Não tenho a intenção de peregrinar por todos os países, tentando difundir o meu ensinamento. Aliás, não desejo que ele se solidifique e petrifique em uma doutrina. Quero vivê-lo. Desejo apenas, querida, peregrinar por tua alma, percorrê-la até o âmago, até o lugar onde ela se torna um templo. E lá quero erguer a minha nostalgia como uma custódia, que há de se elevar até a tua magnificência. Este é o meu desejo.
Tu me viste sofrer, e tu me consolaste. Sobre o teu consolo construirei a minha igreja, na qual a alegria terá altares luminosos.
Talvez eu ainda não seja predestinado a ver o verão que, como sei, há de vir. Talvez eu próprio possua apenas a força da primavera, apesar de tudo. Mas tenho a coragem de ansiar o verão e a fé na felicidade perfeita."
O Diário de Florença - Rainer Maria Rilke
... para "Rilke para Lou Salomé"
Te cuido
... embora sempre se perturbe com meus olhos de Capitú
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quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Romântica
Ah...
Por vezes ficamos assim, né? Afinal, o que difere as grandes estórias das cotidianas, é o sentido que damos aos fatos.
As pontes floridas entre os fatos casuais.
Deste modo,
"E como escreveu Platão, os andróginos eram seres poderosos, redondos, duas cabeças, quatro braços e quatro pernas, tipo gêmeos siameses. Talvez fosse assim o mundo da plenitude. Talvez monótono, já que não havia angústia... Talvez sem ruído, já que ele se bastava. Talvez sem festas, ruas vazias, fins de semana de parques desertos... Mundo externo monocromático e interno extremamente colorido... Sem graça, muito sem graça.
O tédio incomodava o grande diretor do filme. Não havia histórias para contar, nem desgraças para vibrar, nem paixões para se invejar. Como Zeus, resolveu partir o andrógino em dois, desmemoriá-los e encaminhá-los ao mundo que conhecemos. Mas a amnésia não era total – se assim o fosse, o novo mundo voltaria ao marasmo, novamente não haveria a falta. Caberia aos órgãos do sentido, e somente a eles, a ‘lembrança’ da presença da outra metade. E a sensação de plenitude só poderia decorrer do preenchimento máximo destas lembranças - ou para alguns desesperados, suficiente. Assim, o caminho pela busca seria longo, cheio de enganos e atropelos e cheio de histórias para contar..."
;)
Por vezes ficamos assim, né? Afinal, o que difere as grandes estórias das cotidianas, é o sentido que damos aos fatos.
As pontes floridas entre os fatos casuais.
Deste modo,
"E como escreveu Platão, os andróginos eram seres poderosos, redondos, duas cabeças, quatro braços e quatro pernas, tipo gêmeos siameses. Talvez fosse assim o mundo da plenitude. Talvez monótono, já que não havia angústia... Talvez sem ruído, já que ele se bastava. Talvez sem festas, ruas vazias, fins de semana de parques desertos... Mundo externo monocromático e interno extremamente colorido... Sem graça, muito sem graça.
O tédio incomodava o grande diretor do filme. Não havia histórias para contar, nem desgraças para vibrar, nem paixões para se invejar. Como Zeus, resolveu partir o andrógino em dois, desmemoriá-los e encaminhá-los ao mundo que conhecemos. Mas a amnésia não era total – se assim o fosse, o novo mundo voltaria ao marasmo, novamente não haveria a falta. Caberia aos órgãos do sentido, e somente a eles, a ‘lembrança’ da presença da outra metade. E a sensação de plenitude só poderia decorrer do preenchimento máximo destas lembranças - ou para alguns desesperados, suficiente. Assim, o caminho pela busca seria longo, cheio de enganos e atropelos e cheio de histórias para contar..."
;)
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Ain't no mountain high enough
Essas palavras não se encontram no som ao fundo. Destoam. Como o que nos tira do eixo. O que nos arrebata. E tudo que contrasta com o cotidiano, agride. Força, cutuca, provoca sempre que tentamos adequá-lo à realidade.
"This is art of earn
Gifts given only
to those who
head out past the
No Entry signs"
from "OUT OF SIGHT - Urban Art/ Abandoned Spaces"
Quando...
tem-se a coragem de se deixar levar pelo desejo, perpassamos os sinais de "No Entry" e cambaleamos a razão...
Razão que se defronta... e se rende à esta arte tão sublime e delicada, que leio nas palavras, desenhos e músicas que registrou e me presenteou embrulhados nos acontecimentos provincianos de um dia que passou.
As explicações, os motivos, o sentido que encontrei em voltar aos trilhos para me proteger... apavoram-se diante da nossa arte.
Urbana.
e que se limita aos espaços abandonados. Aqueles que a nada se pretendem. E que tudo podem ser.
Podem... se quiserem.
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domingo, 16 de outubro de 2011
Penso, logo, existo
No meio de uma confusão de saberes, num caldeirão efervescente de idéias e certezas advindas de vários pontos de vista, já nem se sabia mais o que era certo e o que era errado. Descartes então teve uma idéia! Resolveu derrubar o mundo inteiro ao redor. E percebeu... que a única coisa que restava era a dúvida.
O pensamento...
Ao ter a certeza de que pensava... concluiu que existia!
Deste modo, a primeira certeza é o pensamento. A razão. Ou seja:
1 - penso
Só à partir desta certeza,
2 - existo: cabelos lisos, olhos castanhos, trabalho, corro qdo não chove, detesto fígado acebolado, adoro fungi...
Ou seja, a razão é a premissa. E a existência, mais um predicado, uma qualidade, como o branco dos olhos...
Aí escutava num bar: "ahh ele é demais! Adora animais, é empresário, bom nos esportes, curriculum lattes enorme, tocou violoncelo para mim, elegaaaante, um bíiiiceps... Já foi para tudo que é parte do mundo, até para Capadócia!!!!" Ela estava apaixonadinha... pelas qualidades, que não eram poucas!
Passou-se um tempo, no mesmo bar, os mesmos personagens... Quanto às características citadas... quem sabe o branco dos olhos? Como pode mudar tanto assim em tão pouco tempo?????
Talvez...
Não se possa confundir a existência como mais uma qualidade. Faz-se uma somatória, coloca-se numa balança, se a maioria das qualidades não presta mais, igualmente o amor não mais existe. Isso é fato. Mas a relação não é simples assim, e nem a explicação é pertinente.
A existência precede inclusive o pensamento. A existência é a premissa!!!
Deste modo, a percepção do Ser escapa da razão. Se o ar te falta, fico dispneica. O arrepio começa na minha nuca e corre pelo teu corpo. Chove por aqui e tua alma inunda. Inicia um pensamento, e ele corre nas escadarias do Escher, infinitamente e com gravidade zero. Minha força é tua. Teu sofrimento é meu. O silêncio é todo potência, como o que encontramos na tranquilidade da mais absoluta solidão.
Trata-se da percepção ontológica do Ser.
Garantida a existência, as características acrescentam, mas no fundo, menos importam.
Não é exatamente o que se encontra numa mesa de bar da Augusta, ou no coxa a coxa sob o calor do forró... Mas até que, por vezes, a gente até esbarra por aí.
O pensamento...
Ao ter a certeza de que pensava... concluiu que existia!
Deste modo, a primeira certeza é o pensamento. A razão. Ou seja:
1 - penso
Só à partir desta certeza,
2 - existo: cabelos lisos, olhos castanhos, trabalho, corro qdo não chove, detesto fígado acebolado, adoro fungi...
Ou seja, a razão é a premissa. E a existência, mais um predicado, uma qualidade, como o branco dos olhos...
Aí escutava num bar: "ahh ele é demais! Adora animais, é empresário, bom nos esportes, curriculum lattes enorme, tocou violoncelo para mim, elegaaaante, um bíiiiceps... Já foi para tudo que é parte do mundo, até para Capadócia!!!!" Ela estava apaixonadinha... pelas qualidades, que não eram poucas!
Passou-se um tempo, no mesmo bar, os mesmos personagens... Quanto às características citadas... quem sabe o branco dos olhos? Como pode mudar tanto assim em tão pouco tempo?????
Talvez...
Não se possa confundir a existência como mais uma qualidade. Faz-se uma somatória, coloca-se numa balança, se a maioria das qualidades não presta mais, igualmente o amor não mais existe. Isso é fato. Mas a relação não é simples assim, e nem a explicação é pertinente.
A existência precede inclusive o pensamento. A existência é a premissa!!!
Deste modo, a percepção do Ser escapa da razão. Se o ar te falta, fico dispneica. O arrepio começa na minha nuca e corre pelo teu corpo. Chove por aqui e tua alma inunda. Inicia um pensamento, e ele corre nas escadarias do Escher, infinitamente e com gravidade zero. Minha força é tua. Teu sofrimento é meu. O silêncio é todo potência, como o que encontramos na tranquilidade da mais absoluta solidão.
Trata-se da percepção ontológica do Ser.
Garantida a existência, as características acrescentam, mas no fundo, menos importam.
Não é exatamente o que se encontra numa mesa de bar da Augusta, ou no coxa a coxa sob o calor do forró... Mas até que, por vezes, a gente até esbarra por aí.
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
(Des)Acaso
E o acaso existe?
Ah, por vezes remamos... remamos... mantendo o ritmo para chegar de modo mais eficiente.
Usamos a estrategia mais curta e de maior rendimento...
alcamos o maior leque de alternativas possivel...
tudo certinho!
E ai...
Por um acaso, cai um pote de ouro do ceu
ou a tempestade brota do solo
E paramos para pensar: como isso pode ser possivel? Ou, como tanta coisa impossivel pode ser possivel?
Ou sera...
Que nao temos a menor ideia da (im)possibilidade das coisas?
Ou melhor!
Que a impossibilidade se faz possivel em alguns momentos, e a possibilidade nos esmaga como impossivel em outros.
Tudo por um (des)acaso
Ah, por vezes remamos... remamos... mantendo o ritmo para chegar de modo mais eficiente.
Usamos a estrategia mais curta e de maior rendimento...
alcamos o maior leque de alternativas possivel...
tudo certinho!
E ai...
Por um acaso, cai um pote de ouro do ceu
ou a tempestade brota do solo
E paramos para pensar: como isso pode ser possivel? Ou, como tanta coisa impossivel pode ser possivel?
Ou sera...
Que nao temos a menor ideia da (im)possibilidade das coisas?
Ou melhor!
Que a impossibilidade se faz possivel em alguns momentos, e a possibilidade nos esmaga como impossivel em outros.
Tudo por um (des)acaso
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Luz
De uma alma despedaçada,
Desesperada
Desgovernada
Uma voz serena
Amena
Minimiza os espinhos
Sabedoria em confortar...
Acaricia as feridas
Alisa as arestas
O vento que derruba
as folhas do outono
Embala-me para a primavera
Uma brisa boa porvir
Desesperada
Desgovernada
Uma voz serena
Amena
Minimiza os espinhos
Sabedoria em confortar...
Acaricia as feridas
Alisa as arestas
O vento que derruba
as folhas do outono
Embala-me para a primavera
Uma brisa boa porvir
On the (sky)road
Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!
Clarice Lispector
Já confundimos tanto as nossas pernas
Que enfim adormeceram...
Só me resta voar!
Voemos então ao som de Sivuca =)
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!
Clarice Lispector
Já confundimos tanto as nossas pernas
Que enfim adormeceram...
Só me resta voar!
Voemos então ao som de Sivuca =)
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Through
O que sera que acontece com algumas manhas? Aquela lista enorme de tarefas a cumprir naquele dia escapa do racional desidratado. E ele acaba absorvendo... nada. Depara-se com sua leveza insustentavel. Como se o inconsciente presente no sonho ainda driblasse a vigilia...
Ai vem a terrivel saudade...
De quem ou de que, afinal?
Quando estava do outro lado do portal, achava que era de ti. Achei que, assim que conseguisse ultrapassar os tropicos, isso acabaria.
Pois bem, estou por aqui. Do mesmo lado. Mas, incrivelmente, estes momentos persistem!
Abraco forte, para testar essa saudade ou, esta falta.
Nao passa!
Procuro contato de quem esta ausente. Um telefonema, uma mensagem, uma fumacinha que seja...
UFA!!!
Passou...
Doce ilusao acreditar na presenca de quem quer que seja para sustentar essa insuportavel leveza do Ser.
OK, onde esta mesmo a lista das tarefas do dia?
domingo, 2 de outubro de 2011
Dissimulados
Um segredo,
aquela palavra muda
que assim quer ficar
Virada, mostra-se
nas coincidências e
afinidades que procuramos.
Reflexo especular
que repulsa nossa imagem
Mas é no abraço nu
que ela canta,
embala, aconchega...
No olhar terno,
a presença tímida
Cientes
e pacientes
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