Pascal: "Les hommes sont si nécessairement fous que ce serait être fou par un autre tour de folie de n’être pas fou’. (...) Il faut faire l’histoire de cet autre tour de folie, de cet autre tour par lequel les hommes, dans le geste de raison souveraine qui enferme leur voisin, communiquent et se reconnaissent à travers le langage sans merci de la nonfolie...”
sábado, 8 de janeiro de 2011
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Com o corpo aquecido, o frio tão temido passa longe! Tento registrar cada vislumbre captado pela transparência do olhar em algum canto da memória - de algum modo eles retornam.
Escurece cedo em Gotham City, e a elegância da iluminação na arquitetura poderia ser ainda mais gelada! Mas se esquenta em cada esquina, num café, um bistrô, uma trattoria, maxi vitrines minimalistas de Audrey Hepburn, estamos em magnificent mille com um som ao fundo da Tribuna de Chicago!
Dou de cara com um mercadinho delicioso. Uma baguete, queijo camembert, vinho tinto. Tá bom demais! Quero fazer um mimo...
O sorridente porteiro (para que porteiros? Para um sorriso na entrada? Fico constrangida, mas sou toda sorrisos tbém) ajuda-me com a porta que insisto em tentar abrir do lado errado... 11 andar que chega num segundo. Aí vem aquele silêncio que aconchega, o cheiro abafado no corredor - já já estou chegando!
Abro a porta barulhenta com cuidado - é impossível chegar de mansinho... - e deparo com a meia-luz da luminária na escrivaninha.
Deixo a sacola ao lado do criado-mudo e vejo vc levantando o olhar com um sorriso largo =D. Folhas escritas pelo chão, sobre e sob a mesa, arte, muita arte por todo o quarto... Não quero interromper seu momento, mas teu olhar me puxa. Te abraço por trás e vc me coloca no teu colo. Adoro teu cheiro, quero respirar todo o seu pensamento que me intriga e cativa. O calor do teu corpo emana uma enxurrada de todo um conhecimento árduo e suspenso no ar. Quero te sedimentar, te trazer à terra (ou te tirar dela?). Nos trazemos bons ventos, e fica tudo mais fácil.
Vinho, camembert... adoro te mimar.
Falamos de tudo, detalhes microscópicos, visões macroscópicas, o universo num grão de areia se faz incrivelmente natural...
Com a alma aquecida, não sinto mais frio.
Enfim sei o que quero
Sei para onde voltar.
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