terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Entre o céu e a terra - 3

A mãe jogava buraco com a filha supralunar. Po, a menina jogava bem! Seguiu a tática de lixar muito, já que não tinha parceiros.
Entretanto... a mãe deu sorte, rapidinho pegou o morto e bateu!

A garota, sem poder usar o morto cheeeeio de cartas para completar os jogos, começou a chorar. Arrependeu-se por ter escolhido uma atitude que a fez se perder no tempo, embora tivesse feito uma porção de jogos. Sentou no colo da mãe e continuou a chorar. Até que verbalizou:

"Mãe, por que quando perdemos um pé do par de meias, nunca mais conseguimos o par juntinho de novo? Quando achamos o pé que falta, o que estava guardado se perde. E quando achamos o outro, é aquele que achamos primeiro que se perde?" Triste, muito triste...

A irmã terrestre, preocupada, se aproxima. Com um ar de seriedade para se solidalizar à situação, assim que emite o primeiro som da palavra presa na boca fechada, estoura numa gargalhada

não consegue parar!

contagia!

e enfim pergunta,

"mas por que vc está chorando? De que meia estão falando? O que essa maldita meia tem a ver com o jogo?"

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