sexta-feira, 9 de julho de 2010

Grão de amor

... e daqueles sonhos e planos, tudo desandou. O diploma com pele de carneiro exposto na parede da biblioteca, os livros e revistas científicas na estante, quarto com uma cama gigante... sapatos organizados, decoração cuidadosa, tuuuudo arrumadinho num degradée de cores similar ao estojo Carandache. Fim de semana no clube, a conversa... As palavras correm pela pista, passa pelos sorrisos de dentes perfeitos, pelos reflexos dos óculos escuros, na mesma intensidade que as imagens dos corpos perfeitos.
Não sinto o gosto de mais nada... minhas mãos estão frias.

BREAK!!!

Mas ainda receio que as pessoas passem por mim e que eu passe por elas como os reflexos dos óculos escuros. E me desculpe se assim faço com vc. Já nem sei mais se é hábito ou defesa. A minha doçura esconde meu olhar, e minhas palavras ariscas confundem o teu. Não é de propósito. É pura ingenuidade.

Rapte meu olhar. Encontre o que em mim se perdeu.

Eu acho que consigo te dar um mundo, aquele que sinto no teu beijo: cada estímulo das papilas traz o gosto do seu Ser. Assim saboreio tua alma e encharco de prazer. Quando percebe, experimenta a diversidade da sensibilidade do meu corpo, atendo-se aos ápices do potenciômetro: meus mamilos enrijecidos, a umidade quente que escorre pela perna que pedem por teus lábios. Sussurro teu nome e enlouquece. Vc me tem nas tuas mãos
... nas tuas mãos.

Agora, mergulhe em mim.

Como quero ser tua.

Quero Ser

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