Pascal: "Les hommes sont si nécessairement fous que ce serait être fou par un autre tour de folie de n’être pas fou’. (...) Il faut faire l’histoire de cet autre tour de folie, de cet autre tour par lequel les hommes, dans le geste de raison souveraine qui enferme leur voisin, communiquent et se reconnaissent à travers le langage sans merci de la nonfolie...”
sexta-feira, 26 de março de 2010
Goldberg sound
Há momentos que vivemos como se fosse um acontecimento ordinário. Bacana, mas ordinário. Por vezes até pensamos que é especial porque nos traz aquela sensação de inusitado, de estranheza. Como uma peça que encaixamos no quebra-cabeças apertando e forçando um pouquinho as bordas - a imagem se mimetiza no contexto, mas o encaixe continua estranho.
O tempo vai passando... e pouco a pouco nos damos conta da beleza, da singularidade daquela peça. Ganha vida, escapa do encaixe programado, salta ao olhar e impregna em todo o nosso aparato sensorial. Com uma pinça delicada, deslocamo-na para um cantinho especial, envolta numa redoma de cristal.
E, nos momentos de turbulência, já sabemos para onde correr! Por baixo do cristal, mergulhamos naquela peça e nos embriagamos de toda a atmosfera, do mundo que se revela enquanto vela, que nos faz escapar do encaixe programado. Submersos no som dourado, atravessamos a tormenta com maestria... inusitada!
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Isso é um post pós variações goldbgerg? =)
ResponderExcluirCaramba, que imagens, que construção bacana!!!! Viajei junto com essa peça nas suas palavras, que delícia! beijos!
ResponderExcluirBrigadinha! Escrevi ontem numa crise de insônia, enquanto escutava a aria de Bach executada por G.Gould na ansiedade da juventude e na tranquilidade da maturidade. Fantasio que a diferença das pinceladas provém justamente destas peças inusitadas.
ResponderExcluirBjs!
Ah sim, variações gold(berg): go(u)lden sound, som dourado. Thank's =)!
ResponderExcluirÉ incrível como as interpretações dele variaram tanto de uma época pra outra. Pq se imagina que a peça está muito amarrada à partitura...no entanto ele consegue transcender isso e dá pra mesma obra duas abordagens completamente diferentes.... é lindo...acho que é uma das peças mais bonitas que já ouvi (mas ainda tenho minhas dúvidas se prefiro esta ou a interpretação das 6 partitas...)
ResponderExcluirAs entrelinhas... De certo modo, "L'autre tour"
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