quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Folia física e metafísica

Muito calor, cheiro de cerveja, estendidos sobre o colchão do som da bateria, o corpo dança independente ao meu comando. Aproveito para observar o que as máscaras escondem. Naquele momento, pouco importa se chegaram à pé ou sobre 2 ou mais rodas. Se deixaram muita ou pouca bagagem do outro lado. Não se vê espinhas ou rugas, a cor da pele ou do mundo que habitam. Nem os sonhos... Só se percebe a alma zerada sob o corpo desatento.

Neste universo entre parênteses, nos encontramos. 
Por um acaso sincrônico. Por descuido da razão. Pela configuração do universo.

Os corpos se encaixam, bocas se familiarizam, mãos encontram caminhos cada vez mais insinuantes. Incansáveis. Inevitáveis. Inevitável... percurso. Desobedecendo o tempo, dançamos sobre o imenso colchão, está sempre em mim e eu sempre te enluvando. Descobrimos diversas alternativas para manter a premissa: vc profundamente em mim. Alcança minha alma e jorra a tua... em mim. Com teu sangue branco em minhas veias, colamos nossos espíritos.

Sem saber, sabemos de tudo. Sem saber, há muito que nos procuramos. Sem saber... por acaso? enfim nos achamos.

E talvez, por supor que sei de tudo, coloque tudo a perder.

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