terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Clara, Ana e quem mais chegar

Clara sempre foi perfeita! Preenche as lacunas antes que elas pensem em se formar. É a primeira a identificar a imperfeição, primeira a planejar o reparo, primeira na ação. Vencedora mesmo. A primeira a se vestir de azul nos dias azuis, madruga de rosa e o canto do galo é rosa, branquinha na geada, vermelha no sol escaldante... Pode-se até dizer que o dia a segue.

Ana... sei lá quem é Ana! Vive caindo nos abismos. Vive de paraquedas - e tem saída? Não se conta com Ana - nunca sabemos quando vai aparecer. De regata nos dias gelados, capa de chuva com céu irritantemente azul, batom vermelho no funeral, dança na chuva, apressada nos feriados...

De repente, os deuses nos mandam o dilúvio! A chuva incansável lava as cores do mundo, abafa o som, carrega a volatilidade dos elementos, despetala nosso ser. O horizonte é incolor. Não se tem a menor idéia do que se espera de nós. Clara muito menos... Nunca soube o que realmente queria além da... perfeição.
E Ana? Ué, não a viu? Aquela, de batom vermelho, que dança na chuva...

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