domingo, 24 de novembro de 2013

PONTES

Tem coisas que fico até envergonhada em dizer. Isso esbarra nos preconceitos que nos foram impostos na nossa formação. Digo preconceitos pela forma de "dogma", cuja dúvida parece solapar nossas bases.

Entretanto, com o passar dos tempos, acabamos vivenciando algumas experiências que colocam estes dogmas na berlinda...

O que explica o gosto? A empatia? O olhar conhecido de quem nunca vimos antes? A intuição...

O que é exatamente a intuição, se não uma impressão que independe das evidências?

O ponto em que quero chegar:
1. Existe alguma entidade que organiza os eventos? Ou...
2. de certo modo, exercemos alguma influência no curso dos eventos? Ou ainda
3. é tudo coincidência, e nós é que temos a capacidade de inventar causa e conseqüência para tudo? Ou seja, somos capazes de construir pontes entre quaisquer fatos?

Sempre acreditei no 3. Que a Natureza é caótica, as coisas acontecem ao acaso, como "trombadas" pela vida. E nosso lado romântico de criar histórias e "moral da história" acaba encontrando sentido em cada sucessão de trombadas. Deus é o motivo MAIS fácil e óbvio de se dizer.

ENTRETANTO...

Com a vivência de coisas esquisitas, quando a exceção passa a acontecer mais de uma ou outra vez, passo a desconfiar... Se não desconfiasse, seria uma teimosa obtusa até!!!!!

Ainda é muuuuito complicado acreditar num ser onipotente e onipresente capaz de escrever e organizar os eventos. E que, nesta linha de raciocínio, a intuição ou premonição ou "algo me diz que..." nos permitiria antever o que foi escrito. Ah, isso é demais para mim.

Por enquanto, acho que como elementos da natureza, temos uma determinada energia (ora, somos feitos de matéria, de elétrons e protons e neutrons e positrons e seilamaisoquê...) que emana um campo eletromagnéticoquântico... Esta energia depende da somatória de todos nossos elementos que DEPENDEM da somatória vetorial do movimento das nossas partículas (ou antipartículas rs). Ou seja, é IMPOSSÍVEL determinar ou prever ou até quantificar a energia resultante dos movimentos neste universo infinito que é nosso corpo - ou melhor, nosso Ser.
PORTANTO: nosso "modo de ser" ou nossos atos e sensações, interferem na nossa energia resultante. Ou seja, nosso "modo de ser" determina nosso campo eletromagnéticoquântico. Que acaba, por fim, interferindo no campo do outro ou, da Natureza. Nossos olhos não são capazes de detectar estes movimentos, microscópicos e infinitos que, na somatória, determina nosso presente.

(...)

Essa foi uma tremenda historinha de causalidade que acabei de criar. Afinal, minha veia romântica não se deixa relevar.

Ou seja: a conexão existe. A vontade a determina, claro! Afinal, nossa energia depende da nossa vontade também. O ponto é: o que não conseguimos determinar é a extensão da nossa vontade. Uma parcela dela é consciente. Mas a GRANDE maioria é inconsciente.

O desafio é estar atenta o suficiente para identificar e, mais do que isso, assumir esta maioria inconsciente da nossa vontade.

De novo, sábio Marquês de Sade que dizia que nosso arqui-inimigo principal está dentro de nós.
"Liberte-me da minha tirania"

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