terça-feira, 27 de agosto de 2013

Tatuagem


Talvez o término de uma relação seja o principal motivo para se evitar começar uma outra.
Fica até difícil classificá-la. Parece que, ao não fazê-lo, facilita-se as coisas. Melhor não se chamar de "namoro" ou  "relacionamento estável" para que o término (que vem, óbvio!) não seja considerado término...

Como nossa cabeça faz caminhos mirabolantes para nos defender rsrs...

Ok, melhor tratar tudo como "histórias", como até já escrevi por aqui http://autretourdelafolie.blogspot.com.br/2012/01/velhas-novas-historias.html

A gente sente o cheiro do fim enquanto ainda nele está. Como se a cordinha que une os personagens, começasse a afrouxar... Ou então, quando ela nos aperta a ponto de nos sufocar!

Nesse momento... Inconscientemente procuramos qualquer galho para nos agarrar!
- o trabalho
- uma viagem
- um belo par de olhos.. serve o do Wolverine! Ou do Jessie-Ethan Hawke até. Serve até daquele cara feinho que vive no seu pé.

Assim que vc percebe o incômodo daquela corda, incrivelmente aquele galho em que nos agarramos... fica sem graça. Aí o "foda-se, que tenho meu galho", passa para o "enterro do outro ainda vivo". Uma morte matada repleta de motivos:
- puta cara idiota
- sem vergonha
- folgado
- CAGÃO (esse é o "The Best")
E guardamos TUDO num envelope beeeeeeem fechado, para que não vaze nem um arzinho no seu entorno.

C'est toutjours la même chose

Vai passando o tempo... hum... uns 3 a 6 meses.

O desenho do outro foi apagado. Mas não o volume que ele ocupava no seu entorno. Ainda se nota A FALTA do outro, a deformação que ele provoca no espaço é a mesma, porém o corpo é "invisível". Isso! De cagão passa a ser "o homem invisível".

Pouco a pouco, o mundo desiste de respeitar o espaço do "homem invisível". Vc até reluta contra isso, tenta, tenta, quer conter o avanço da florada da primavera, as ondas do mar no verão, as folhas secas do outono... mas não se segura o inverno, ainda bem!!!!!

Aí, com o mundo a galope, aquele envelope cai na sua mão! O potente aroma de cores vibrantes ainda está lá em tons pastéis de uma liiiiinda aquarela, com sua essência que chega deslizando na alma...
A gente suspira fuuuuundo
e aprecia =)

Sim, redesenhamos aquele personagem, como tatuagem no nosso ser. O "homem invisível" delineia-se com sorrisos doces, apimentados, os traços do poema melódico acariciando o olhar robusto...

Poxa, é um PUTA processo!
E o saldo, uma obra de arte =)

Este filminho caiu em minhas mãos - o universo conspira sempre rsrs... O diálogo é fraquinho, e chega uma hora em que compõe só o fundo dos traços do poema melódico que acaricia nosso olhar (gostei desta sinestesia rs).





A obra de arte sempre vale.

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