domingo, 10 de fevereiro de 2013

Cheiro do vento

Dia desses minha pequena estava inconsolável pq a melhor amiga havia saído da escola.
A melhor e a única amiga.
Ela andava pelos corredores e se lembrava de cada momentinho juntas

"Mamãe, eu sei que essa não sou eu... Eu não estou me reconhecendo... Nem fome eu sinto"

E eu, com uma vontade de chorar junto, sem saber o que dizer - quem dera sempre soubéssemos o que dizer - improvisava: vc ficou triste assim pq a amizade é muito bonita, sincera, verdadeira. Se não fosse, vc não estaria triste assim. Tanto maior e mais bonita a história, maior o sofrimento quando termina. Mas a história só está mudando o capítulo: vai ser diferente, mas a mudança sempre vem para o bem.

Aí, coincidentemente, assisti esta conversa entre estes 2 autores incríveis:




A morte real, de fato, é aquela que ocorre durante a vida. Nada mais certo.
Henry Miller, Anaís Nin, assim como Rilke e Lou Salomé, eram APAIXONADOS pela vida! Percebe-se o brilho na fala!
O mundo é sempre o mesmo, de fato. A diferença está em como o enxergamos: do fundo do poço, como uma águia ou até como Deus. Posta esta atitude, como não confiar no que esta vida nos reserva? Sim, sofremos muito, rimos demais, deleitamo-nos com o cheiro do vento, sinal de movimento e de mudança.

Isso é Vida!!
Como não ser uma apaixonada por ela?

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