Temos um zilhão de coisas para fazer. E acumulamos funções no decorrer dos anos. Cada vez a demanda aumenta mais.
A saída? Criamos escaninhos.
Tempo para o trabalho.
Tempo para as pessoas
Tempo para nós mesmos
Cada espaço no seu tempo.
Mas há que se ter o cuidado para perceber que não nos fragmentamos por mais automática que seja a transição de um tempo para o outro, sem deixar vestígios. Isto porque, com o tempo percebemos que naturalmente vestimos a fantasia de cada tempo. Entretanto, há uma unidade nisso tudo: nossa essência, ou personalidade ou caráter ou integridade ou como se quiser chamar o modo como somos reconhecidos.
Porém, acredito que com as pessoas que chegam no nosso jardim, o método não pode ser o mesmo.
Como pré-determinar o espaço que aquele intruso ocupará em nossas vidas? Ou seja: este cara pertence a determinado grupo na minha classificação e ficará com tal parte de mim. Quão pretenciosa atitude para um afeto que ganha corpo sem se deixar perceber. Ou melhor, o afeto vai corroendo os limites pré-fixados e a pessoa vai adentrando à nossa vida sem pedir licença.
Ilusão vil imaginar que se tem tudo sob controle por seguir as regras pré-fixadas.
Deixa-se de viver a doce ilusão que realmente tempera a vida.
Chupa-se a bala sem tirar o papel ;)
Nenhum comentário:
Postar um comentário