Tá tudo tão esquisito
Como se uma peça do quebra-cabeças, vermelha, se encaixasse como uma luva no azul do céu.
Sim, meu dia a dia está azul! Não parece caber mais ninguém nesta dança.
Danço só. E adoro!
Se alguém me pega para dançar, travo.
Não sei me deixar conduzir, digo.
Não tenho coragem de me deixar levar, paro.
Eu achava... que o azul se encaixava no azul.
Harmônico, oras
Mas as curvinhas desta peça só entram na marra!!!
... não rola...
E vem este rubro
que me ruboriza
enraivece
atiça
cativa
arisco,
belisca
torce
IRriTa!!!!!
IntRIgA...
Mas quem é vc?
De onde veio? Por onde anda?
Seus lábios nos meus embalam a cantiga
Seus dedos entrelaçam os meus
e, sim, eleva meus pés
Conduz meu corpo nesta dança
enquanto o que em mim reluta,
sucumbe...
Submissa e hipnotizada,
me deixo giraaaarrr...
Sim, é tranquilo!
Calmo
Morninho
Aconchegante
Que estranho...
Pascal: "Les hommes sont si nécessairement fous que ce serait être fou par un autre tour de folie de n’être pas fou’. (...) Il faut faire l’histoire de cet autre tour de folie, de cet autre tour par lequel les hommes, dans le geste de raison souveraine qui enferme leur voisin, communiquent et se reconnaissent à travers le langage sans merci de la nonfolie...”
quinta-feira, 26 de abril de 2012
terça-feira, 24 de abril de 2012
Fait attention ll
http://autretourdelafolie.blogspot.com.br/2012/04/aos-10-para-os-13.html
Talvez eu não tenha mais a pretensão de não levar sofrimento aos outros - isso fazemos sem perceber.
Acho que agora preocupo-me em não deixar que o sofrimento seja capaz de me assustar, e para tanto, tornar-me distante.... Por isso, escrevo para mim mesma.
"Olá! Sou eu, a do seu futuro, e estou a 4-7 meses do seu tempo. Talvez não acredite, mas esta dor que sentirá, que não te permitirá ver nada além do branco (aquele mesmo de São Petesburgo, em que anoitece e amanhece e é o mesmo branco, tudo em potência, e nada se mostra), PASSA.
Ai que preciso de dois goles de pinga...
Tanta, tanta dor, aquela da ausência de vc mesma, em que já não coincide com seu próprio corpo.
Tanta, que anestesia - chega uma hora em que até a dor cansa de doer...
Tanta, que anestesia - chega uma hora em que até a dor cansa de doer...
Esta dor vai mudar de tom.
Vem a saudade... a raiva... a esperança... a indiferença em superfície...
e enfim, vai encontrar um soco na cara.
Sim, aquele que incha suas pálpebras com tanta violência que ameaça sua dignidade...
Vai te tirar deste beco sem saída. Porque, se nele continuar, vai te despersonalizar como gente que é, e que te fez chegar onde chegou com suas vitórias e derrotas. Derrotas estas que te trouxeram vitórias sim. Um tombo-que-vira-uma-cambalhota que muda o caminho para melhor - e é impressionante como SEMPRE é para melhor,
ufa!
Vem a saudade... a raiva... a esperança... a indiferença em superfície...
e enfim, vai encontrar um soco na cara.
Sim, aquele que incha suas pálpebras com tanta violência que ameaça sua dignidade...
Vai te tirar deste beco sem saída. Porque, se nele continuar, vai te despersonalizar como gente que é, e que te fez chegar onde chegou com suas vitórias e derrotas. Derrotas estas que te trouxeram vitórias sim. Um tombo-que-vira-uma-cambalhota que muda o caminho para melhor - e é impressionante como SEMPRE é para melhor,
ufa!
Depois deste soco, deste trauma, não cabe mais perdoar. Não há discurso moral ou, de contos de fadas, que justifique condenar ou perdoar.
Já não é esta mais a questão...
Já não é esta mais a questão...
Não poderá se esquecer do que está sentindo neste momento!
Uma vontade de abraçar o infinito, de tão gigante que sente seus braços.
Aquela força de mudar o destino. Forte, tão forte que te faz se sentir capaz de vencer quaisquer fronteiras. Que faz o medo se esconder e ficar paradinho naquele buraquinho láaaaa no fundo. Este diabinho que teme que a rolha ao lado escape e tudo se escoe pelo ralo...
Uma vontade de abraçar o infinito, de tão gigante que sente seus braços.
Aquela força de mudar o destino. Forte, tão forte que te faz se sentir capaz de vencer quaisquer fronteiras. Que faz o medo se esconder e ficar paradinho naquele buraquinho láaaaa no fundo. Este diabinho que teme que a rolha ao lado escape e tudo se escoe pelo ralo...
Lembre-me desta vontade que tem de tricotar os versos vivos, "os tons, mil tons, seus sons e seus dons geniais",
que tecem uma trama tão delicada, singela e cristalina que forma um cristal:
Transparente, sonoro, puro e Belo...
que tecem uma trama tão delicada, singela e cristalina que forma um cristal:
Transparente, sonoro, puro e Belo...
Sim, este é o grande segredo para uma vida decente.
Faça-me lembrar disso!
Lembre-me a cada instante. Em todos aqueles momentos em que ficamos a um fio de guardar as agulhas do tricot lá no alto da prateleira, para nunca mais encontrar.
Faça-me lembrar disso!
Lembre-me a cada instante. Em todos aqueles momentos em que ficamos a um fio de guardar as agulhas do tricot lá no alto da prateleira, para nunca mais encontrar.
- Quando os dias brancos querem nos sequestrar
- Quando o tempo parece querer nos engolir
Sim, saiba que a vida não é um conto de fadas, ainda bem. Embora não exista o "felizes para sempre", isto não é o fim do mundo, já que a própria vida nos oferta um caldeirão de novidades.
Príncipes, sapos, cavaleiros, ogros, heróis, bandidos...
Príncipes, sapos, cavaleiros, ogros, heróis, bandidos...
Basta que não nos esqueçamos de tudo isso que aprendeu a tecer.
Lembre-me!
Não me esqueço... Isso deve ser para sempre!
Que tenhamos uma vida ótima,
Beijos,
K =)"
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segunda-feira, 23 de abril de 2012
Estilhaços
"Elizabeth Costello, todos sabem – principalmente quem sabe –, é uma famosa romancista australiana, já com seus setenta e sete anos, cujo principal feito (além de ter se perdido na vida) foi o de ter publicado uma única, apenas uma grande obra: A casa da rua Eccles. Romance que lhe deu fama internacional e que tem como personagem principal Marion Bloon, mulher de Leopoldo Bloom, personagem principal do Ulysses de James Joice.
Tirante tudo isto – e no que toca pessoalmente a mim –, Elizabeth Costello tem sido uma mulher que cruzou a rua e deixou-se atropelar por um único, apenas um grande carro: um Corcel ano 1986. Atropelo que lhe deu uma ferida transatlântica, atravessando-lhe de ponta a ponta o corpo extenuado, corpo com o qual – dizem! – ela não coincide mais. Ou talvez nunca tenha coincidido.
Para os que sabem e os que não sabem, os que viram e não viram, os que leram ou eram cegos, Elizabeth Costello é o corpo dividido que cruzou os céus de duas avenidas importantes, com seu livro único ainda debaixo das axilas, o brasão de um Corcel marcado à testa, e que quando lhe perguntaram o que queria em seu funeral, apenas virou-se para o lado e disse: “Hein?”.
Entre eu, ela e ele – o corpo de Elizabeth –, e também os outros dela mesma no livro e no Corcel, no concreto e no bonito funeral, entre nós todos – ela, eu, ele, livro, Corcel e concreto –, entre esta espécie de confraria do absurdo, esta multidão silenciosa ao redor de seu corpo partido, enfim, entre ela, eu e os outros, Elizabeth é memória e quase dor, uma batida seca no meio fio, e dois goles de cachaça de amigos distantes que não viram seu corpo, mas beberam sua morte.
Elizabeth era um problema de nos levar de onde estamos – lugar nenhum – para a margem de lá do território de sua grande ferida: daí o livro, o atropelo, o brasão, o concreto e o corpo dividido, tudo encadeado de maneira à (rigorosamente) desafiar a lógica de sua vida, e zombar de sua aventura moral."
Tirante tudo isto – e no que toca pessoalmente a mim –, Elizabeth Costello tem sido uma mulher que cruzou a rua e deixou-se atropelar por um único, apenas um grande carro: um Corcel ano 1986. Atropelo que lhe deu uma ferida transatlântica, atravessando-lhe de ponta a ponta o corpo extenuado, corpo com o qual – dizem! – ela não coincide mais. Ou talvez nunca tenha coincidido.
Para os que sabem e os que não sabem, os que viram e não viram, os que leram ou eram cegos, Elizabeth Costello é o corpo dividido que cruzou os céus de duas avenidas importantes, com seu livro único ainda debaixo das axilas, o brasão de um Corcel marcado à testa, e que quando lhe perguntaram o que queria em seu funeral, apenas virou-se para o lado e disse: “Hein?”.
Entre eu, ela e ele – o corpo de Elizabeth –, e também os outros dela mesma no livro e no Corcel, no concreto e no bonito funeral, entre nós todos – ela, eu, ele, livro, Corcel e concreto –, entre esta espécie de confraria do absurdo, esta multidão silenciosa ao redor de seu corpo partido, enfim, entre ela, eu e os outros, Elizabeth é memória e quase dor, uma batida seca no meio fio, e dois goles de cachaça de amigos distantes que não viram seu corpo, mas beberam sua morte.
Elizabeth era um problema de nos levar de onde estamos – lugar nenhum – para a margem de lá do território de sua grande ferida: daí o livro, o atropelo, o brasão, o concreto e o corpo dividido, tudo encadeado de maneira à (rigorosamente) desafiar a lógica de sua vida, e zombar de sua aventura moral."
De um amigo querido.
No status de uma rede social.
E comento.
Diante das palavras de imagem estilhaçada, com a força dos respingos de Jackson Pollock, esta fragmentação seca, silenciosa e furiosa, suga-nos do "lugar nenhum". Fica algo na memória, quase uma dor.
Faz-me lembrar de Antônio, ainda com seus 20 e poucos anos, no Pronto Socorro com ambos os olhos perfurados com o vidro dianteiro estilhaçado do... seria um Corcel?
Um trauma violento em que foi feita a sutura córneo-escleral, praticamente sem distinção das devidas partes oculares...
Em 3 a 6 meses, já não havia mais pontos na incisão.
(Não há dor)
Ferida cicatrizada.
Sua visão?
A imagem do mundo, diz, é coincidente - lugar nenhum.
A imagem de si mesmo... não há.
(Nem memória)
Enfim, cicatrizada.
sábado, 21 de abril de 2012
Fait attention!
abstração
hetero-lógica
imaginação
heterotopia
total...
...mente
hetero-lógica
imaginação
heterotopia
total...
...mente
ENVAIDECIDA!
"Como você sabe, eu não quero que os outros sofram por minha causa. Por isso, eu escrevi uma carta para mim mesma:
'Luísa, sou eu, a Luísa do passado. Ao ler essa carta, pense bem no que você foi por todos esses anos, e imagine como é que você trata os outros. Que, você sabe como é que é ser tratada por uma adolescente. Sabe como é ser uma irmã mais nova. Não maltrate os outros. Que como você, não querem ser maltratados por adolescentes (entre outros). O MUNDO NÃO GIRA AO SEU REDOR! Não adianta discutir, que sempre vai ser você que está sendo prejudicada. Os amigos são bons, mas NÃO TROQUE NADA PELOS ESTUDOS! Lembre-se de como você era: doce, disciplinada... Sei que nos estudos, ou melhor, em sua série, é difícil, mas nunca deixe de ser aquela garotinha meiga e esforçada que já foi, e que eu sei que ainda está aí. Eu, estou sofrendo, porque somos irmãs mais novas. [...] Você, se prepara com sua visão, pois eu deixei muitas escritas a você. Para se lembrar de como você pensava no passado. E refletir, o que mudou. Estou vendo o comportamento de nossa irmã, e vejo o que podemos mudar. Espero que... Tenha uma vida ótima! Eu, tenho 10 anos, e em sua idade, tudo pode mudar, não?
Beijos
Lulu (do passado)
20/04/2012
Sex'”
E aí? O que escreveria para vc daqui a 3 anos? 5? 10...
sábado, 14 de abril de 2012
Escaninhos
Acho que temos uma mania de otimizar tempo e espaço. Já Kant começa - para conhecer um fenômeno, precisamos situá-lo no tempo e no espaço.
Deste modo, organizamos nosso pensamento para conhecer alguma coisa.
Com o tempo, o conhecimento vai ficando cada vez mais complicado. É um hábito - e talvez o único jeito que sabemos - encaixar a novidade no que já está dentro de nós. Como num quebra-cabeças, as coisas vão se familiarizando, vão se encaixando e tudo retoma a harmonia... Como no canto direito do desenho, em que o espaço até já se encontra preparado para receber o "novo" conhecimento.
Entretanto, por vezes, aquilo que é realmente novo tem tamanha força que destoa do restante do conteúdo já organizado em escaninhos no nosso pensamento e modo de vida. O espaço destinado a esta sementinha, daria direito a uma florzinha naquele jardim, já ocupado por diversas outras flores mais ou menos belas, mas com o mesmo formato (como no canto inferior esquerdo do desenho exposto). A força e a personalidade desta "coisa" atinge proporções tais que ameaçam tuuuuudo que foi milimetricamente encaixado para manter a harmonia. A beleza, tanta, que hipnotiza e parece que quer te expulsar do teu mundo.
O que fazer com esse "monstro"? Se o mantém, periga ocupar um espaço com o qual vc não estava preparado. E, se não está preparado, se esse monstro esvanecer, o que será do pouco que restar?
Se o expulsa, como não se arrepender por ter deixado escapar algo que fascina justamente por sua força e imposição de não se render à estrutura já formada?
Dilema... Parece se estar num beco sem saída.
O que venho aprendendo... aos poucos...
A harmonia dos encaixes, não passa de ilusão. A novidade, assim que se amolda às outras estruturas, deixa de ser novidade. E deixa de ser novidade por nossa culpa. Pelo medo de nos render à sua força e ineditismo.
O que fazer?
Não há encaixes. Não há escaninhos. Os espaços não são delimitados, e não precisamos deles para conhecermos. Há que se respeitar o que quer se impor. O que tem força para crescer. E se ganhar proporções enormes e estourar, como uma bolha de sabão?
Lembra que os espaços não são delimitados? Que não há encaixes nem escaninhos? Portanto, não haverá o vazio, a memória dolorosa daquele espaço. Sim, a lembrança existe e é boa. Aquela que nos relembra do que vivenciamos e do quanto aquilo nos transformou para sermos capazes de acolher outra novidade de peito aberto. Seja qual for, seja o tamanho que for ocupar, ou o tempo que durar.
terça-feira, 10 de abril de 2012
Do pó ao pó
"a mais estranha história que alguém já escreveu"
talvez a maior das lembranças,
a história mais incrível que surgiu do nada, sem corpo, sem registro,
e que se dissipou no ar...
domingo, 8 de abril de 2012
Extensão da verdade...
De Péricles: "no que concerne aos diferendos particulares, a igualdade a todos é garantida pelas leis. Mas, no que concerne à participação na vida pública, cada um obtém a consideração em função de seu mérito, e a classe a que pertence importa menos que seu valor pessoal".
Prossegue Foucault: "a isegoria assegura que não vai ser simplesmente em função do nascimento, da fortuna, do dinheiro que se vai ter o direito de falar. TODOS vão poder falar, mas apesar disso, para o jogo da participação nos negócios públicos, o mérito pessoal é que vai garantir a alguns uma ascendência (...) Ascendência legítima, exercida por um discurso verdadeiro, exercida tbém por alguém que tem a coragem de fazer valer esse discurso verdadeiro; que garante efetivamente que a cidade tomará as melhores decisões para todos."
CADÊ?!?!?!?!
Prossegue Foucault: "a isegoria assegura que não vai ser simplesmente em função do nascimento, da fortuna, do dinheiro que se vai ter o direito de falar. TODOS vão poder falar, mas apesar disso, para o jogo da participação nos negócios públicos, o mérito pessoal é que vai garantir a alguns uma ascendência (...) Ascendência legítima, exercida por um discurso verdadeiro, exercida tbém por alguém que tem a coragem de fazer valer esse discurso verdadeiro; que garante efetivamente que a cidade tomará as melhores decisões para todos."
CADÊ?!?!?!?!
Sobre a verdade
"Será que você sabe que a verdade está por baixo de tudo, e um dia, ela pode ficar por cima?!"
Lulu, 10 anos
Nunca imaginei que fosse tão difícil dizer a verdade.
E como qualquer discurso que não seja verdadeiro, flutua num oceano obscuro de covardia e culpa. O medo de ferir, de delatar, enfim, das consequências das informações. E a culpa por omitir a verdade.
De novo, os valores morais que nos são imprintados no DNA - por vezes apelam para o "determinismo biológico"
http://autretourdelafolie.blogspot.com.br/2012/01/dizer-adeus-ao-determinismo-biologico.html
Quando nos deixamos levar por este emaranhado obscuro, distanciamo-nos cada vez mais da verdade. Já nem sabemos mais onde está a ponta do fio do novelo.
Como um sonho que tive, em que havia uma aranha enorme enroscada nos meus cabelos. Ameaçava, cutucava, a cada instante eu temia que ela injetasse aquele veneno infecto. E se escondia cada vez mais... Pedia aos meus queridos que me ajudassem a tirá-la, mas eu sabia que só eu seria capaz de fazê-lo.
É impressionante como, numa epifania trágica, algo surpreendente adentra pela porta do nosso quarto!!!!!
Paralisa!!
Como um grito no ápice da humilhação e cólera, o grito de Creusa (mortal e mãe do filho bastardo de Apolo, Íon) aos deuses. Quando a verdade grita e ganha corpo à revelia de qualquer consequência - inclusive, para os gregos, a morte.
E, num passe de mágica, ao invés da cascata de tragédias que paralisavam a sua palavra verdadeira, a sensação é de flutuar na tranquilidade das águas cristalinas...
De navegar enfim nesta verdade que emergiu...
A coragem da verdade, pura, sem enfeites e nem luxo, que não pede para agradar; e oferecida a quem percebemos que pede por ela, com as palavras certas, atentas ao momento certo (kairós).
Muitas vezes parece que não encontramos o momento certo de jeito nenhum. Mas isso ainda é desculpa. É o medo que novamente nos paralisa. O kairós chega no momento em que a verdade grita. Ou, quando enfim "ela fica por cima".
Há que se ter coragem. Muuuuuita coragem!
Simples assim ;)
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sábado, 7 de abril de 2012
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Licença poética
Se não são as pessoas certas e delicadas para me apresentarem as boas coisas da vida...
De Walt Whitman, Leaves of Grass
(...)
De Walt Whitman, Leaves of Grass
Come closer to me, |
Push close my lovers and take the best I possess, |
Yield closer and closer and give me the best you possess. |
This is unfinished business with me . . . . how is it with you? |
I was chilled with the cold types and cylinder and wet paper between us. |
I pass so poorly with paper and types . . . . I must pass with the contact of bodies and souls. |
I do not thank you for liking me as I am, and liking the touch of me . . . . I know that it is good for you to do so. |
(...)
The learned and virtuous and benevolent, and the usual terms; |
A man like me, and never the usual terms. |
terça-feira, 3 de abril de 2012
Because I'm free... nothing's worrying me
Entre-estações
Livres lembranças
pululam
e me sustentam
D E S T E M I D A
QuE
d
A
Lembro-me
com muuuita ternura =)
Livres lembranças
pululam
e me sustentam
D E S T E M I D A
QuE
d
A
Lembro-me
com muuuita ternura =)
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Ilusão
Temos um zilhão de coisas para fazer. E acumulamos funções no decorrer dos anos. Cada vez a demanda aumenta mais.
A saída? Criamos escaninhos.
Tempo para o trabalho.
Tempo para as pessoas
Tempo para nós mesmos
Cada espaço no seu tempo.
Mas há que se ter o cuidado para perceber que não nos fragmentamos por mais automática que seja a transição de um tempo para o outro, sem deixar vestígios. Isto porque, com o tempo percebemos que naturalmente vestimos a fantasia de cada tempo. Entretanto, há uma unidade nisso tudo: nossa essência, ou personalidade ou caráter ou integridade ou como se quiser chamar o modo como somos reconhecidos.
Porém, acredito que com as pessoas que chegam no nosso jardim, o método não pode ser o mesmo.
Como pré-determinar o espaço que aquele intruso ocupará em nossas vidas? Ou seja: este cara pertence a determinado grupo na minha classificação e ficará com tal parte de mim. Quão pretenciosa atitude para um afeto que ganha corpo sem se deixar perceber. Ou melhor, o afeto vai corroendo os limites pré-fixados e a pessoa vai adentrando à nossa vida sem pedir licença.
Ilusão vil imaginar que se tem tudo sob controle por seguir as regras pré-fixadas.
Deixa-se de viver a doce ilusão que realmente tempera a vida.
Chupa-se a bala sem tirar o papel ;)
A saída? Criamos escaninhos.
Tempo para o trabalho.
Tempo para as pessoas
Tempo para nós mesmos
Cada espaço no seu tempo.
Mas há que se ter o cuidado para perceber que não nos fragmentamos por mais automática que seja a transição de um tempo para o outro, sem deixar vestígios. Isto porque, com o tempo percebemos que naturalmente vestimos a fantasia de cada tempo. Entretanto, há uma unidade nisso tudo: nossa essência, ou personalidade ou caráter ou integridade ou como se quiser chamar o modo como somos reconhecidos.
Porém, acredito que com as pessoas que chegam no nosso jardim, o método não pode ser o mesmo.
Como pré-determinar o espaço que aquele intruso ocupará em nossas vidas? Ou seja: este cara pertence a determinado grupo na minha classificação e ficará com tal parte de mim. Quão pretenciosa atitude para um afeto que ganha corpo sem se deixar perceber. Ou melhor, o afeto vai corroendo os limites pré-fixados e a pessoa vai adentrando à nossa vida sem pedir licença.
Ilusão vil imaginar que se tem tudo sob controle por seguir as regras pré-fixadas.
Deixa-se de viver a doce ilusão que realmente tempera a vida.
Chupa-se a bala sem tirar o papel ;)
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