sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

La saison des pluies



Te procurei tanto
Como quando se procura
Um sinal de fenda
Na muralha de vidro
Por onde se vê o tempo passar.

Brotam-se as flores do jardim,
Não sinto o aroma
Ou o canto dos pássaros
Ou o cheiro da relva molhada
Ou o barulho dos nossos pés
ao pisar sobre as folhas secas.
A aflição e a ansiedade
Por ver e não viver
Enquanto o tempo passa...

Quero entrar no jardim,
envolver-te com toda a força
dos meus membros, 
os cabelos fechando a cortina,
túnel iluminado pelo fogo no olhar. 
Enchermos-nos de prazer,
fechar o portal
E esconder a chave.

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