Pascal: "Les hommes sont si nécessairement fous que ce serait être fou par un autre tour de folie de n’être pas fou’. (...) Il faut faire l’histoire de cet autre tour de folie, de cet autre tour par lequel les hommes, dans le geste de raison souveraine qui enferme leur voisin, communiquent et se reconnaissent à travers le langage sans merci de la nonfolie...”
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
corre noite
Com um aperto no peito que chega a tirar o fôlego, levanto da cama e saio de casa. Rápido, muito rápido. Sinto tua presença na minha sombra que ganha vida com a velocidade dos meus passos.
Envolve minha pele e eriça a penugem na nuca. Posso escutar tua voz rouca ao pé do ouvido. Só percebo a luminosidade da lua tímida entre as nuvens carregadas e o teu semblante nos meus olhos.
Vc me persegue
nas ruas
entre a folhagem das árvores
sob as sombras
no vento entre minhas inspirações...
Pouco a pouco, adentra pelas vias aéreas. Chega aos alvéolos e vai ganhando minha circulação... Percebo dissipar e encravar nas vísceras, membranas, células...
Não te vejo
Não te toco
Mas sombreia meu sol
Teu cheiro obstrui a passagem do olfato
e veste meu corpo que não mais sente o frio...
Persigo meu pensamento, mas, como intruso, me perturba
Corro, muito muito rápido.
Desgovernada.
Desesperada...
Já nem sei mais se me afasto ou me aproximo de ti.
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