Rainy day sings and says
you want me under the duvet
It´s 55 degrees, almost hot
Water spots crash the window
as a widow, I cry for you
Escuto a melodia do vento
atento às gotas que brilham na janela
Faz 18 graus, quase frio
Espio a chuva sob o edredom com
o som do teu pranto tão próximo
2 horas e 5 graus
transoceânicos
2 hours and 9,4 degrees
online inside
Parestésica, sinestésica, sinérgica
Feel like me
Te sinto em mim
Pascal: "Les hommes sont si nécessairement fous que ce serait être fou par un autre tour de folie de n’être pas fou’. (...) Il faut faire l’histoire de cet autre tour de folie, de cet autre tour par lequel les hommes, dans le geste de raison souveraine qui enferme leur voisin, communiquent et se reconnaissent à travers le langage sans merci de la nonfolie...”
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
sábado, 19 de fevereiro de 2011
(Des)igualdade: verdade
E ele precisava provar uma desigualdade...
Como assim "desigualdade"? Qual "igualdade" temos neste mundo real? Mais ainda, o que garante uma igualdade?
Isso passa a nos perturbar demais quando nos referimos a uma interpretação sobre a dita "realidade", referindo-nos como real, o verdadeiro. Neste caso, a Natureza real é a verdade. E a igualdade segura, beeem distante da temida "ilusão", a verdadeira interpretação da realidade.
Acontece, meu caro, que o instante real é o momento presente. E a interpretação deste, para ser "igual", precisa se referir a tudo que influencia AQUELE instante. No momento em que formulamos a nossa interpretação, o momento passou... mudou... já era.
Instaura-se assim um desconforto. Então, como garantir uma interpretação verdadeira, ou, uma interpretação IGUAL à realidade?
Vamos mudar?
E se partíssemos do pressuposto de que não há uma verdade estática e única? E se partíssemos do pressuposto da própria Natureza que se constrói à partir do acaso, do "erro"? Novos conceitos à partir das mudanças, do acaso, e não da verdade estática.
Novos conceitos
Nova verdade
Desigual
...
Perturba?
Talvez seja esta a intenção. A certeza da desigualdade. A certeza de que estamos falando de uma verdade que já se transformou, o tempo anda...
Deste modo, dá vontade de radicalizar para nos fiar nesta nova "certeza". Nada é aquilo que pensamos ser!
Respira fundo...
calma...
Talvez a solução seja acolher, sem ressalvas ou preconceitos, tudo o que chega
Metabolizar
E suspeitar!
Como assim "desigualdade"? Qual "igualdade" temos neste mundo real? Mais ainda, o que garante uma igualdade?
Isso passa a nos perturbar demais quando nos referimos a uma interpretação sobre a dita "realidade", referindo-nos como real, o verdadeiro. Neste caso, a Natureza real é a verdade. E a igualdade segura, beeem distante da temida "ilusão", a verdadeira interpretação da realidade.
Acontece, meu caro, que o instante real é o momento presente. E a interpretação deste, para ser "igual", precisa se referir a tudo que influencia AQUELE instante. No momento em que formulamos a nossa interpretação, o momento passou... mudou... já era.
Instaura-se assim um desconforto. Então, como garantir uma interpretação verdadeira, ou, uma interpretação IGUAL à realidade?
Vamos mudar?
E se partíssemos do pressuposto de que não há uma verdade estática e única? E se partíssemos do pressuposto da própria Natureza que se constrói à partir do acaso, do "erro"? Novos conceitos à partir das mudanças, do acaso, e não da verdade estática.
Novos conceitos
Nova verdade
Desigual
...
Perturba?
Talvez seja esta a intenção. A certeza da desigualdade. A certeza de que estamos falando de uma verdade que já se transformou, o tempo anda...
Deste modo, dá vontade de radicalizar para nos fiar nesta nova "certeza". Nada é aquilo que pensamos ser!
Respira fundo...
calma...
Talvez a solução seja acolher, sem ressalvas ou preconceitos, tudo o que chega
Metabolizar
E suspeitar!
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Happy Valentine's Day
Em despedida: proibindo o pranto
A valediction: forbidding morning
John Donne
Trad. Augusto de Campos
Como esses santos homens que se apagam
Sussurrando aos espíritos: “Que vão…”,
Enquanto alguns dos amigos amargos
Dizem: “Ainda respira.” E outros: “Não.” —
Sussurrando aos espíritos: “Que vão…”,
Enquanto alguns dos amigos amargos
Dizem: “Ainda respira.” E outros: “Não.” —
Nos dissolvamos sem fazer ruído.
Sem tempestades de ais, sem rios de pranto,
Fora profanação nossa ao ouvido
Dos leigos descerrar todo este encanto.
Fora profanação nossa ao ouvido
Dos leigos descerrar todo este encanto.
O terremoto traz terror e morte
E o que ele faz expõe a toda a gente,
Mas a trepidação do firmamento,
Embora ainda maior, é inocente.
E o que ele faz expõe a toda a gente,
Mas a trepidação do firmamento,
Embora ainda maior, é inocente.
O amor desses amantes sublunares
(Cuja alma é só sentidos) não resiste
A ausência, que transforma em singulares
Os elementos em que ele consiste.
(Cuja alma é só sentidos) não resiste
A ausência, que transforma em singulares
Os elementos em que ele consiste.
Mas a nós (por uma afeição tão alta,
Que nem sabemos do que seja feita,
Interassegurado o pensamento)
Mãos, olhos, lábios não nos fazem falta.
Que nem sabemos do que seja feita,
Interassegurado o pensamento)
Mãos, olhos, lábios não nos fazem falta.
As duas almas, que são uma só,
Embora eu deva ir, não sofrerão
Um rompimento, mas uma expansão,
Como ouro reduzido a aéreo pó.
Embora eu deva ir, não sofrerão
Um rompimento, mas uma expansão,
Como ouro reduzido a aéreo pó.
Se são duas, o são similarmente
Às duas duras pernas do compasso:
Tua alma é a perna fixa, em aparente
Inércia, mas se move a cada passo
Às duas duras pernas do compasso:
Tua alma é a perna fixa, em aparente
Inércia, mas se move a cada passo
Da outra, e se no centro quieta jaz,
Quando se distancia aquela, essa
Se inclina atentamente e vai-lhe atrás,
E se endireita quando ela regressa.
Quando se distancia aquela, essa
Se inclina atentamente e vai-lhe atrás,
E se endireita quando ela regressa.
Assim serás para mim que pareço
Como a outra perna obliquamente andar.
Tua firmeza faz-me, circular,
Encontrar meu final em meu começo.
Como a outra perna obliquamente andar.
Tua firmeza faz-me, circular,
Encontrar meu final em meu começo.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
La saison des pluies
Te procurei tanto
Como quando se procura
Um sinal de fenda
Na muralha de vidro
Por onde se vê o tempo passar.
Brotam-se as flores do jardim,
Não sinto o aroma
Ou o canto dos pássaros
Ou o cheiro da relva molhada
Ou o barulho dos nossos pés
ao pisar sobre as folhas secas.
A aflição e a ansiedade
Por ver e não viver
Enquanto o tempo passa...
Quero entrar no jardim,
envolver-te com toda a força
dos meus membros,
os cabelos fechando a cortina,
túnel iluminado pelo fogo no olhar.
túnel iluminado pelo fogo no olhar.
Enchermos-nos de prazer,
fechar o portal
E esconder a chave.
domingo, 6 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
corre noite
Com um aperto no peito que chega a tirar o fôlego, levanto da cama e saio de casa. Rápido, muito rápido. Sinto tua presença na minha sombra que ganha vida com a velocidade dos meus passos.
Envolve minha pele e eriça a penugem na nuca. Posso escutar tua voz rouca ao pé do ouvido. Só percebo a luminosidade da lua tímida entre as nuvens carregadas e o teu semblante nos meus olhos.
Vc me persegue
nas ruas
entre a folhagem das árvores
sob as sombras
no vento entre minhas inspirações...
Pouco a pouco, adentra pelas vias aéreas. Chega aos alvéolos e vai ganhando minha circulação... Percebo dissipar e encravar nas vísceras, membranas, células...
Não te vejo
Não te toco
Mas sombreia meu sol
Teu cheiro obstrui a passagem do olfato
e veste meu corpo que não mais sente o frio...
Persigo meu pensamento, mas, como intruso, me perturba
Corro, muito muito rápido.
Desgovernada.
Desesperada...
Já nem sei mais se me afasto ou me aproximo de ti.
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