quinta-feira, 18 de novembro de 2010

puff

Acho que foi naquela manhã de Agosto. O despertador tocou na hora certa. Abri os olhos... mas onde diabos estava? Conhecia aquela cama, os quadros na parede, a ausência de luminária, a fronha do travesseiro... mas não parecia ser minha casa.

Será que o sonho tinha sido bom demais? Que contraste afinal era aquele?

Eu não me sentia no lugar certo.

Ele me procurava, eu até conhecia o caminho daquele corpo. Era-me familiar. Mas não parecia ser o meu caminho. Interajo pela força do hábito. Funciona. Em preto e branco.

Tomo o meu banho, faço o café, me arrumo para sair. E me despeço...
Não posso olhar nos seus olhos.
Procuro o que olhar e encontro o abismo...

Perdi meu chão.

Um sorriso forçado, um até mais tarde, e uma lágrima solitária no canto dos olhos.

Eu só quero fugir daquele lugar.

Sem chão
Sem cor
Sem sol

Rápido, muito rápido, para alçar vôo
e plainar pelos mastros no ar...

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