quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Days of summer

Entre o número 1 e o 2, existem uma infinidade de números. Ou, para abençoados, só importa que perfazem uma sequência: 1 e 2, e basta. Mas eu gosto de encontrar e de imaginar a porção de equações entre eles.

Assim, o nosso encontro foi por acaso, for sure. Mas as coincidências não casuais me encantam. Aquelas ligadas por uma sonoridade regente. Ou talvez, só prestamos atenção nas coincidências mágicas. As outras, que completam e confirmam as leis aleatórias da randomização, passam por nós em preto e branco.

E assim chegou, melódico, poético, vibrante, sob o sol - e que sol! Pincelou minha vida com mel. Foi rápido, uma tela impressionista. Impregnou nas minhas lembranças. Quanto mais nos afastávamos, mais eu tentava me livrar das imagens, e aí sim que o avesso colava nas minhas entranhas: teu sabor, meu prazer, teu cheiro, minha música, nossa cadência.

Poderia ser simples assim: não quer me ver. Se pudesse, estaríamos juntos.

Mas não fui abençoada: o dom da fé não me foi concedido. Não tenho deuses, nem por quem rezar. Assim, só me resta acreditar no acaso poético. E nele, continuo rezando por ti.

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