quinta-feira, 31 de maio de 2012

ex-ex.ex..ex...(ex)

Estava pensando outro dia sobre a forma dos relacionamentos.
Por que é tão dificil re-estruturar uma relação quando ela se muda? Principalmente aquelas carregadas de afeto:

É possível ser amiga de um ex?
E quando os pais deixam de ser heróis?

Demoramos a nos conformar. Dá uma preguiça enorme de reformar.
É preciso desmontar tudo o que foi construido com tanto afeto e gasolina,
Despir-se-lhes das expectativas, da admiração vazia, das decepções que nada mais são que...

... a pessoa como ela é, e não como a víamos.

O carinho com os pais, é inexplicável. O mesmo que com os filhos. Sempre há o que se resgatar. Impressionante como há. Não se trata de gratidão, deve ser algo animal mesmo.

Mas com um ex...
Ao se forçar a antiga forma, definitivamente não há o que se resgatar.
Ao se desistir de se lembrar da antiga forma, resgatar o que? Se não há mais?
Se a admiração foi real, para além do afeto, tvez haja matéria prima para uma nova estrutura
Se o afeto foi o principal combustível para a admiração... tvez não haja nada real a se resgatar.

Talvez, quanto maior a paixão - aquele afeto enorme capaz de acolchoar e embelezar a realidade - mais vazia a admiração... E quando ela se vai, é cruel a percepção de que nada há!!!!

Não há.

Há sim, a lembrança, a bela história para contar =)

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