domingo, 5 de fevereiro de 2012

... e foram felizes para sempre =)



Quem será que inventou essa parada?
Por que, qdo meninas, enchem-nos com esses contos de fada?
Aí parece que, se somos muito sortudas por ter encontrado o grande amor, condenadas estaremos se ele nos deixar. Afinal, não é sempre que se tira a sorte grande.

Quem disse que é sorte grande? Confundimos o acaso, ou seja, aquilo que escapa da causa e consequência, com sorte.
Ou que a causalidade é regra
e o acaso (sorte), exceção.

Quem disse?

Causalidade é só o modelo explicativo mais fácil, baseado na associação entre antes e depois ou... regido pelo tempo.

O acaso... escapa à regra da causalidade. Mas nem por isso é raro, um evento que jamais se repetirá...
apenas não conseguimos entender e muito menos prever qdo acontecerá novamente, o que nos torna extremamente ansiosos e céticos.

Mas ele pode ocorrer mais do que possamos imaginar. Isso é uma propriedade que adquirimos. Um estado atento que se espanta com cada colapso, mesmo que quântico. Abrir-nos para o "espanto" de Heidegger e Rilke, e nos permitir decidir rapidamente o próximo movimento.

Estar no "pathos". Para os gregos, paixão, aquele que está sujeito a se transformar. Passível de "colapsos".

O grande amor não é único, muito menos raro...
Estar no estado de paixão ou, apaixonada, isso sim é raro nos dias de hoje. E só nos permitimos nele estar quando percebemos enfim que isso não está vinculado ao príncipe encantado.

Só os apaixonados têm a coragem de se render ao acaso...

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