Acho que as pessoas tvez se espantem com minha frieza frente aos cães e gatos. Sou uma cuidadora, mas não tenho a menor vontade de soltar um "ownnn" frente a uma travessura desses bichinhos. Detesto vê-los sofrer, assim como detesto ver uma planta secar. Só.
Não foi sempre assim.
Eu e meus irmãos, como toda criança, vivíamos pedindo aos nossos pais mais um irmãozinho ou um cachorrinho.
Eis que veio o Juno, um pincher ardido que não parava de latir, fazia xixi por todos os cantos da casa, ninho de pulgas - ele era mínimo mas conseguia ser um mundo de pulgas!!! - e mordia todos, mas todos mesmo.
Foram 15 anos de sofrimento: a gente não tinha coragem de se desfazer dele - não tínhamos um inimigo tão odiado que merecesse aquela praga.
Quando adoeceu, foi-se pela lei da natureza. Não procuramos veterinário, nem hospital de cães, nada disso. Em nada interferimos.
Nenhum remorso - ou talvez algum… Ainda tenho pesadelos com isso.
Enfim, nunca mais quisemos saber de animais de estimação. Nenhum de nós.
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Esta história é beeeeeem diferente da maioria das histórias felizes, em que há um amor tremendo e a morte do animal é uma tristeza só.
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Em ambos os casos, uma reação possível é a recusa em se ter um animal.
Mas, perceba, a causa é extremamente diversa.
No primeiro caso, a obrigação de suportar o relacionamento traumatizou!!! Já imaginou tudo de novo? A repulsa é pela desgraceira da relação.
Já no segundo caso, é o medo do sofrimento do término da relação.
Perceba, de novo, que isso é como casamento!!!
Um ex que sofre pacas com o término da relação, evita entrar em outro. Não exatamente tem repulsa à relação. A relação para ele é tudo de bom, mas teme - e muito! - sofrer com o fim.
Agora… um ex que sofreu DURANTE a relação, evita entrar em outro por repulsa mesmo! O casamento, e não o fim dele, é que dá falta de ar…
Acho que sou um caso perdido.
Definitivamente...