Estava pensando, cá comigo...
Acho que somos feitos, basicamente, de 3 camadas
1. A mais aparente com nossas características físicas, profissão, discurso, voz, gestos.. Como se fosse um portfolio. Como se fosse o perfil que se mostra nas redes sociais. Aquele que fazemos direitinho, naquele primeiro contato/papo que estabelecemos com o outro.
- Se os interesses batem, se os anúncios de jornal se encaixam, dá vontade de re-encontrar a pessoa...
2. O avesso da aparência. As manias, os valores escondidinhos sob o perfil, o ranso, o que se capta no re-verso das ações. O grito no silêncio... a raiva na candura... o diabo no santo.
- Isso pode se demoraaaar a perceber (por vezes uma existência inteira!) ou percebe-se em um dia. Perceber o outro é quase um treino. É preciso estar disposto! Quase a mesma disposição que se tem para venerar Dostoiévski.
3. E láaaa no fundo, invisíveis, os sentimentos puros. A empatia. A sintonia. A alma, livre de qualquer intenção ou interesse.
- Quando aí esbarramos... Parece até que um no outro colamos! A distância espacial inexiste. As outras camadas... a gente até finge que existem só para não dar o braço a torcer.
Escutamos além das palavras (muitas vezes até de significado oposto), enxergamos além do sentimento exposto. Coisa de bruxa até!
Assusta, né? Uma "nudez" agressiva!
Só relaxar... no fundo, é tudo por que se procura por toda eternidade.
Um puta presente! E nem seria legítimo menosprezar...
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