Estava pensando na música do chico sobre um copo pela metade cheio ou vazio.
Quando a porta do estabelecimento está entreaberta - fecha ou abre?
Percebo como estão os relacionamentos nestes tempos líquidos. A porta, no máximo entreaberta. E, no mínimo, entreaberta. O que é capaz de mantê-la assim, escapando de sua tendência?
De novo, Kant está certo: o medo ou a preguiça.
Sim, às vezes o que está por ser conhecido é tão diverso, mexerá tanto com a pseudo-estabilidade da rotina, que dá preguiça de tudo mudar. E medo de, depois de mudado, ter que reestruturar se tudo mudar novamente.
As ofertas são tão grandes, o leque amplo de pessoas, que pensamos: "ah, melhor partir para outra. Tanta gente para se conhecer... Vai existir um que encaixe direitinho e não dê trabalho"
Pode ser sim um estilo de vida. Estilo este que endeusa o parceiro, de tal modo que seja exatamente como deseja: o que nos completa ou o que coincide conosco, mantendo a rotina como sempre foi. Não dá trabalho, não requer esforço e se escapar, nada terá que reestruturar. E vamos pulando de galho em galho, nos divertindo enquanto dura, e dando um "foda-se, eu não preciso dele mesmo..."
pausa para refletir...
Acho que agora me percebo uma obstinada. Gosto de ir até o fim. Mesmo um filme ruim, gosto de ver como termina.
Eu gostaria sim que me procurasse e que apostássemos nesta porta entreaberta. Sou preguicenta, mas medo, definitivamente não tenho. Nem de portas fechadas e nem de portas escancaradas.
Estou te esperando!
=)
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