Pascal: "Les hommes sont si nécessairement fous que ce serait être fou par un autre tour de folie de n’être pas fou’. (...) Il faut faire l’histoire de cet autre tour de folie, de cet autre tour par lequel les hommes, dans le geste de raison souveraine qui enferme leur voisin, communiquent et se reconnaissent à travers le langage sans merci de la nonfolie...”
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Carrossel no abismo
O fim de uma relação é sempre punk. Tvez pq, ao se colocar tudo em perspectiva, o fim se torna um downgrade impressionante. Quanto mais voluptuoso o início, mais vertical é a queda. Mas isso não quer dizer que um fim manso, por conta de uma relação mansa, não seja punk...
Não somos preparados para encarar o fim.
Afinal, assim que nascemos, já sabemos que terá fim. Talvez em algum momento, quando a farmacologia não era voltada para os neurotransmissores, aqueles que não conseguiam se livrar da idéia da morte como a única certeza, morriam de depressão. Afinal, para que fazer isto ou aquilo se tudo com certeza terminaria?
Aí... a seleção natural propiciou a capacidade de "esquecer" o irremediável fim, como inerente ao nosso DNA. O efeito colateral:? O "para sempre".
Felizes para sempre
Amor eterno
Até o amor entre pais e filhos é construído como eterno e imutável. Pô, um filho ou um pai/mãe desgracento é moralmente inconcebível!!! Mas eu me lembro do pedigree do meu falecido cão: uma putaria de mãe com filho, pai com filha, tudojuntomisturado... Ou seja, este vínculo com quem geramos ou por quem fomos gerados pode ser sim uma falácia moral... O primeiro "para sempre" para nos aconchegar e trazer a segurança para transcender a idéia do fim, da morte.
Sim, procuramos uma segurança para nos agarrar e transcender a idéia da morte certa.
Vamos encarar os fatos, vai...
1. O fim existe, é inevitável. Mas não temos a menor idéia de quando ele chegará
Lembrei-me deste post
http://autretourdelafolie.blogspot.com.br/2011/08/nao-ha-situacao-mais-delicada-do-que.html
A principal diferença é que, naquele momento, eu insistia na infinitude do presente. Ou seja, o fim ainda não estava posto. Ainda me apegava à transcendência do amor eterno para abafar o fim.
Ok, mas vamos prosseguir no guideliness...
2. O fim chega. Portanto, vamos ser práticos e colocar em pratos limpos.
3. Por incrível que pareça, passamos pelo fim, mas há algo que continua!!! Aí me vem uma imagem beeeeem Heideggeriana.
4. O que continua é o nosso ser jogado no abismo, no vão, no vácuo, na ausência de forças, gravidade zero mesmo, massa zero, tudo zero. Este é o momento em que não podemos nos perder. Aí eu me lembro da conjectura de Poincaré, uma bolinha no vácuo...
5. Viramos uma bolinha, como a do post da saudade
http://autretourdelafolie.blogspot.com.br/2010/03/saudade.html
Quando o fim está no presente, não assusta não. Dá uma imensa preguiça dele sair...
E olha lá, tudo de novo, a infinitude... no fim.
Talvez pq... o presente é infinito, não? Acho que é isso! Pouco a pouco aprendo a viver o presente.
Aí está a verdadeira noção de infinito...
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quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Entremeios
Prá Ju
O mundo anda louco demais!
Caso 1:
Y0, Homem de 35 anos, 3 filhos, recém-separado... Dono de uma mega empresa, e o sócio Y1 preocupado...
Y0 acaba de se separar e DESPIROCOU! Não conhece muita gente além do círculo corporativo, da empresa da qual é dono. Está comendo todas as funcionárias, perdeu a noção do ridículo... Quer trocar o porche por uma ferrari. Quiçá comprar um helicóptero! Participou de um evento comemorativo da empresa, bebeu até cair - de fato. Inconsciente, precisava dar umas palavritas aos participantes do evento. Acordou, deu duas palavras, caiu de novo.
Y1, mais velho, que (quase) sabe das coisas... Casado há muito tempo, sabendo que não é feliz e que é assim mesmo. Arranja uns cômodos para a mulher decorar, assim ela se ocupa e pára de encher o saco dele. Fez o ironman no Hawai - as endorfinas o sustentam para aguentar a vida como ela é. Se Y0 assim continuar... vai rodar! O mercado não permite.
Caso 2:
Da área financeira, Y3 está super bem. Tem uma amante X, casada, que não quer deixar a vida dela para ficar com ele por conta da filha. Y3, divorciado. Está bebendo de cair, falta no emprego, e tals...
No fundo, está no papel da... amante. Percebe? Está fazendo o papel da mulher!
Tenho uma amiga que estuda travestis. Sabe qual é o primeiro demérito social pelo qual passa um travesti? Deixar de ter o corpo de um homem para passar a ter um corpo feminino, menos "valorizado" socialmente.
E esse cara da finança? Está no papel da mulher SEM tê-lo escolhido. Um tremendo downgrade!
Há um disparate entre esta vida construída, que a sociedade impõe inclusive ao nosso corpo; e a vida de fato. Como nos enfiam nessa cilada sem nos deixar perceber? Só pode ser a pseudo-segurança que parece oferecer.
Ora, se todos vestem cinza, ao vestir cinza sente-se seguro, não chama atenção, mais fácil continuar no jogo.
Se todos se casam e têm filhos, melhor assim o fazer
Se todos têm um carro sedan, opa, é com esse que vou
Se todos correm atrás de... METAS, melhor assim o fazer
ENTREMEIOS...
Sim, eu consigo encontrar tua música!!
Nua(s)
... e os olhos mais doces que eu já vi =)
Entenda: SÓ eles dão conta da vida de fato.
SÓ!
e basta!
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terça-feira, 13 de novembro de 2012
Mudança
Sente que algo te perturba
Alguma coisa não te faz caminhar como sempre
Acorda esquisito
Vai dormir estranho
A perturbação se propaga como uma onda no seu corpo
Não sabe de onde vem
E aí, tenta promover outra, igual e de sentido oposto
Onda estacionária
... imperfeita
De repente, está mais abalado do que imaginara!!
R E L A X A ! ! !
Deixe-na entrar
Sinta que propago em vc
cada célula
cada neurotransmissor
E se te abandono, o transtorno agora está em seu entorno
... o mundo, parado, extremamente chato!
domingo, 11 de novembro de 2012
Convivência
generosidade
confiança
respeito
admiração
afinidade
reconhecimento da importância da presença do outro - que a música fica muuuuuito mais Bela, divertida e interessante
parece história da Carochinha, bem lugar comum mesmo... mas é fato.
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quarta-feira, 7 de novembro de 2012
domingo, 4 de novembro de 2012
Frankenweenie
>
Coisas assustadoras como conto de fadas
Contos de fadas assustadores
Bom Mau Bem Mal Feio Bonito Claro Escuro Certo Errado...
O encaixe que não encaixa
O que encaixa que não tem encaixe
Aprendemos a viver por uma finalidade, a ciência para uma finalidade, uma ação para um bom fim
Entretanto, na maioria das vezes a consequência (o fim) é imprevisível. A vida sempre nos mostra um final inesperado.
"às vezes os pais não sabem bem o que dizer", é quando neste filme, tudo começa a fazer um sentido incrível. De novo, confundimos muuuuuito o "resultado" com "o que nos move".
Talvez, para sair desta armadilha, para quebrar o resultado-que-encaixa previsto que nos engana, seja fundamental perguntar:
"Por que não?"
Esta é a pergunta crucial para todo ato duvidoso. Aquele que fica numa encruzilhada, em que o medo vem de soslaio, abafado pelo lugar-comum.
Coisas assustadoras como conto de fadas
Contos de fadas assustadores
Bom Mau Bem Mal Feio Bonito Claro Escuro Certo Errado...
O encaixe que não encaixa
O que encaixa que não tem encaixe
Aprendemos a viver por uma finalidade, a ciência para uma finalidade, uma ação para um bom fim
Entretanto, na maioria das vezes a consequência (o fim) é imprevisível. A vida sempre nos mostra um final inesperado.
"às vezes os pais não sabem bem o que dizer", é quando neste filme, tudo começa a fazer um sentido incrível. De novo, confundimos muuuuuito o "resultado" com "o que nos move".
Talvez, para sair desta armadilha, para quebrar o resultado-que-encaixa previsto que nos engana, seja fundamental perguntar:
"Por que não?"
Esta é a pergunta crucial para todo ato duvidoso. Aquele que fica numa encruzilhada, em que o medo vem de soslaio, abafado pelo lugar-comum.
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