"Vc, quem é, não sei. Onde está, se está. Agora, sem medo, me abro para te receber. Do jeito que estou, desse jeito de não ter a mínima idéia sobre o meu ser. De só ter a vontade de experimentar teu gosto, calor, textura... Quero me afundar por teus cachos e me perder nos teus giros cerebrais. A cada axônio, um choque... uma luz. Pegar carona neste potencial de ação e percorrer teu pensamento, teu sentimento, teu arrepio. Perceber as nuances da sua ex-sistência, suspeitar da sua in-sistência. Fico de espectadora, tento me manter inexpectante. O que vier, será de bom tom. E se deixar de vir, também foi bom. Procuro me manter... inexpectante. Espectadora."
Pascal: "Les hommes sont si nécessairement fous que ce serait être fou par un autre tour de folie de n’être pas fou’. (...) Il faut faire l’histoire de cet autre tour de folie, de cet autre tour par lequel les hommes, dans le geste de raison souveraine qui enferme leur voisin, communiquent et se reconnaissent à travers le langage sans merci de la nonfolie...”
quinta-feira, 31 de março de 2011
quinta-feira, 24 de março de 2011
"E aqui estou no meio da noite, sem muita fanfarra, em uma casa escura, em algum lugar do mundo, com meus braços ao redor dos teus e os teus braços ao meu redor. Não sei como é meu amor, nem como descrevê-lo. Na maior parte do tempo não consigo senti-lo.
Mas se insistirmos nesta tecla, nosso amor vai se evaporar..."
Mas se insistirmos nesta tecla, nosso amor vai se evaporar..."
Cenas de um casamento
Ingmar Bergman, 1972
quinta-feira, 17 de março de 2011
Transição
E se a gente gosta da brincadeira?
Tudo é levado por prazer...
Fico pq gosto, vou pq quero, volto pq amanhã tem mais...
Bom demais, leve, danço com a onda!
Aí chega um momento
em que a situação nos exige
conta conosco
Aquilo nos puxa!
Não somos nós que vamos!
E para sair?
Para cortar a corda sem ferir?
Queria sumir
e renascer em outro lugar!
Tudo é levado por prazer...
Fico pq gosto, vou pq quero, volto pq amanhã tem mais...
Bom demais, leve, danço com a onda!
Aí chega um momento
em que a situação nos exige
conta conosco
Aquilo nos puxa!
Não somos nós que vamos!
E para sair?
Para cortar a corda sem ferir?
Queria sumir
e renascer em outro lugar!
terça-feira, 15 de março de 2011
Para as causas impossíveis... ou só difíceis
Não há nada externo que possa abalar o que sinto sobre isso. Se houvesse, dificilmente estaria por aqui. Maior ameaça seria a ressaca moral que por vezes me cutuca. Aquilo que nos colocam como certo ou errado. O que nos ensinaram que funciona e o que já nos negaram por não funcionar. É o medo de virar armadilha da pureza e da delicadeza do que acreditamos. Pq o que é puro e delicado, sublime, às vezes não consegue escapar do sonho, do absurdo.
Pode não parecer, mas vivo lutando para nos manter assim, fortes. Para me afastar dessa armadilha moral e nos trazer para a (cada vez mais) minha verdade.
Só uma paixão como esta que estamos vivendo, para raros e curiosos, que se nutre do abismo próprio e do outro, sobrevive ao nosso maior inimigo - nós mesmos. E é capaz de recolocar o sonho como verdade e a realidade como absurda.
Como excluir uma suspeita? Ou, como negar um sonho absurdo? Tudo faz parte, inclusive o avesso. Mas cada vez mais aprendo a encontrar a verdade no que há de mais Belo, Bom e Justo
tô bem platônica mesmo...
tô bem platônica mesmo...
"- Sabes que os olhos quando se voltam para objetos cujas cores já não são mantidas pela luz do dia, mas pelos clarões noturnos, vêem mal e parecem quase cegos, como se não tivessem uma visão clara.
- Exatamente
- Mas, quando se voltam para os que são iluminados pelo Sol, acho que vêem nitidamente e torna-se evidente que esses mesmos olhos têm uma visão clara.
- Sem dúvida.
- Portanto, relativamente à alma, reflete assim: quando ela se fixa num objeto iluminado pela verdade e pelo Ser, compreende-o, conhece-o e parece inteligente; porém, quando se fixa num objeto ao qual se misturam as trevas, o que nasce e morre, só sabe ter opiniões, vê mal, alterando o seu parecer de alto a baixo, e parece já não ter inteligência.
- Parece, realmente.
- Fica sabendo que o que transmite a verdade aos objetos cognoscíveis e dá ao sujeito que conhece esse poder é a Idéia do Bem (...)"
A República - Platão 508d
Para os antigos, a felicidade ou o Sumo Bem aristotélico, é consequência do exercício da virtude.
"A virtude é tão necessária aos nossos corações que, uma vez abandonada a verdadeira, fazemos uma a nosso modo, e a ela nos ligamos talvez até mais fortemente, porque é da nossa escolha" - J.-J. Rousseau
"A virtude tem isso de feliz: basta-se a si mesma e dispensa os admiradores, partidários e protetores. La Bruyère"
sexta-feira, 11 de março de 2011
Simplicidade
"A gente se gosta pq tudo é tão simples que os dois ficam é bobos de ver como algo tão simples pode cativar os dois."
... e então eles se conheceram, se apaixonaram, e sem perceber, falavam-se todos os dias, viam-se quase todos os dias, dali a pouco um estava dormindo na casa do outro, em pouco tempo dividiam 2 casas. E... foram infinitamente felizes em cada instante vivido.
Se não rola desse jeito, é pq não tem como rolar. Porque ele(a) não está tão afim. Não adianta tentar explicar, retrucar, espernear... encostar na parede... bolar estratégias... divagar...
Esqueça!
Vire a página!
Tenha a certeza de que este mundo é enooorme! E cheio de gente muito legal!
Não vai se arrepender.
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